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A 75 anos atrás, a equipe do Corinthians sagrou-se campeã do torneio Rio-São Paulo pela primeira vez. A extinta competição foi uma das mais tradicionais do país, e envolvia clubes dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Essa edição aconteceu entre os dias 15 de dezembro de 1949 até 15 de fevereiro de 1950.
Como foi o torneio
A edição de 1950 envolveu 8 equipes. Participaram os times do Botafogo, Corinthians, Flamengo, Fluminense, Palmeiras, Portuguesa, São Paulo e Vasco. Na ocasião, o Timão terminou em primeiro lugar, com 11 pontos conquistados, à frente do Vasco, que terminou com 10 pontos.
A principal partida do torneio foi justamente o confronto direto entre Corinthians e Vasco, que ocorreu em São Paulo. A partida terminou em 2 a 1 para o Timão, que colocou o clube em vantagem. Na última partida, contra a equipe do Botafogo, o Corinthians se despediu do torneio com um empate, comemorando o título.
Mais dados
O Torneio Rio-São Paulo ocorreu de 1933 até 2002, onde se encerrou oficialmente. A competição não aconteceu de forma ininterrupta, tendo sofrido longas pausas por anos. O primeiro campeão foi a equipe do Palestra Itália, atual Palmeiras. De 1934 até 1949, o torneio não teve campeões. Isso ocorreu por dois fatores principais: ou ele não era realizado, ou era, mas se encerrava no meio da competição.
Os maiores campeões são os times do Corinthians, do Palmeiras e do Santos, ambos com 5 títulos para cada. O Botafogo vem na sequência, com 4 títulos. Em 2002, o Timão venceu a última disputa Rio São Paulo. A falta de interesse dos clubes, discordâncias entre os times e a falta de datas para as partidas estão entre as principais causas do encerramento da competição.
Principal torcida organizada do Timão prepara três notas diferentes para serem publicadas durante essa terça-feira; críticas foram direcionadas à Augusto Melo
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A Gaviões da Fiel publicou a sua segunda nota oficial do dia nesta manhã. Desta vez, as críticas foram direcionadas ao Conselho Deliberativo do clube. Nesta madrugada, a Gaviões publicou a primeira nota, criticando a gestão Augusto Melo e a reprovação das contas de 2024 do Corinthians. A decisão do CORI, sob o argumento de "gestão temerária" de Augusto Melo.
A decisão, porém, também fez com que a Gaviões da Fiel protestasse contra o próprio Conselho Deliberativo do clube, afirmando que "o estatuto é ultrapassado, que não responsabiliza administradores por seus erros, e que somados a uma postura passiva e politicamente alinhada a interesses particulares que colocam o futuro do Corinthians em risco".
Esta não é a primeira vez que o CORI sofre pressão da torcida. Em 2024, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, protocolou um pedido de impeachment contra Augusto Melo, por conta do caso Vai de Bet. Contudo, uma decisão judicial manteve Augusto Melo no cargo. Naquele momento, a torcida decidiu ser contra o impeachment, por conta das investigações ainda estarem ocorrendo, o que também colocou pressão em Tuma Júnior.
Desta vez, a crítica é ainda mais pesada. "A ausência de controle interno transformou o Conselho em um órgão passivo e desacreditado, incapaz de agir mesmo diante de escândalos públicos. A crise não é pontual — é estrutural. E a omissão não é neutra — é criminosa. Não vamos passar pano para quem prejudica o Corinthians.", é o que diz um trecho da nota oficial publicada pelo clube.
A reivindicação final da Gaviões da Fiel é por uma reforma estatutária. "É urgente: os sócios precisam exigir uma reforma profunda no estatuto. Chega de conselheiro por sobrenome ou amizade. Queremos critérios rigorosos, independência e compromisso com o Corinthians — não com conchavos.". A terceira nota deve ser publicada ainda durante esta tarde.
Votação aconteceu nesta segunda-feira (28) e teve resultado de 16 a 1 a favor de reprovar as contas; CORI alega gestão temerária de Augusto Melo
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O Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) apresentou um documento que revela um aumento de R$ 829 milhões na dívida do clube durante a gestão de Augusto Melo. O documento foi analisado durante a votação oficial das contas, que ocorreu neste início de noite no Parque São Jorge, em São Paulo. A votação terminou em 16 a 1 a favor de reprovar as contas.
Entre as principais irregularidades apontadas pelo CORI estão os gastos de mais de R$ 7 milhões no cartão corporativo, sem qualquer justificativa. Além disso, houve a ausência da apresentação de contratos importantes, como os acordos com Memphis Depay, Vai de Bet e PixBet. Essas falhas aumentaram a desconfiança sobre a transparência da gestão.
Outros problemas destacados incluem a falta de revisão do orçamento anual e a ausência de respostas a diversos ofícios e solicitações de documentos. O CORI também identificou divergências entre controles gerenciais e sistemas contábeis. A falta de demonstrativos contábeis da Neo Química Arena agravou ainda mais a situação.
O documento também aponta práticas preocupantes, como o lançamento de valores da campanha "Doe Arena" como receita comum do clube. Além disso, foram registradas contratações de prestadores sem critérios claros e ausência de relatórios sobre a utilização dos recursos arrecadados. A gestão apresentou déficit financeiro e aumento de R$ 120 milhões em dívidas operacionais.
Diante de todos esses fatores, o CORI votou por ampla maioria pela reprovação das contas de 2024. A gestão de Augusto Melo foi classificada como "Gestão Temerária", devido à série de irregularidades e riscos financeiros que expôs o clube. O cenário deixa a diretoria em uma posição bastante delicada, e agora deve enfrentar novo pedido de impeachment do conselho deliberativo.
Votação que define a aprovação ou reprovação das contas de 2024 acontece nesta segunda-feira; Conselho Fiscal do clube recomenda a reprovação das contas
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O Conselho Deliberativo irá se reunir nesta noite de segunda-feira para realizar a votação que definirá se as contas de 2024 serão aprovadas ou reprovadas. As contas são referentes ao primeiro ano da gestão de Augusto Melo, que foi marcada por polêmicas com patrocinadores, investigações policias, tentativa de impeachment e muitos protestos da torcida. A reunião terá uma primeira chamada às 18h, e a segunda às 19h, que será a instância final para a análise das contas.
As contas já foram reprovadas pelo Conselho Fiscal do clube, que também recomendou a reprovação para o Conselho Deliberativo. O presidente Augusto Melo solicitou a reabertura das contas de 2023, após recomendação de uma auditoria contratada pelo clube. O pedido se deve por conta de R$191 milhões que, de acordo com a diretoria, deveriam ter sido contabilizados naquele mesmo ano. Augusto também tentou o adiamento da votação, mas o pedido foi negado por Romeu Tuma Júnior, presidente do CORI, sob justificativa de que é justamente para dar tempo de reabrir as contas de 2023.
Além disso, há a necessidade de avaliação das contas do clube obrigatoriamente devem ocorrer antes do dia 30 de abril, como previsto na atual Lei Geral do Esporte. O objetivo da lei é tentar garantir total transparência na gestão dos clubes. A lei vale para todas as entidades que contam com atletas profissionais. Caso algum clube não entregue o balanço, o presidente do clube em questão pode se tornar inelegível por cinco anos para cargos de entidades esportivas, e o clube perde o direito de participar do Profut, programa de refinanciamento de dívidas com o governo.
Documentos mostram que a dívida total do clube chegou à R$2,568 bilhões, porém também apresenta faturamento histórico, ultrapassando a marca de R$1,1 bilhão, pela primeira vez atingindo a marca. Em caso de reprovação das contas, Augusto Melo e membros da sua diretoria poderiam responder a outro processo de impeachment. Na primeira vez, o pedido foi reprovado em votação do CORI, porém as investigações em relação ao Caso Vai de Bet junto da possível reprovação das contas podem pesar contra o mandatário alvinegro. Caso haja aprovação, os membros da diretoria seguem no cargo normalmente.