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O Corinthians concluiu, na manhã desta sexta-feira, 30, o segundo dia de preparação para o duelo contra o Vitória, válido pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. A atividade foi realizada no CT Dr. Joaquim Grava, sob o comando do técnico Dorival Júnior.
O dia começou com uma sessão de vídeo com orientações táticas para os jogadores. Em seguida, o elenco alvinegro passou por uma ativação na academia e realizou o aquecimento no gramado do CT.
Na parte principal do treino, o técnico Dorival Júnior aplicou dois exercícios táticos: um trabalho posicional e outro de enfrentamento. A atividade foi finalizada com um treino específico de finalizações, principalmente com os atletas do setor ofensivo.
A equipe alvinegra encerra os treinos na manhã deste sábado, 31, novamente no CT, antes do confronto diante do Vitória. A partida será disputada no domingo, 1º, às 18h30 (de Brasília), na Neo Química Arena.
Na oitava posição com 14 pontos, com quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas, o Corinthians quer uma vitória para chegar ao G6, na zona de classificação para a Copa Libertadores, grande objetivo na temporada.
Holandês foi alvo novamente de críticas depois de não retornar ao banco de reservas quando foi substituído por Dorival Júnior no Majestoso
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O comportamento de Memphis Depay no clássico contra o São Paulo, realizado no clássico contra o São Paulo no último sábado (19), gerou forte repercussão dentro e fora do Corinthians. O atacante holandês foi substituído no intervalo da partida, não retornou ao banco de reservas e, segundo o colunista Juca Kfouri, sua postura contaminou o ambiente do elenco alvinegro.
Durante o programa 'Posse de Bola', Juca comparou Memphis a uma “laranja podre”, sugerindo que sua atitude compromete o espírito coletivo do time. O jornalista destacou que, no primeiro tempo, o Corinthians não demonstrou competitividade, enquanto no segundo, após a saída do jogador, a equipe ao menos mostrou esforço e entrega, mesmo com a derrota por 2 a 0.
A crítica não se limita ao desempenho em campo. Memphis tem enfrentado problemas com a diretoria, incluindo atrasos salariais e pendências financeiras que somam cerca de R$ 4,7 milhões. O jogador chegou a notificar o clube formalmente, ameaçando descumprir obrigações trabalhistas caso os valores não fossem quitados. Além disso, faltou a um treino do alvinegro, foi multado e teve uma reunião com dirigentes para esclarecer o episódio.
A situação se agrava com o histórico recente de instabilidade no Parque São Jorge. O clube vive uma fase de transição administrativa, marcada por escândalos financeiros e mudanças na presidência. A crise envolvendo Memphis expõe não apenas o desgaste entre atleta e instituição, mas também a fragilidade da gestão corintiana diante de contratos milionários e expectativas frustradas.
Apesar das polêmicas, Memphis segue como titular, mas sua permanência no elenco é incerta. A torcida, dividida, cobra comprometimento e resultados, enquanto o clube tenta equilibrar dívidas e reconstruir sua identidade competitiva. O episódio reforça a necessidade de alinhamento entre jogadores, comissão técnica e diretoria. No Corinthians, onde a paixão e a cobrança caminham lado a lado, atitudes como a de Memphis podem custar caro, não apenas em pontos, mas na essência que sempre definiu o clube: sua alma corintiana.
Paraguaio é nome constante nas escalações de treinador do clube do Parque São Jorge, mas ainda não consegue acabar com marca ruim
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Ángel Romero vive seu momento mais delicado desde o retorno ao Corinthians. O atacante paraguaio completou treze partidas consecutivas sem marcar gols, configurando o segundo maior jejum ofensivo do elenco em 2025, atrás apenas de Talles Magno, que não balançava as redes há 23 jogos. No entanto, atacante conseguiu acabar com esse jejum na vitória contra o Ceará e voltou a brigar pela artilharia do Timão.
O último gol de Romero aconteceu em 24 de abril, na vitória por 1 a 0 sobre o Racing-URU, pela fase de grupos da Copa Sul-Americana. Desde então, o camisa 11 tem sido presença constante nas escalações de Dorival Júnior, mas sem conseguir converter oportunidades em gols. Apesar da entrega tática e movimentação, sua principal função, finalizar com eficiência, tem sido um ponto de crítica entre torcedores e analistas.
A sequência negativa inclui jogos importantes, como os empates contra Vitória e Atlético-MG, além da derrota para o Huracán na Sul-Americana. A seca de Romero acende um alerta no setor ofensivo do Timão, especialmente diante da ausência de Yuri Alberto, que se recupera de lesão. A falta de gols dos atacantes tem impactado diretamente o desempenho da equipe, que luta para se manter competitiva no Brasileirão.
Mesmo com o jejum, Ángel Romero é o jogador com mais partidas disputadas pelo Corinthians em 2025, o que reforça sua importância no grupo, mas também evidencia uma necessidade de maior efetividade nas finalizações. Internamente, o clube avalia alternativas para o ataque, incluindo possíveis contratações e mudanças táticas.
A pressão sobre Romero aumenta à medida que o Corinthians se aproxima de confrontos decisivos e ainda conta com desfalques. A diretoria e a comissão técnica esperam que o atacante recupere a boa fase que o consagrou em temporadas anteriores, quando foi peça fundamental em momentos críticos. Com contrato vigente e respaldo da comissão técnica, Romero terá novas oportunidades para encerrar o jejum e retomar a confiança. O próximo desafio será contra o Cruzeiro, pela 16ª rodada do Brasileirão, onde o paraguaio pode reencontrar o caminho das redes e aliviar a tensão que ronda o Parque São Jorge.
Meia deu entrevista após a derrota no Majestoso no último sábado (19) e foi sincero sobre o atual momento do clube e possível negociação
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O meio-campista Rodrigo Garro, um dos principais nomes do elenco do Corinthians, se pronunciou após a derrota por 2 a 0 para o São Paulo, no último sábado (19), e deixou em aberto uma possibilidade de deixar o clube. Em entrevista na zona mista do Morumbis, o camisa 8 afirmou que não é o momento de pensar em si, mas sim na recuperação coletiva da equipe, que vive uma fase turbulenta no Campeonato Brasileiro.
Garro, que chegou ao Timão em janeiro de 2024 e rapidamente se tornou peça-chave no meio-campo, reconheceu o interesse de outros clubes e os contatos frequentes que recebe. No entanto, reforçou seu compromisso atual com o Corinthians: “Estou me dedicando e trabalhando para que o clube esteja melhor. Pensar em sair agora atrapalharia meu desempenho”, declarou.
O argentino também saiu em defesa do técnico Dorival Júnior, que vem sendo pressionado por parte da torcida e também da imprensa. “O professor está fazendo um trabalho importante. No futebol, se ganha é bom, se perde é ruim. Hoje não tivemos muitas chances de gol, e isso preocupa”, disse Garro, demonstrando apoio ao comandante.
Apesar da instabilidade, o meia acredita que ainda há margem para evolução na temporada. “Estamos numa posição em que dá para brigar. O Corinthians é grande demais para viver essa situação. Fico chateado, mas precisamos continuar acreditando no time e no trabalho do treinador”, completou. Dorival Jr. não tem agradado a torcida que já pede a contratação de Juan Pablo Vojvoda que está livre no mercado desde que saiu esse mês do Fortaleza.
Internamente, a diretoria do clube avalia propostas e alternativas para reforçar o elenco, enquanto tenta manter seus principais atletas. Garro é visto como um dos ativos mais valiosos, e uma eventual venda poderia ajudar a aliviar a crise financeira. No entanto, o desejo da diretoria é de mantê-lo até o fim da temporada. Com contrato até dezembro de 2026, Rodrigo Garro segue como uma das esperanças da torcida para reverter o cenário atual. Sua pensando no time mesmo tendo a possibilidade de sair para outra equipe mostra que ele pode ser uma das esperanças para o Corinthians.