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Ídolo do Corinthians, o ex-jogador Marcelinho Carioca não poupou críticas após a eliminação do clube do Parque São Jorge para o Barcelona de Guaiaquil, na fase preliminar da Libertadores. Apesar do resultado de 2 a 0, com gols de Félix Torres e André Carrillo, o Timão não chegou a fase de grupos por conta do placar agregado e amargou mais uma queda neste momento do torneio.
Ex-Corinthians, Marcelinho Carioca dispara contra Memphis Depay e critica Ramón Díaz em eliminação na Libertadores
Durante o programa 'Quebrada FC', do canal do Podpah, Marcelinho Carioca fez críticas ao camisa 10 Memphis Depay e também disparou contra o treinador do Corinthians, o argentino Ramón Díaz. Confira o que o ídolo corinthiano falou sobre a eliminação da equipe.
"As pessoas não vão falar pela grandiosidade que fizeram o Memphis…tentaram fazer, e assim, nada contra, pode ganhar o que quiser, fazer o que quiser. Detalhe que o Corinthians ficou refém no ano passado, abriu as pernas e aí R$ 4 milhões que ele recebe (…) Só que o que o Memphis entregou? O que ele fez em campo? Não teve nenhum drible, nada do craque. Pediu a 10. A 10 é do craque."
"Arrebentou o vestiário [ter tirado a 10 de Rodrigo Garro, que usava a camisa em 2024]. Quem é o comandante? É o Don Cagón. Ele deveria chegar no vestiário e falar: Memphis, a 10 é do Garro. Ele conquistou jogando. Se você tem cláusula ou não, conversa lá, mas, na minha opinião, você não deveria ficar com a 10."
"Ramon Diaz, Emiliano, não têm personalidade para tirar o Memphis? Não têm personalidade para tirar o Garro? Aí, lá no Equador, você arrebenta o Tchoca e arrebenta o Breno Bidon. São duas minhoquinhas, não têm muito nome, aí você deita e rola, queima os moleques. Aqui jogaram o que? O que fizeram? Está de sacanagem."
"Ele vai e arrebenta o Raniele hoje. Aí o cara [Raniele] chega no banco e diz: ‘Está vendo o que ele fez?’. A resenha do boleiro é essa. ‘Só faz c*****, me tira com 30 minutos’. É isso. Tem que cobrar dele [Ramón]. Era para entrar com quem? Com Talles Magno desde o início."
A escolha de Itaquera e arredores da arena, segundo os organizadores, está diretamente ligada ao perfil histórico do clube e de sua torcida
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Na última quarta-feira, torcedores organizados do Corinthians e grupos ambientalistas lançaram o Corredor Ecológico Corinthiano (CEC), um projeto que tem como foco a arborização dos arredores da Neo Química Arena, localizada em Itaquera, zona leste da capital paulista. A proposta busca enfrentar os impactos das mudanças climáticas por meio da valorização da vegetação urbana em uma das regiões com menor cobertura de árvores na cidade.
A iniciativa reúne diferentes coletivos e entidades: o Departamento Social dos Gaviões da Fiel, o Coletivo Democracia Corinthiana, o espaço cultural LabCasaCultural, a frente Avançar Resoluto, além dos grupos ambientalistas Biosinergia e Coalizão pelo Clima SP. O objetivo declarado é tornar o clima local mais ameno e menos suscetível aos efeitos extremos do aquecimento global.
Em postagem nas redes sociais, os idealizadores explicaram a importância da ação: “Plantar árvores é uma solução eficaz contra as consequências das emergências climáticas causadas pela ação humana, como enchentes e ilhas de calor. Além disso, essa prática ajuda a combater a falta de espaços naturais e áreas de lazer nas periferias ao melhorar a qualidade do ar, regular temperaturas e sensação térmica”.
A escolha de Itaquera, segundo os organizadores, está diretamente ligada ao perfil histórico do clube e de sua torcida. A região, majoritariamente corinthiana, sofre com baixos índices de arborização, o que agrava os efeitos do clima e reduz a qualidade de vida dos moradores.
"O Corredor Ecológico Corinthiano não só diminuirá os efeitos das mudanças climáticas na região, mas também se alinha aos valores históricos do Sport Club Corinthians Paulista: entidade fundada por operários, nascida da resistência popular contra o elitismo e permanentemente ligada às lutas do povo pobre, periférico e oprimido”, reforçou o grupo.
Ainda de acordo com os organizadores, bairros como Itaim Paulista e Sapopemba — ambos na zona leste — apresentam uma das menores densidades de árvores por habitante em toda São Paulo. Mesmo em Itaquera, que abriga a Área de Proteção Ambiental (APA) do Carmo, ainda há severas carências de vegetação em diversas áreas residenciais.
Além de mitigar o calor e melhorar o ar, o projeto visa contribuir para a regulação do solo e prevenir tragédias como alagamentos, incêndios e poluição excessiva. Vale lembrar que, recentemente, a Defesa Civil de São Paulo emitiu um “alerta severo” para chuvas intensas na zona leste, após registros de enchentes que afetaram milhares de pessoas.
O Corredor Ecológico Corinthiano surge, assim, como uma ação coletiva que une esporte, consciência ambiental e mobilização social.
O passivo total do Timão se aproxima da marca de R$ 2 bilhões, consolidando o clube nesta lista indesejada pelo clubes brasileiros
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A situação financeira do Corinthians segue preocupante e acaba de ser evidenciada em um levantamento feito pela Sportsvalue. De acordo com a consultoria especializada em marketing esportivo, o clube do Parque São Jorge ocupa o primeiro lugar entre os times brasileiros com maior dívida acumulada. O passivo total do Timão se aproxima da marca de R$ 2 bilhões, consolidando o clube no topo de uma lista indesejada.
Na sequência do ranking, o Atlético-MG aparece como segundo mais endividado, com aproximadamente R$ 1,4 bilhão em compromissos financeiros. Cruzeiro, Vasco da Gama e São Paulo completam o grupo dos cinco clubes com maiores dívidas do futebol nacional.
Os números apresentados pela Sportsvalue foram atualizados com base na inflação e revelam um crescimento expressivo das dívidas no cenário geral do futebol brasileiro. Em 2023, o valor total das dívidas somadas dos principais clubes era de R$ 10 bilhões. Em 2024, esse número saltou para R$ 12 bilhões, um aumento de 20% em apenas um ano.
No caso do Corinthians, a situação se agrava ano após ano. O balanço financeiro divulgado recentemente pela própria diretoria corintiana aponta para um cenário crítico. O clube investiu R$ 107 milhões no futebol, mas também registra R$ 192 milhões em contas a pagar e R$ 191 milhões em dívidas herdadas de exercícios anteriores.
A soma desses fatores pressiona ainda mais a gestão do presidente Augusto Melo, que assumiu com o compromisso de buscar soluções para a crise econômica. A necessidade de reequilibrar as finanças tornou-se uma das prioridades do clube para a temporada de 2025, especialmente após eliminações precoces em torneios importantes, que comprometeram o recebimento de premiações e cotas de televisão.
Diante desse cenário, medidas como reformulação no elenco, negociações de ativos e até discussões sobre novos modelos de gestão, como a SAF, voltam a ganhar força nos bastidores do clube. A missão de colocar as contas em ordem, no entanto, parece cada vez mais desafiadora.
Confira o ranking:
Diante da delicada situação financeira do clube, setores ligados à diretoria vêm estudando alternativas para reestruturar a gestão
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A discussão em torno da adoção de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) voltou a movimentar os bastidores do Corinthians nas últimas semanas. Diante da delicada situação financeira do clube, setores ligados à diretoria vêm estudando alternativas para reestruturar a gestão e garantir maior estabilidade econômica. No entanto, a possibilidade de transformar o modelo associativo atual enfrenta forte resistência interna.
Parte do Conselho Deliberativo e representantes da principal torcida organizada demonstraram rejeição à ideia de ruptura com a estrutura tradicional do clube. Apesar disso, um grupo dentro da cúpula alvinegra passou a considerar o modelo adotado pelo Green Bay Packers, tradicional franquia da NFL, como possível inspiração.
A proposta que vem sendo avaliada, ainda em estágio inicial, prevê a separação do departamento de futebol das demais áreas sociais do clube. Nesse novo formato, torcedores poderiam adquirir cotas de participação — semelhante a uma cooperativa — e, assim, contribuir financeiramente com a gestão do futebol. O conceito se aproxima da lógica de propriedade coletiva, como ocorre com os Packers.
Entenda o modelo do time da NFL
Com sede no estado de Wisconsin, os Packers são os maiores campeões da NFL, com 13 títulos — sendo nove anteriores à era Super Bowl. Fundada em 1919, a franquia é a única da liga com estrutura sem fins lucrativos e controle descentralizado. Atualmente, mais de 530 mil pessoas possuem ações do time, o que torna sua gestão amplamente compartilhada.
Ao contrário de outros clubes, essas ações não geram lucros ou dividendos, mas garantem aos torcedores o direito de voto em decisões cruciais, como eleições para o Conselho Administrativo. O CEO conduz a administração executiva do time, enquanto os conselheiros supervisionam as diretrizes gerais. A transparência é um dos pilares do modelo, com a publicação obrigatória dos balancetes financeiros ao longo da temporada.
Embora o Corinthians ainda esteja longe de implementar algo semelhante, a ideia de uma gestão mais democrática e participativa segue em debate. A adesão, no entanto, dependeria de mudanças profundas no estatuto e da aprovação por parte dos associados.