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O Corinthians passa por um período de transição em sua preparação física após mudanças implementadas com a chegada de Dorival Júnior. A nova metodologia, conduzida por Celso de Rezende, alterou a rotina de treinos e provocou repercussões internas, já que alguns atletas, incluindo Memphis Depay, demonstraram insatisfação com o modelo adotado.

Antigo preparador tinha um perfil mais intenso

Anteriormente, o departamento era liderado por Diego Pereira, durante a passagem de Ramón Díaz. Seu estilo era marcado por presença intensa no dia a dia, participação direta nas atividades de campo e proximidade com os jogadores. Esse perfil, embora por vezes explosivo, chegou a gerar discussões com nomes como Yuri Alberto e o próprio Memphis, mas também oferecia atenção individualizada, valorizada pelo elenco.

Chegada de Rezende modificou preparação do Corinthians

Com Dorival, o cenário mudou. Rezende assumiu postura mais reservada, focando apenas nas sessões de campo, enquanto o núcleo de performance interno passou a cuidar da prevenção e acompanhamento físico. Essa alteração reduziu o contato direto entre preparador e atletas, o que gerou certo desconforto em parte do grupo.

Memphis Depay é um dos principais jogadores insatisfeitos

Memphis Depay, principal contratação de 2024, foi um dos que manifestaram incômodo com a nova rotina. Por ter um histórico de lesões o craque do Corinthians acredita que esse método não colabora para se ter um bom retorno físico.

Apesar disso, a comissão técnica defende que a mudança é necessária para alinhar o elenco às exigências do calendário e garantir melhor rendimento nas competições que ainda disputa como o Brasileirão e a Copa do Brasil.

Não é só o holandês

Mesmo com o camisa 10 do Time do Povo sendo um dos principais insatisfeitos dentro do clube, não é apenas ele. Jogadores como Rodrigo Garro, Yuri Alberto e André Carrillo são outros nomes que não se conformam com a atual preparação física.

O processo de adaptação segue em andamento, com o clube buscando equilibrar evolução física e gestão de desgaste. A diretoria acompanha de perto para evitar que o descontentamento afete o ambiente interno. A expectativa é que, com o tempo, os resultados apareçam em campo e o grupo assimile a nova filosofia de trabalho.

O Corinthians vive em 2025 uma campanha irregular no Campeonato Brasileiro, especialmente nos jogos disputados na Neo Química Arena. Até o momento, o clube registra cinco derrotas como mandante, número que representa a pior marca parcial desde a inauguração do estádio, em 2014.

Corinthians tem cinco derrotas na Neo Química Arena

As derrotas ocorreram contra Fluminense (2x0), RB Bragantino (2x1), Bahia (2x1), Flamengo (2x1) e Ceará (1x0). Em 16 partidas em Itaquera, o time conquistou sete vitórias, quatro empates e sofreu cinco reveses, com 21 gols marcados e 14 sofridos. O aproveitamento em casa é de 52%, abaixo das médias históricas, quando raramente ultrapassava três derrotas por edição e 60% de desempenho.

Timão tinha um desempenho melhor como mandante

Nos primeiros anos da arena, o Corinthians mantinha desempenho sólido: em 2014 e 2015 perdeu apenas uma vez como mandante. Entre 2016 e 2019, os tropeços variaram entre duas e três derrotas por temporada. Em 2020 e 2021, o número subiu para quatro, até então a pior marca. Em 2024, o clube voltou a registrar apenas uma derrota em casa. O cenário atual, com cinco resultados negativos, já supera todos os anteriores, mesmo sem o término da competição.

Alvinegro na tabela do Brasileirão

Na classificação, o Corinthians ocupa a 13ª posição, nove pontos atrás do Fluminense, último dentro da zona de acesso à Libertadores. A oscilação comprometeu a luta por objetivos maiores e reforça a necessidade de reação nas rodadas restantes.

Clube paulista precisa voltar a vencer em casa

O desempenho em Itaquera tem impacto direto na confiança da equipe e na relação com a torcida, que sempre considerou o estádio um dos principais trunfos do clube. A perda de força como mandante representa um desafio para o elenco e para a comissão técnica, que buscam soluções para retomar a consistência e evitar ampliar o recorde negativo até o fim da temporada. O próximo compromisso é contra o São Paulo na Neo Química Arena e a vitória é essencial para buscar uma vaga continental.

O Corinthians encerra neste domingo (16) a fase de grupos do Paulistão Feminino 2025 diante do Realidade Jovem. A partida acontece às 19h30, no Estádio Prefeito José Liberatti, em Osasco, com transmissão pela TNT Sports, Record News e CazéTV.

Como chega o Corinthians?

O confronto marca a 16ª rodada e última da competição e opõe o líder isolado contra o último colocado. As Brabas chegam com a melhor campanha, somando vitórias expressivas e garantindo a vantagem de decidir em casa nas semifinais. O ataque corintiano é o mais produtivo do torneio, enquanto a defesa figura entre as menos vazadas.

Realidade Jovem é lanterna do Paulistão

O Realidade Jovem, por sua vez, ocupa a lanterna com apenas um ponto conquistado. A equipe de São José do Rio Preto marcou dois gols e sofreu quarenta, números que refletem a dificuldade enfrentada ao longo da campanha. Sem chances de classificação, o clube cumpre tabela e encerra sua participação diante do atual campeão.

O elenco alvinegro, comandado por Lucas Piccinato, utiliza o duelo como preparação para o mata-mata. Jogadoras como Vic Albuquerque, Duda Sampaio e Tamires têm papel fundamental na construção ofensiva e na manutenção da regularidade. O time busca manter ritmo competitivo e evitar qualquer queda de desempenho antes da fase decisiva.

Ausências das Brabas

O técnico do Corinthians, Lucas Piccinato não vai poder contar com Thaís Regina, que foi expulsa no empate contra a Ferroviária. Andressa Alves está fora por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Além disso, a goleira Nicole ainda se encontra lesionada. A dúvida para as Brabas são Jaqueline, Jhonson e Ellen com problemas físicos.

Provável escalação do alvinegro paulista

As 11 titulares do Timão devem ser escaladas dessa forma para enfrentar o Realidade Jovem: Kemelli, Paulinha, Letícia Teles, Erika e Juliete; Juliana Passari (Dayana Rodríguez), Ivana Fuso e Letícia Monteiro; Eudimilla, Carol Nogueira (Manu Olivan) e Gabi Zanotti.