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O Corinthians enfrenta mais um capítulo delicado em sua crise financeira que parece não ter fim. Após não realizar o pagamento da primeira parcela da dívida de R$ 18 milhões referente à contratação do volante Raniele, o clube admitiu de forma pública que não possui recursos disponíveis para quitar o débito no momento. A declaração foi feita pelo diretor financeiro Emerson Piovesan, que também contestou o prazo final para o pagamento, alegando que ainda há cinco dias de tolerância, com vencimento em 22 de julho.
A dívida foi formalizada em um acordo coletivo homologado pela Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), que prevê pagamentos trimestrais ao longo de seis anos, conforme foi o acordo. A primeira parcela, de R$ 4,5 milhões, venceu no dia 17 de julho, mas o Corinthians sustenta que o prazo legal para apresentar o comprovante de quitação ainda está em aberto.
Do outro lado, o Cuiabá não aceitou a justificativa e anunciou que vai acionar a CNRD para solicitar a aplicação do “transfer ban”, punição que impede o registro de novos jogadores. O presidente do clube mato-grossense, Cristiano Dresch, criticou duramente a postura do Corinthians, afirmando que nunca recebeu qualquer satisfação e que, em um cenário mais rigoroso, o clube paulista já teria sido rebaixado. Além disso, quando o clube não paga o que deve, o "transfer ban" é feito de forma automática e não com prazo de cinco dias.
Além disso, na noite de ontem (17), o perfil oficial no X (antigo Twitter) do Cuiabá chegou a ironizar a dívida e que o prazo já estava chegando ao fim. A situação se agrava diante de um cenário financeiro preocupante no Parque São Jorge. O balanço de 2024 revelou uma dívida total de R$ 2,568 bilhões, e o clube já atrasou salários, direitos de imagem e pagamentos a fornecedores neste ano.
Enquanto busca alternativas para levantar os recursos necessários, o Corinthians tenta evitar sanções que poderiam comprometer ainda mais sua temporada. A divergência sobre o prazo e a iminência de punições expõem a fragilidade da gestão financeira do clube, que precisa agir rapidamente para preservar sua capacidade de competir e manter credibilidade no mercado esportivo.
Situação é decorrente da contratação de jogador de meio campo que o Timão ainda não pagou como foi o combinado na negociação
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O Cuiabá voltou a cobrar publicamente o Corinthians pelo não pagamento da dívida referente à contratação do volante Raniele, realizada em janeiro de 2024. Em uma postagem nas redes sociais, o clube mato-grossense ironizou o fim do prazo estipulado para o pagamento da primeira parcela, afirmando: “365 dias aguardando”.
O valor total da dívida gira em torno de R$ 18,5 milhões, e o plano de pagamento aprovado pela Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) previa o início dos repasses em 17 de julho de 2025. No entanto, até o fim do dia, nenhum valor havia sido transferido, o que levou o Cuiabá a anunciar que acionaria novamente a CNRD para exigir o cumprimento do acordo. Caso o Corinthians não apresente os comprovantes de pagamento dentro do prazo legal, poderá sofrer sanções como o bloqueio de registros de novos atletas.
O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, expressou indignação com a situação, destacando que o atraso compromete a saúde financeira do clube, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. Ele também criticou o parcelamento em 24 vezes sem juros, que estenderia o pagamento até 2031, considerando a proposta injusta diante da realidade financeira do Corinthians.
Por conta disso, o Corinthians não conseguiu realizar uma negociação envolvendo o jogador de meio de campo Denílson que seria substituto de Alex Santana após a sua saída do alvinegro. Naquele momento, o presidente do clube do centro-oeste fez duras críticas a diretoria paulista. Além do Timão que deve mais de R$ 18 milhões, outros clubes como Santos, Grêmio e Atlético-MG também possuem pendências com o Cuiabá, totalizando mais de R$ 40 milhões em dívidas relacionadas à transferência de jogadores.
Enquanto o Corinthians enfrenta dificuldades para honrar compromissos financeiros, o Cuiabá segue pressionando por soluções concretas. A cobrança pública e o tom irônico adotado nas redes sociais refletem o desgaste entre os clubes e a frustração do Dourado diante da falta de respostas efetivas. O episódio reacende o debate sobre responsabilidade financeira e transparência nas negociações do futebol brasileiro.
Veja a cobrança feita pelo Cuiabá em seu perfil oficial:
Torcidas do Timão estão proibidas até o fim desse ano por imposição judicial; alvinegro tenta reverter para ter a festa de sua Fiel por completo
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O Corinthians está se empenhando para reverter a punição que impede a presença das principais torcidas organizadas em jogos realizados na Neo Química Arena até o fim de 2025. A medida, imposta pela Federação Paulista de Futebol (FPF) após recomendação do Ministério Público, surgiu em resposta aos episódios ocorridos na final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras, quando sinalizadores foram acesos e objetos arremessados no gramado.
Seis torcidas: Gaviões da Fiel, Camisa 12, Fiel Macabra, Pavilhão 9, Estopim da Fiel e Coringão Chopp, estão proibidas de exibir faixas, bandeiras ou qualquer símbolo que as identifique nos estádios paulistas. A diretoria do clube, no entanto, iniciou tratativas com representantes da FPF, do Ministério Público e da Polícia Militar para negociar a flexibilização da sanção que já completou três meses.
A estratégia do Corinthians envolve a proposta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), documento que estabelece compromissos legais para evitar reincidência de infrações. O clube acredita que a ausência das organizadas tem prejudicado o desempenho da equipe, especialmente pela falta de apoio sonoro e visual que costuma intimidar adversários em Itaquera. O último jogo na Neo Química Arena, o Timão perdeu para o Red Bull Bragantino por 2 a 1.
O advogado Renan Bohus, representante dos Gaviões da Fiel, criticou a decisão por não permitir defesa prévia às torcidas e defendeu o diálogo como caminho para a solução. Enquanto isso, os torcedores têm aderido à “camisa da proibição”, uma alternativa simbólica para manter a presença nas arquibancadas sem infringir a portaria.
A FPF, por sua vez, afirma que apenas acatou as recomendações das autoridades competentes e que qualquer revisão da medida deve ser discutida diretamente com o Ministério Público e a Polícia Militar. Nos bastidores, o Corinthians busca reconstruir pontes e garantir que a paixão da torcida organizada volte a pulsar nas arquibancadas, sem comprometer a segurança e o respeito às normas vigentes.
Seu nome foi ligado após investigações relacionadas a outros dirigentes serem reveladas e causarem impacto entre o clube e a torcida
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O ex-presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, veio a público esclarecer os gastos realizados com o cartão corporativo do clube durante uma viagem aos Estados Unidos, em maio de 2021. A polêmica surgiu após o vazamento de uma fatura que indicava despesas em um restaurante na Flórida, mesmo sem compromissos oficiais do time naquele período.
Segundo Duilio, a viagem teve como objetivo uma reunião com representantes da Florida Cup, que planejavam incluir o Corinthians em uma competição de pré-temporada em 2022. Ele afirmou que permaneceu nos EUA por apenas dois dias e que os gastos com o cartão corporativo se limitaram ao restaurante onde ocorreu o encontro. Passagens aéreas e hospedagem, segundo ele, foram pagas com recursos próprios.
O ex-dirigente reforçou que o compromisso foi exclusivamente voltado ao interesse do clube e que não houve uso indevido do cartão. A justificativa foi divulgada após o caso ganhar repercussão, especialmente por conta de investigações paralelas envolvendo o ex-presidente Andrés Sanchez, que admitiu ter utilizado o cartão do Corinthians para despesas pessoais em 2020.
A situação levou o Conselho de Orientação (Cori) do clube a recomendar a abertura de processos disciplinares para apurar os gastos de ex-dirigentes. Duilio, embora citado em discussões internas, não foi alvo direto de investigação, mas decidiu se manifestar para evitar interpretações equivocadas sobre sua conduta.
O episódio reacende o debate sobre transparência na gestão de clubes de futebol e o uso de recursos institucionais. A torcida e conselheiros cobram maior rigor na fiscalização e defendem que todos os casos sejam analisados com imparcialidade. Duilio encerrou sua nota reafirmando seu compromisso com a ética e a responsabilidade administrativa, destacando que sua gestão sempre buscou preservar os interesses do Corinthians dentro e fora de campo. O clube, por sua vez, segue acompanhando os desdobramentos e reforçando medidas de controle interno.