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Atlético Mineiro e Corinthians se enfrentam neste sábado, 24, às 21h (de Brasília), na Arena MRV, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro. O confronto reúne duas das camisas mais tradicionais do futebol nacional, e poucos jogadores tiveram tanto sucesso vestindo esses uniformes quanto o ex-atacante Marques.
Natural de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, o ex-atacante foi revelado no Timão, no início dos anos 1990 e fez história com a camisa alvinegra. O atacante fez 146 jogos pelo Timão, entre 1992 e1995.
"Eu cheguei lá com 13 anos, no velho e famoso Terrão, ali no Parque São Jorge, num dia comum, com aquele sonho de garoto, misturado com o sonho de tantos outros garotos naquele dia, para ingressar dentro do clube. A vida toda fui um atacante, um meia-atacante. Mas eu vi naquela oportunidade de fazer o teste como lateral-direito, cara, onde a concorrência era menor. E foi ali que, de repente, eu fiz o meu teste, tive algum destaque, e passei junto com dois, três, quatro garotos, na oportunidade", disse o ex-jogador em entrevista ao Lance!.
A passagem pelo Corinthians
Marques fez parte de um dos times mais celebrados pela Fiel, o que conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil em 1995. Ao lado de Souza, Ronaldo, Viola e Marcelinho Carioca, o ex-atacante fez parte do elenco que venceu o poderoso Palmeiras da Parmalat no torneio estadual, e o 'copeiro' Grêmio de Felipão na decisão do mata-mata nacional. O eterno 'cria do Terrão' relembrou aquele ano.
"A grande vantagem do prata da casa é que ele conhece a fundo o que é o clube, o que é a torcida, o que é a pressão. E eu cresci dentro disso tudo ali dentro do clube. Eu lembro que, quando subi para o profissional, a primeira etapa da minha luta havia sido cumprida", disse o ex-jogador.
Chegada e título no Galo
Depois do Corinthians, Marques teve passagens por Flamengo e São Paulo, entretanto, não conseguiu se firmar como titular absoluto. Mais maduro do que na época do Timão, Marques chegou ao Atlético Mineiro em 1997, e logo conquistou a Copa Conmebol daquele ano, sobre o Lanús, da Argentina.
No segundo semestre, o Atlético se reforçava para o Campeonato Brasileiro e me fizeram o convite, por meio do presidente Paulo Curi e do diretor Mazinho. Acabei indo para Belo Horizonte para jogar no Atlético.
"Nas três primeiras partidas, tomamos três pancadas. Mas a virada veio no quarto jogo, contra o Cruzeiro. A gente ganhou, e ganhou bem. A partir dali, o time deslanchou, fez uma grande campanha no Brasileiro e acabou conquistando a Copa Conmebol de 1997. Eu estava emprestado. Depois dessa campanha, o Atlético adquiriu meu passe, como se dizia na época, e eu assinei um contrato de cinco anos para seguir no clube", contou o jogador.
Idolatria atleticana
Marques teve três passagens pelo Atlético Mineiro: entre 1997 e 2002, de 2005 a 2006, e em 2010, quando encerrou a carreira. Ao todo, disputou 386 partidas, marcou 133 gols e conquistou cinco títulos com a camisa alvinegra: a Copa Conmebol e a Copa Centenário de Belo Horizonte, ambas em 1997, além de três Campeonatos Mineiros, em 1999, 2000 e 2010.
"Cara, aqui no Atlético é um negócio muito louco. Quando a torcida tem empatia, quando ela gosta de você, ela te carrega. Foi assim no meu início e durante toda a minha trajetória no clube. Foi uma relação de reciprocidade. Os caras cantavam meu nome na arquibancada aos plenos pulmões.
"Dentro de campo, eu sempre tive a característica de correr, de dar o máximo, de suar pela equipe. E a torcida valoriza muito esse tipo de jogador. Acho que é por isso que essa empatia tão forte perdura até hoje" disse o jogador.
As brabas de Lucas Piccinato fazem final de amistoso internacional em busca de fazer história na terra do Tio Sam nesta terça
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Nesta terça-feira (15), às 22h (horário de Brasília), o Corinthians enfrenta o Kansas City Current na grande final da Teal Rising Cup, torneio amistoso internacional realizado nos Estados Unidos. A partida acontece no CPKC Stadium, em Kansas City, e será transmitida ao vivo pela ESPN2, Disney+ e Corinthians TV no YouTube.
O Timão garantiu vaga na decisão após vencer o Chicago Stars por 1 a 0, com gol de Letícia Teles nos acréscimos. Já o Kansas City superou o Palmeiras por 3 a 0, com destaque para Haley Hopkins, autora de dois gols na semifinal. Ambas as equipes chegam embaladas, com desempenhos positivos em suas respectivas competições nacionais.
O Corinthians, comandado por Lucas Piccinato, vive excelente fase no Brasileirão Feminino e no Paulistão, e busca consolidar sua hegemonia internacional. A equipe paulista é a atual campeã da Libertadores Feminina e acumula títulos importantes desde sua reativação em 2016. Para a final, o elenco conta com nomes experientes como Gabi Zanotti, Tamires e Andressa Alves, além da jovem Letícia Monteiro, que vem se destacando nas últimas partidas.
Do outro lado, o Kansas City Current lidera a NWSL com campanha impressionante: 11 vitórias em 13 jogos. O clube norte-americano aposta na força do elenco e no fator casa para conquistar o troféu. A equipe tem como destaques a atacante Temwa Chawinga e a brasileira Bia Zaneratto, ex-Palmeiras, que reforça o elo entre os dois países.
A final será decidida em jogo único. Em caso de empate, a disputa será nos pênaltis. O torneio, criado durante a pausa da temporada regular, tem como objetivo promover o intercâmbio entre clubes brasileiros e norte-americanos, fortalecendo o futebol feminino em nível global. Após o confronto, o Corinthians retorna ao Brasil para dar sequência às competições nacionais. A expectativa é de um duelo equilibrado, com alto nível técnico e grande audiência, marcando mais um capítulo da crescente internacionalização do futebol feminino.
Timão enviou um ofício na última segunda contestando marcação de juiz da partida do Brasileirão; jogadores e torcida também foram contra
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta terça-feira (15), um parecer técnico que confirma a correção da marcação de pênalti contra o Corinthians na partida contra o Red Bull Bragantino, realizada no último domingo (13), pela décima terceira rodada do Campeonato Brasileiro. O lance, que gerou intensa controvérsia no mundo do futebol, envolveu o zagueiro Cacá e o atacante Vinicinho, e foi analisado pelo Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI), formado por ex-árbitros renomados como Nicola Rizzoli, Néstor Pitana e Sandro Ricci.
Segundo o parecer, Cacá não conseguiu alcançar a bola e, ao levantar a perna, impediu a progressão de Vinicinho dentro da área. O contato, considerado imprudente, ocorreu na altura do ombro do atacante, o que, de acordo com os especialistas, caracteriza infração passível de penalidade máxima. Inicialmente, o árbitro Bruno Arleu de Araújo não assinalou a falta, mas após recomendação do VAR, comandado por Rafael Traci, revisou sua decisão e apontou a marca da cal sinalizando o pênalti.
A decisão provocou forte reação do Corinthians, que enviou um ofício à CBF contestando a marcação e alegando que o movimento de Cacá foi defensivo e que não houve imprudência ou contato suficiente para justificar o pênalti. O clube também destacou o histórico do árbitro, que já havia sido afastado por atuações controversas em rodadas anteriores.
Apesar da contestação, o parecer técnico da CBF reforça a legitimidade da decisão tomada em campo, destacando o papel do VAR como ferramenta de apoio à justiça esportiva atualmente. O episódio reacende o debate sobre a consistência da arbitragem brasileira e a confiança dos clubes no sistema de revisão de lances.
Com o resultado da partida, o Corinthians caiu para a 11ª posição na tabela, enquanto o Bragantino subiu para o terceiro lugar, consolidando-se como um dos principais concorrentes ao título nesta temporada. A polêmica, no entanto, promete continuar nos bastidores do futebol nacional.
Contrato assinado com o jogador garantia alguns valores extras caso ele chegasse a meta de presença em partidas e média de gols por mês
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O Corinthians enfrenta um desafio financeiro significativo com o atacante Memphis Depay, que já garantiu R$ 9,4 milhões em bônus contratuais. O valor é fruto de metas atingidas, como participação em gols e presença em mais de 60% das partidas disputadas pelo clube. A quantia pode crescer ainda mais, caso o jogador contribua com mais três gols ou mantenha sua média de jogos até o fim do mês.
Além disso, o clube ainda deve cerca de R$ 4,7 milhões ao atleta, referentes à premiação pelo título do Campeonato Paulista. A situação se agravou após Memphis faltar a um treino, alegando insatisfação com os atrasos. A diretoria considerou como um ato inadmissível, mas após reunião com o presidente interino Osmar Stabile e o técnico Dorival Júnior, o camisa 10 se desculpou e reafirmou seu compromisso com o projeto corintiano.
Após isso ainda teve o caso do clube do Parque São Jorge atrasar o pagamento da empresa de segurança que presta serviço a Memphis Depay enquanto ele está no Brasil. No entanto, apesar do mal-estar, o alvinegro conseguiu quitar essa dívida.
Com dificuldades para realizar os pagamentos à vista, o Corinthians avalia alternativas. Uma das possibilidades é o parcelamento dos débitos, buscando um acordo direto com o jogador. O clube também espera a entrada de recursos em agosto, como a primeira parcela das luvas pela renovação do contrato com a Nike.
Outro fator que pode aliviar o caixa alvinegro é o desempenho na Copa do Brasil. Caso avance para as semifinais, o Timão receberá R$ 9,4 milhões em premiação, valor suficiente para cobrir parte dos compromissos com Memphis. O contrato do atacante prevê ainda o pagamento de 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões) até 15 de setembro, referente à segunda parcela das luvas. Com vencimentos mensais próximos de R$ 6 milhões, o holandês representa um investimento elevado, mas também uma aposta midiática e esportiva do clube.
Enquanto busca soluções, o Corinthians segue em campo. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Memphis não estará presente na próxima partida contra o Ceará, pela 14ª rodada do Brasileirão. A diretoria espera que o ambiente interno se estabilize e que o atleta continue contribuindo dentro das quatro linhas.