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Corinthians corre contra o tempo para implementar reconhecimento facial na Neo Química Arena
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O Corinthians vive um momento de intensa turbulência política, com o processo de impeachment do presidente Augusto Melo impactando diretamente decisões estratégicas do clube, incluindo a possível troca de fornecedora de material esportivo.
A Adidas apresentou uma proposta para substituir a Nike como patrocinadora esportiva do Corinthians. No entanto, o Conselho de Orientação (Cori) decidiu adiar a análise dessa proposta até que a situação do presidente Augusto Melo seja resolvida. A votação do impeachment está marcada para o dia 26 de maio, e a discussão sobre a oferta da Adidas foi sugerida para ocorrer em 2 de junho, caso o ambiente político permita.
Augusto Melo, eleito presidente em novembro de 2023 com o apoio da chapa de oposição "Valores Corinthians", enfrenta acusações relacionadas a irregularidades na gestão, especialmente no contrato com a empresa de apostas VaideBet. Ele nega as acusações e classifica o processo de impeachment como um "golpe" e um "desrespeito" à instituição.
A situação se agravou com a perda de apoio da principal torcida organizada do clube, a Gaviões da Fiel, que anteriormente defendia o presidente, mas agora não se opõe à continuidade do processo de impeachment.
Enquanto isso, o Corinthians segue sua temporada em campo, enfrentando o Novorizontino na Copa Betano do Brasil, com a vantagem de um gol conquistada no jogo de ida. O técnico Dorival Júnior lidera a equipe em meio a esse cenário conturbado nos bastidores.
A decisão sobre a proposta da Adidas e o futuro da presidência do clube são aguardados com expectativa por torcedores e stakeholders, pois terão impacto significativo na gestão e na imagem do Corinthians nos próximos anos.
Reconhecida por trabalho pioneiro no esporte, Ana Carolina Côrte recebe apoio após demissão do Corinthians e destaca importância do respeito no futebol.
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A médica Ana Carolina Côrte, ex-chefe do departamento médico do Corinthians, se pronunciou após ser desligada do clube na última segunda-feira (19). Por meio de uma publicação nas redes sociais, ela agradeceu pela oportunidade de trabalhar no clube e pediu respeito à sua trajetória profissional.
Côrte atuou por sete anos no departamento médico do futebol profissional do Corinthians, sendo promovida a chefe do setor em 2024. Sua saída ocorreu após desentendimentos internos com a comissão técnica, especialmente com o técnico Dorival Júnior, que resultaram em sua demissão.
A médica é reconhecida por sua atuação pioneira no esporte, com um currículo que inclui passagens por seleções brasileiras e atuação no Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Sua saída do Corinthians gerou repercussão no meio esportivo, com manifestações de apoio de atletas e profissionais da área.
O Corinthians, por sua vez, emitiu uma nota oficial agradecendo pelos serviços prestados e desejando sucesso na sequência profissional de Côrte. O clube não divulgou detalhes sobre os motivos que levaram à decisão de desligamento.
A situação levanta discussões sobre a gestão interna do clube e a importância do respeito às profissionais mulheres no esporte, especialmente em cargos de liderança. A expectativa é que o episódio contribua para reflexões sobre a valorização e o reconhecimento do trabalho das mulheres no futebol.
Marca pediu a rescisão e solicitou a retirada da identidade visual e pagará a multa prevista no acordo firmado em fevereiro
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A Appgas encerrou o contrato de patrocínio com o Corinthians antes do prazo estipulado, que ia até o fim da temporada. Durante o treino aberto à imprensa nesta terça-feira, a marca já não estava exposta nas placas do CT Joaquim Grava.
De acordo com apuração do ge, a iniciativa partiu da própria empresa, que alegou insatisfação com termos do acordo firmado em fevereiro. A Appgas solicitou oficialmente a retirada da sua marca e pagará a multa de rescisão contratual prevista.
Nos bastidores, o Corinthians tenta manter a empresa como patrocinadora, propondo ajustes na entrega publicitária. O clube avalia alternativas para melhorar o retorno comercial da parceria e evitar a perda definitiva da receita.
Com a saída da Appgas, o Corinthians busca novas empresas para ocupar o espaço publicitário na região do tórax do uniforme. O patrocínio também incluía ativações em dias de jogos, conforme estipulado no contrato original.
Contrato entre Timão e patrocinador Vai de Bet está no centro de apurações que revelam movimentações financeiras suspeitas envolvendo organização criminosa
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Uma investigação da Polícia Civil de São Paulo revelou que mais de R\$ 1 milhão pagos pelo Corinthians à intermediária do patrocínio da Vai de Bet foram desviados e acabaram na conta da UJ Football Talent Intermediação Ltda. A empresa é apontada como ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme delação do ex-integrante da facção Antônio Vinícius Lopes Gritzbach. Ele afirmou que a UJ Football era informalmente controlada por Danilo Lima, conhecido como “Tripa”, apontado como integrante do PCC.
O esquema envolveu uma série de transferências financeiras entre empresas intermediárias, como Rede Social Media Design Ltda e Neoway Soluções Integradas em Serviços e Soluções Ltda, que repassaram os valores à UJ Football. Essas empresas estavam em nome de laranjas e registraram movimentações milionárias incompatíveis com suas estruturas. A polícia concluiu que o Corinthians foi vítima de uma operação de lavagem de dinheiro, com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos recursos.
O caso teve início com a assinatura de um contrato de R\$ 360 milhões entre o Corinthians e a Vai de Bet, que foi rescindido em junho de 2024 após denúncias sobre o pagamento de comissões suspeitas. A investigação também revelou que a fintech 2Go Bank, presidida pelo ex-policial Cyllas Elia, negociava com o clube um projeto de banco oficial, mas o acordo foi descartado em fase inicial de seleção.
O presidente do Corinthians, Augusto Melo, enfrenta quatro pedidos de impeachment relacionados ao contrato com a Vai de Bet. A votação do Conselho Deliberativo sobre seu afastamento está marcada para o próximo dia 26. O clube declarou não ter responsabilidade sobre movimentações fora de suas contas e reiterou que o inquérito corre sob segredo de justiça.
As investigações continuam em andamento, com a possibilidade de indiciamento dos envolvidos por crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa. O Ministério Público decidirá sobre o oferecimento de denúncia após a conclusão do inquérito policial.