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Após a demissão na última quinta-feira (23), o técnico Ramón Díaz e seu auxiliar, Emiliano Diaz, seguem em busca de um novo clube para atuar neste ano de 2025. Os argentinos foram demitidos após uma série de resultados ruins no comando do Corinthians, e ainda não encontraram nenhum novo clube.
Os trabalhos mais recentes de ambos foram no Vasco, em 2023, e no Corinthians em 2024. Ambas as campanhas tinham um fator em comum, a luta contra o rebaixamento. Ramón salvou as duas equipes do descenso, e parece estar cansado de lidar com equipes que briguem nesse patamar.
Essa conclusão partiu de declarações recentes realizadas por Emiliano Díaz durante o programa Bola da Vez, da ESPN. Durante a conversa, o argentino destacou que esse tipo de campanha é extremamente desgastante, além de ser muito pouca valorizada no final das contas.
“Agora é muito recente e temos que pensar bem no próximo passo, porque voltar a viver toda essa situação, de pegar um time com pouco tempo para salvar do rebaixamento, é algo que não vamos fazer nunca mais. Não é saudável, a família sofre, desgaste grande, e nós não merecemos. E ninguém valoriza quem salva do rebaixamento”, comentou.
Apesar da declaração do filho de Ramón, rumores sugerem que o argentino pode estar em negociação com o Santos para assumir o clube de Neymar para a sequência da temporada. Caso isso ocorra, Díaz estaria, mais uma vez, trabalhando em um clube que briga contra o rebaixamento.
Com 83 jogos e um título paulista na temporada de 2025, o lateral-direito virou referência na defesa e é visto como insubstituível no elenco atual
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O lateral-direito Matheuzinho, titular absoluto do Corinthians, entrou na mira do Besiktas, da Turquia, após o clube europeu fracassar na tentativa de contratar Emerson Royal, que acabou acertando com o Flamengo. O interesse dos turcos, no entanto, esbarra em uma série de obstáculos financeiros e técnicos que dificultam qualquer negociação no momento.
O Timão possui 60% dos direitos econômicos do atleta e desembolsou 4 milhões de euros por essa fatia no ano passado. Com base nessa negociação, os 100% dos direitos do jogador estavam avaliados em cerca de 6,6 milhões de euros. No entanto, o clube entende que, para liberar o jogador agora, seria necessário um valor superior a 8 milhões de euros — cifra considerada fora dos planos do Besiktas.
Além da questão financeira, o Corinthians também resiste à ideia de perder Matheuzinho por conta do elenco curto. O técnico Dorival Júnior não vê o jovem Léo Maná como uma opção imediata para assumir a titularidade, tanto que tem improvisado o zagueiro Félix Torres na lateral quando necessário. Isso reforça a importância do atual camisa 2 no sistema defensivo.
A diretoria alvinegra ainda destaca a escassez de alternativas viáveis no mercado para a posição, o que fortalece a decisão de segurar Matheuzinho ao menos até o fim da temporada. A prioridade no clube é manter uma base sólida para os desafios do Campeonato Brasileiro e das demais competições em curso.
Desde sua chegada ao Parque São Jorge em 2023, Matheuzinho se consolidou como titular, especialmente após a saída de Fagner. Já disputou 83 partidas, marcou três gols e foi peça fundamental na conquista do Campeonato Paulista de 2025. A expectativa interna é que o lateral continue sendo decisivo para a equipe nos próximos meses.
A regularização financeira tem como objetivo principal melhorar o ambiente interno do clube, promovendo maior foco e comprometimento dos jogadores
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O Corinthians efetuou o pagamento de parte das dívidas com seu elenco e comissão técnica, referentes a premiações e direitos de imagem. A medida foi tomada após negociações com os jogadores, que haviam cobrado a regularização dos valores pendentes. A diretoria do clube comprometeu-se a quitar os R$ 12 milhões devidos em três parcelas, com o primeiro pagamento realizado nesta semana.
A regularização financeira visa melhorar o ambiente interno e fortalecer o elenco para os próximos desafios no Campeonato Brasileiro. A quitação parcial das pendências também é vista como um passo importante para evitar possíveis descontentamentos e manter o foco nas competições em andamento.
Com a situação financeira em andamento para ser normalizada, o Corinthians tenta se fortalecer para as próximas partidas do Brasileirão, focando na melhora do rendimento e na busca por resultados positivos para voltar a brigar nas primeiras posições.
A medida também reflete o compromisso da diretoria em cumprir com as obrigações financeiras, buscando manter a confiança do elenco e da comissão técnica. A expectativa é que a regularização financeira contribua para um ambiente mais harmonioso e colaborativo dentro do clube.
Com parte dos débitos pagos, o Corinthians se prepara para viajao ao Rio de Janeiro, onde irá enfrentar o Botafogo. As equipes se encontram no Nilton Santos às 18h30 deste sábado, em uma partida válida pela 16ª Rodada do Campeonato Brasileiro.
Pacto firmado entre atletas e diretoria, incluindo acordo financeiro para pagamento de premiações atrasadas, renova a confiança do grupo
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Uma forte cobrança feita por Fabinho Soldado, executivo de futebol do Corinthians, junto com uma conversa franca entre os jogadores, marcaram a virada de postura do time após a derrota para o São Paulo, que foi seguida de um empate mais aguerrido contra o líder Cruzeiro no Campeonato Brasileiro.
O revés no clássico e o desempenho apático da equipe desagradaram profundamente a diretoria, e Fabinho Soldado entendeu que era necessário agir. O técnico Dorival Júnior também cobrou o elenco no vestiário do Morumbi e não poupou críticas públicas após a partida, classificando a atuação como “inaceitável” e “irreconhecível”. Segundo Dorival, faltou energia e, ao comentar a substituição de Memphis Depay no intervalo, afirmou que poderia ter tirado cinco ou seis jogadores pela má atuação.
Com a percepção de que o treinador já havia feito sua parte, Fabinho convocou uma reunião com os jogadores no CT Joaquim Grava, onde fez uma cobrança dura ao elenco. Os atletas reconheceram a necessidade de tomar para si a responsabilidade pela fase ruim e evitar que o técnico ficasse exposto. Enquanto uma parte da diretoria do Corinthians pedia a demissão de Dorival em caso de derrota para o Cruzeiro, outra ala, liderada por Fabinho, defendia a permanência do treinador independentemente do resultado.
Ainda na segunda-feira, os jogadores se reuniram e firmaram um pacto para adotar uma postura mais combativa e menos apática. Isso ficou evidente no empate sem gols contra o Cruzeiro, quando o time demonstrou mais disposição e recebeu elogios do treinador.
O lateral-direito Matheuzinho afirmou que o acordo interno foi importante para mudar a atitude e que o time terá outra postura daqui para frente. O zagueiro Gustavo Henrique destacou a necessidade da autocrítica e do comprometimento mútuo para superar a crise.
O pacto no vestiário ocorreu em meio a um acordo firmado com a diretoria para o pagamento das premiações atrasadas, que somam R$ 12 milhões, e serão quitadas em três parcelas. A combinação entre a cobrança interna e a garantia financeira serviu para unir o grupo e renovar a esperança em uma recuperação no Brasileirão.