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O Corinthians se prepara para o aguardado Dérbi contra o Palmeiras, que acontecerá neste sábado, 12 de abril, às 18h30, na Arena Barueri, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. A grande preocupação do técnico Ramón Díaz e sua comissão técnica está na linha de defesa, um setor que tem demonstrado falhas recorrentes desde o início da temporada. A equipe tem sofrido gols em excesso, o que tem gerado dúvidas sobre as opções defensivas do elenco.
Desde o início de 2025, o Corinthians já disputou 24 partidas entre Libertadores, Campeonato Paulista, Copa Sul-Americana e Brasileirão, e sofreu 24 gols, uma média de um gol por jogo. O técnico Ramón Díaz tentou diversas formações para a zaga, escalando oito duplas diferentes até o momento, em uma tentativa de encontrar o equilíbrio defensivo. No entanto, o time ainda não conseguiu se estabilizar na defesa, e a ansiedade é grande para que isso seja resolvido antes do clássico.
Para o Derby, a grande dúvida no setor defensivo é a presença de Gustavo Henrique, que está sentindo um incômodo na coxa direita. Ele se tornou um jogador importante para o time, mas sua condição física pode deixá-lo fora da partida. André Ramalho, outro titular, também é preocupação, pois está lidando com uma lesão e precisa de tratamento intensivo no CT Joaquim Grava. Com isso, a zaga do Timão tem sido um verdadeiro quebra-cabeças.
Além de Gustavo e Ramalho, outros nomes como Félix Torres e João Pedro Tchoca entram em cena para tentar garantir um bom desempenho defensivo no Derby. No entanto, esses jogadores ainda não conquistaram total confiança da comissão técnica. Torres tem sido criticado em algumas atuações, enquanto Tchoca falhou em algumas oportunidades e Cacá recebeu poucas chances, deixando dúvidas sobre a profundidade do elenco para esse setor.
Com apenas dois treinos até o clássico, a comissão técnica do Corinthians busca a melhor formação para enfrentar o Palmeiras. A expectativa é que a defesa consiga se estabilizar e apresentar um desempenho sólido, já que um clássico exige o máximo de concentração e eficiência, principalmente no setor defensivo. O Derby é uma oportunidade crucial para que o Corinthians mostre uma melhora na sua linha de defesa e conquiste um bom resultado no Campeonato Brasileiro.
Com números impressionantes em casa, o técnico argentino se aproxima de se tornar um dos maiores técnicos da história recente do Timão
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Desde que assumiu o comando do Corinthians em julho de 2024, o técnico argentino Ramón Díaz tem demonstrado um desempenho notável na Neo Química Arena. Em 24 partidas disputadas no estádio, Díaz acumulou 15 vitórias, oito empates e apenas uma derrota, resultando em um aproveitamento de 73,61%. Esses números o colocam na quarta posição entre os treinadores com melhor desempenho no estádio desde sua inauguração em 2014.
O ranking é liderado por Fernando Lázaro, que, em 14 jogos, conquistou 11 vitórias, dois empates e uma derrota, alcançando um aproveitamento de 83,33%. Na segunda posição está Tite, com 41 vitórias, nove empates e três derrotas em 53 jogos, totalizando 83,02% de aproveitamento. Mano Menezes ocupa o terceiro lugar com 75,93% de aproveitamento em sua passagem pelo clube.
A consistência de Díaz em casa é ainda mais impressionante considerando que o Corinthians está invicto na Neo Química Arena há 17 jogos, desde a derrota para o Red Bull Bragantino nas oitavas de final da CONMEBOL Sul-Americana em agosto de 2024. Essa sequência positiva reforça a força do time sob o comando do argentino em seus domínios.
Além do desempenho em casa, Díaz também se destaca no cenário geral. Em 42 jogos à frente do Corinthians, ele obteve 23 vitórias, dez empates e nove derrotas, com um aproveitamento de 62,7%. Esse índice o coloca como o quarto melhor técnico do clube no século XXI, atrás apenas de Márcio Bittencourt, Tite e Mano Menezes.
Com a continuidade desse desempenho, Ramón Díaz tem a oportunidade de subir ainda mais no ranking dos técnicos mais vitoriosos da Neo Química Arena. O próximo desafio será contra o Mirassol, nas quartas de final do Campeonato Paulista, onde uma vitória pode consolidar ainda mais sua posição entre os grandes treinadores da história recente do Corinthians.
Com lesões e carência de reforços externos, o Alvinegro Paulista vê em reforço caseiro uma solução para fortalecer a lateral esquerda
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O Corinthians enfrenta desafios na lateral esquerda para a temporada de 2025. Com a ausência de reforços externos, o clube aposta em soluções internas para fortalecer o setor. O equatoriano Diego Palácios, contratado no início de 2024, é uma das principais esperanças. Após sofrer uma lesão no joelho logo na estreia, ele passou por duas cirurgias e ficou afastado por quase um ano. Agora, em fase final de recuperação, Palácios já participa dos treinos com o elenco e é visto como uma opção promissora para o técnico Ramón Díaz.
Durante a ausência de Palácios, Hugo assumiu a titularidade na maior parte da temporada, enquanto Matheus Bidu ganhou espaço na reta final. A disputa pela posição promete ser acirrada, com o retorno do equatoriano aumentando as opções para o treinador. Apesar disso, a diretoria do Corinthians mantém o olhar atento ao mercado, buscando possíveis reforços para a lateral esquerda, caso surjam oportunidades viáveis.
A situação financeira do clube, marcada por dívidas e limitações orçamentárias, influencia diretamente na estratégia de contratações. A prioridade tem sido valorizar os atletas já presentes no elenco e buscar soluções internas para suprir as carências do time. Nesse contexto, o retorno de Palácios é visto como um reforço importante, capaz de agregar qualidade e experiência ao setor defensivo.
Além disso, a comissão técnica planeja dar oportunidades a todos os laterais disponíveis, observando o desempenho de cada um para tomar decisões sobre possíveis liberações ou contratações futuras. A ideia é manter uma rotação saudável no elenco, garantindo que todos estejam preparados para contribuir quando necessário.
Com a estreia no Campeonato Paulista marcada para 15 de janeiro contra o Red Bull Bragantino, o Corinthians espera contar com um elenco equilibrado e competitivo. A lateral esquerda, agora reforçada por Palácios, Hugo e Bidu, será um dos focos de atenção, com a expectativa de que o setor se torne um ponto forte da equipe na temporada.
Com 19 nomes internacionais ao longo de sua existência, o Alvinegro Paulista se molda também com ideias vindas de fora do Brasil
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Ao longo de seus mais de 110 anos de história, o Corinthians contou com 19 treinadores estrangeiros, cada um deixando sua marca no clube. Desde os primeiros anos, com nomes como o italiano Rafael Perrone, que atuou como jogador e técnico entre 1910 e 1911, até o atual comandante, o argentino Ramón Díaz, a presença de técnicos de fora do Brasil tem sido uma constante na trajetória alvinegra.
Entre os estrangeiros que passaram pelo Timão, destacam-se o espanhol Casemiro González, que liderou o time na conquista do Campeonato Paulista de 1914, e o italiano Virgílio Montarini, bicampeão paulista em 1929 e 1930. Mais recentemente, o português Vítor Pereira assumiu o comando em 2022, sendo o 15º técnico estrangeiro do clube, e agora, em 2024, Ramón Díaz tornou-se o 19º, marcando o retorno de um argentino ao cargo após quase duas décadas.
A influência desses treinadores vai além dos títulos conquistados. Eles trouxeram novas filosofias de jogo, métodos de treinamento e contribuíram para a evolução tática da equipe. A diversidade de estilos e experiências enriqueceu o futebol praticado pelo Corinthians, refletindo-se em diferentes momentos de sucesso e aprendizado ao longo dos anos.
A presença de técnicos estrangeiros também reflete a abertura do clube para novas ideias e a busca por inovação. Essa postura tem sido fundamental para manter o Corinthians competitivo em um cenário futebolístico cada vez mais globalizado.
Em suma, os treinadores estrangeiros desempenharam um papel significativo na construção da identidade e da história do Corinthians. Seja pelos títulos conquistados, pelas inovações táticas ou pela contribuição ao desenvolvimento do clube, sua influência é inegável e continua a moldar o futuro do Timão.