
Futebol
|
Em falas recentes dadas para o Arena SBT, o ex-atacante do Cruzeiro Kléber Gladiador fez reflexões sobre a sua vida e carreira. Em suas falas, o jogador lembrou de um período polêmico que viveu com Jô, ex-jogador do Corinthians, na época atacante do Atlético Mineiro, e como ambos se envolviam em festas e farras em anos passados.
Dupla Improvável
O Gladiador contou que, na época que atuava pelo Grêmio, ele era vizinho de Jô, que jogava no Internacional. Kléber lembra que vivia dando festas no Rio Grande do Sul, ao ponto de que isso atrapalhava a sua carreira em campo, e o mesmo acontecia com Jô. Em uma das falas, Gladiador lembrou que a polícia vivia batendo na casa de ambos:
"Uma vez a polícia bateu lá na minha casa. Aí meu pai falou ‘não é aqui não’. Só que duas ruas acima da minha, morava o Jô. A polícia batia ou na minha casa ou na do Jô. Sabiam que ali no bairro era problema," destacou o atacante, explicando que vira e mexe ele e Jô causavam problemas juntos, mesmo que sem querer.
Reconhecendo que dava mais focos para o extracampo do que a carreira, Gladiador destacou que jogar no Rio Grande do Sul era complicado, principalmente para lidar com essas duas questões. "Eu sempre falo, é complicado lá (Rio Grande do Sul). Eu tiro o chapéu para quem consegue jogar lá. Eu tentei jogar, mas… o extracampo… muita festa”.
Depois que saiu do Grêmio, Kleber Gladiador jogou em outros clubes, como Vasco e Coritiba. O jogador se aposentou em 2020, enquanto Jô segue na ativa, atuando em clubes recentes como Amazonas e Itabirito, onde saiu após o fim do Campeonato Mineiro. Desde então, o atacante não firmou contrato com nenhum outro time.
Com dois golaços, o camisa 7 liderou atuação de alto nível do Timão, que venceu o Glorioso por 4 a 2 fora de casa e confirmou sua força
|
Em 21 de agosto de 1999, o Corinthians consolidou seu ótimo momento no Campeonato Brasileiro ao derrotar o Botafogo por 4 a 2, no estádio Caio Martins, em Niterói, pela fase classificatória da Série A. O grande destaque da partida foi Marcelinho Carioca, autor de dois belos gols, em uma exibição de alto nível da equipe comandada por Oswaldo de Oliveira.
Diante de um público de 3.311 torcedores, o Timão dominou tecnicamente o adversário, com destaque também para Ricardinho e Edílson, que completaram o placar a favor dos visitantes. Pelo Botafogo, Valdir e Darci marcaram os gols, mas não impediram a superioridade corinthiana em campo.
O resultado reafirmou a liderança do Corinthians na tabela e a consistência do time naquela temporada, que culminaria no título nacional meses depois, em final contra o Atlético-MG. Com um elenco estrelado e bem treinado, o clube paulista dava sinais claros de que estava pronto para conquistar o bicampeonato brasileiro.
Primeiro tempo equilibrado e golaço de Marcelinho desequilibram o jogo
Mesmo com o estádio acanhado e o clima tenso, o Corinthians mostrou desde o início mais qualidade na posse de bola, com Rincón, Vampeta e Ricardinho comandando o meio-campo. O primeiro gol saiu dos pés de Ricardinho, que acertou um chute forte da entrada da área. Pouco depois, Valdir empatou para o Botafogo, aproveitando rebote na pequena área.
O momento mais marcante da etapa inicial veio com Marcelinho Carioca, que acertou uma cobrança de falta perfeita, no ângulo, recolocando o Corinthians em vantagem. O camisa 7 celebrou com os companheiros e mostrou por que era considerado o grande nome do time naquele momento.
Domínio corinthiano no segundo tempo e show de Marcelinho
Na volta do intervalo, o Corinthians manteve o ritmo intenso e ampliou logo nos primeiros minutos. Edílson, em jogada individual, escapou da marcação e finalizou com categoria para marcar o terceiro gol. O Botafogo até tentou reagir com mudanças feitas pelo técnico Carlos Alberto Torres, mas esbarrou na desorganização ofensiva.
O quarto gol saiu novamente dos pés de Marcelinho. Após driblar um marcador na entrada da área, ele bateu colocado no canto esquerdo e decretou a goleada. Ovacionado pelos corintianos nas arquibancadas, o meia encerrou sua participação como o nome do jogo.
Darci ainda descontou para o Botafogo nos minutos finais, mas a vitória por 4 a 2 já estava consolidada, refletindo a superioridade corintiana durante todo o confronto.
Um time pronto para ser campeão
Aquela vitória representou mais do que três pontos. Foi a confirmação da força de um elenco que combinava qualidade técnica, experiência e entrosamento. O Corinthians de 1999 contava com nomes como Dida, Rincón, Vampeta, Marcelinho, Ricardinho, Edílson e Luizão, e seria campeão brasileiro ao bater o Atlético-MG na decisão.
Já o Botafogo, em meio a uma temporada de oscilações, não conseguiu reagir no torneio. Terminou o campeonato longe da briga por vagas internacionais e entrou, nos anos seguintes, em uma fase instável dentro e fora de campo.
O Corinthians enfrenta o Botafogo neste sábado (26), no Estádio Nilton Santos, na cidade do Rio de Janeiro, às 18h30.
Encontro entre Glorioso e Timão reúne ídolos lendários, estilos opostos e grandes momentos ao longo da história do Brasileirão
|
Botafogo e Corinthians protagonizam um dos duelos mais tradicionais do Campeonato Brasileiro. Embora não exista uma rivalidade regional direta entre os clubes, a história rica, a força de suas torcidas e os títulos de ambos transformam cada encontro em um espetáculo de peso. Ao longo das décadas, os confrontos entre cariocas e paulistas foram marcados por equilíbrio, grandes nomes em campo e momentos memoráveis para ambas as torcidas.
O retrospecto entre as equipes mostra leve vantagem do Botafogo, que soma 27 vitórias contra 22 do Corinthians em 66 confrontos pelo Brasileirão. O Glorioso costuma se sair melhor como mandante, com 18 triunfos em 35 jogos no Rio de Janeiro. Por outro lado, o Timão equilibra o histórico atuando em casa, com 11 vitórias e 11 empates em 31 partidas em São Paulo. A média de gols também reforça esse equilíbrio: 82 marcados pelo Corinthians e 81 pelo Botafogo.
Além dos números, o confronto tem valor simbólico por reunir estilos diferentes de futebol. De um lado, a ginga e a técnica que marcaram o futebol carioca, representada por lendas como Garrincha e Nilton Santos. Do outro, a raça e a disciplina do futebol paulista, com ídolos como Sócrates, Rincón e Marcelinho Carioca. Muitos desses nomes, inclusive, vestiram ambas as camisas ao longo de suas carreiras.
Em termos estatísticos, o confronto tem curiosidades que mostram sua imprevisibilidade: o maior período de invencibilidade é do Botafogo, com sete jogos sem perder, enquanto o Corinthians chegou a ficar cinco partidas invicto. Ambas as equipes já venceram o rival como visitante em mais de 25% dos confrontos fora de casa, o que destaca o caráter aberto e competitivo do duelo.
Com média de 2,47 gols por jogo, Corinthians e Botafogo prometem mais um capítulo emocionante para essa rivalidade nacional, mesmo que não regional. Com históricos tão parelhos, cada encontro se torna decisivo — seja na busca por liderança, fuga do rebaixamento ou afirmação na temporada. O próximo duelo será mais um teste de forças entre dois gigantes do futebol brasileiro.
Com apenas três gols marcados nos últimos seis jogos, o time do Parque São Jorge aposta na presença do camisa 9 para retomar a eficiência no setor ofensivo
|
O técnico Dorival Júnior poderá contar com o retorno de Yuri Alberto no confronto contra o Botafogo, neste sábado (26), às 18h30, no estádio Nilton Santos. O atacante está afastado desde o final de maio por uma fratura na vértebra L1, mas sua volta é aguardada com otimismo para dar fôlego ofensivo ao time do Timão.
Com Yuri fora dos gramados, o Corinthians sofreu com a escassez de gols: nas últimas seis partidas, foram apenas três tentos anotados, uma queda drástica da média ofensiva que caiu de 1,2 para 0,5 gol por jogo no Brasileirão. A dependência do camisa 9 se mostrou clara no desempenho do time ofensivo.
No duelo anterior, Yuri encerrou um jejum de quase um mês sem fazer gols com estilo: marcou três vezes na vitória por 4 a 2 sobre o Internacional, chegando a 11 gols na temporada e superando Romero como maior artilheiro do Corinthians no século XXI, com 68 gols em casa.
Além do retorno técnico, o atacante relançou sua redenção emocional e mental. Ele atribui a virada da fase à ajuda de profissionais da psicologia e à retomada da confiança após período complicado dentro e fora de campo.
Com contrato renovado até 2030 e seu retorno programado para início de agosto, o departamento médico crê em uma volta gradual. O reforço de Yuri Alberto neste momento é visto como fundamental para retomar confiança ofensiva e permitir ao Corinthians retomar a evolução na tabela do Campeonato Brasileiro.