
Clube
|
A partida entre Corinthians e Portuguesa marcará o reencontro de pessoas que já defenderam a camisa do Timão. Na noite deste sábado (15), às 18h30, o técnico da Lusa Cauan de Almeida, e o goleiro titular Rafael Santos reencontram o ex-clube em uma partida que pode representar um passo importante para a classificação da Lusa para a próxima fase do Paulistão 2025.
Cauan de Almeida esteve de forma mais recente no clube. Ele foi auxiliar técnico durante a passagem de Mano Menezes pelo Parque São Jorge, em 2023. Em entrevista, o treinador da Lusa agradeceu a passagem, onde explicou que sua estadia no clube foi muito importante para a sua formação, além de ter feito contatos importantes com jogadores.
Já Rafael Santos é um caso mais antigo. O jogador foi revelado pelo Timão em 2010, mas nunca chegou a se firmar como goleiro no clube. O goleiro foi emprestado para uma série de clubes, até ser transferido a custo zero para a equipe do São Caetano, no ano de 2013. O goleiro teve passagens por clubes como Guarani, Bahia e Vila Nova, e mais recentemente atuou pelo Operário (PR).
Os dois irão buscar uma vitória importante diante do Corinthians. A equipe da Portuguesa não vence o Alvinegro desde o ano de 2013, quando o derrotou pelo placar de 4 a 0. De lá para cá, foram 3 vitórias para o Corinthians, além de um empate. Uma vitória representa a queda de mais de 12 anos de tabu.
O triunfo pode significar também uma possível classificação para a equipe rubro-verde. Caso ganhe, a Lusa chegará aos 13 pontos, e uma derrota de Santos e Bragantino colocam o time com um pé e meio na próxima fase, dependendo apenas de uma vitória contra o São Bernardo para se classificar.
Presidente afastado terá sua vida política no Timão decidida na Assembleia Geral no mês de agosto, mas enfrenta investigações também fora do clube
|
A defesa do ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, reagiu à decisão da Justiça de São Paulo que o tornou réu por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado no caso Vai de Bet. Em nota oficial, os advogados alegam que o processo é “ilegal, repleto de nulidades e abusos”, e que Melo é alvo de perseguição política promovida por adversários internos do clube.
Entre os principais argumentos da defesa está o acesso a dados do Coaf sem autorização judicial, além da atuação da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual em um caso que, segundo os representantes legais de Melo, deveria ser conduzido pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, por envolver contrato internacional. A equipe jurídica também solicitou o fim do sigilo dos documentos da ação, alegando que a torcida tem o direito de conhecer os detalhes do processo.
A investigação gira em torno do contrato de R$ 360 milhões firmado entre o Corinthians e a casa de apostas Vai de Bet, que foi rescindido unilateralmente em junho de 2024 após suspeitas de repasses indevidos a empresas fantasmas. A promotoria estima um prejuízo superior a R$ 40 milhões ao clube, incluindo os valores desviados e a rescisão contratual.
A defesa anunciou ainda a abertura de uma investigação defensiva, prevista pela OAB, com o objetivo de comprovar a inocência de Melo. Os advogados pretendem impetrar habeas corpus para tentar extinguir o processo, que classificam como “kafkiano” e motivado por interesses políticos.
Augusto Melo, afastado do cargo desde maio após aprovação de seu impeachment, segue confiante de que será absolvido e reafirma seu compromisso com a reestruturação financeira do Corinthians. A Assembleia Geral marcada para 9 de agosto decidirá se ele será definitivamente destituído do cargo ou poderá retornar ao comando do clube. O caso continua sob forte atenção da mídia e da torcida, enquanto o Corinthians tenta manter a estabilidade institucional em meio a uma das maiores crises de sua história recente.
Dirigente alvinegro tem intermediado a maioria das crises envolvendo o clube com jogadores que tem aparecido desde a sua chegada
|
A crise institucional que assola o Corinthians tem colocado Fabinho Soldado, executivo de futebol, no centro das atenções. Com o clube enfrentando instabilidade administrativa, problemas financeiros e rendimento irregular em campo, Soldado tornou-se peça-chave na tentativa de manter o ambiente do CT Joaquim Grava sob controle. Além de mapear reforços e negociar contratações, ele atua como mediador entre atletas, comissão técnica e diretoria, absorvendo tensões internas e evitando que conflitos se agravem.
Mesmo diante de episódios como atrasos salariais, faltas não justificadas e atitudes disciplinares, Fabinho tem conseguido preservar a estrutura do elenco. Sua liderança é respeitada por grande parte dos jogadores, inclusive por nomes como Memphis Depay, que mantém relação profissional com o dirigente, apesar de não serem próximos. Recentemente, o executivo foi fundamental para conter reações mais drásticas de atletas diante da falta de pagamento de premiações e salários atrasados.
A sobrecarga de responsabilidades, no entanto, acende um alerta nos bastidores. Fabinho já recusou propostas de clubes como Athletico-PR, Internacional, Santos, São Paulo e Red Bull Bragantino. Porém, a diretoria teme que uma eventual saída do diretor de futebol possa desencadear uma debandada e aprofundar a crise. O Flamengo, que vive pressão sobre seu atual diretor José Boto, é visto como potencial interessado, embora não tenha feito movimentações até o momento.
Osmar Stabile já afirmou a permanência do diretor de futebol assim como a de Dorival Júnior. No entanto, reconhece que futebol é resultado. Internamente, Fabinho reforça o desejo de permanecer no Corinthians, mesmo diante das adversidades. Sua atuação tem sido decisiva para blindar o elenco dos problemas políticos que se intensificaram após o afastamento de Augusto Melo. A confiança depositada nele pela presidência interina e pelos jogadores é um dos poucos pontos de estabilidade em um cenário conturbado.
Com a eleição da Assembleia Geral marcada para 9 de agosto, que pode definir o futuro da presidência, o papel de Fabinho Soldado será ainda mais crucial. O Corinthians, em busca de equilíbrio, deposita nele a esperança de atravessar a tempestade sem perder o rumo esportivo e institucional.
Contratos atuais possuem cláusulas que permitem a rescisão em casos de investigações e erros vindos do clube do Parque São Jorge
|
O Corinthians enfrenta um cenário delicado nos bastidores, com potenciais prejuízos financeiros e esportivos caso o presidente afastado Augusto Melo retorne ao comando do clube. A Assembleia Geral marcada para o dia 9 de agosto decidirá se Melo será definitivamente destituído ou reassumirá o cargo no Parque São Jorge. A possibilidade de seu retorno preocupa patrocinadores e o atacante Memphis Depay, devido às cláusulas anticorrupção presentes nos contratos.
Melo foi indiciado por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro no caso VaideBet, tornando-se réu junto a outros ex-dirigentes do clube. Os contratos de Memphis e dos patrocinadores incluem cláusulas que permitem a rescisão unilateral em caso de envolvimento da diretoria em práticas ilegais. Se ativadas, o Corinthians poderá ser obrigado a pagar cerca de R$ 70 milhões ao jogador holandês, incluindo salários, direitos trabalhistas e adicionais previstos até junho de 2026.
Além disso, empresas parceiras como a Ambev já demonstraram preocupação com os desdobramentos do caso. Após o indiciamento de Melo, houve pressão para que as marcas não fossem expostas em eventos ligados ao ex-presidente. Em uma coletiva recente, a assessoria de Melo cobriu logotipos e desligou o telão da sala de imprensa, evidenciando o desconforto dos patrocinadores.
A cláusula anticorrupção também está presente nos contratos comerciais do clube, o que pode levar à rescisão imediata por parte das empresas, sem penalidades. O risco jurídico e financeiro é elevado, e a diretoria interina liderada por Osmar Stábile tenta manter a estabilidade institucional enquanto aguarda a decisão dos sócios.
O retorno de Melo pode representar não apenas um abalo na imagem do Corinthians, mas também comprometer o planejamento esportivo e financeiro da temporada. A permanência de Memphis, peça-chave no elenco, e a continuidade dos patrocínios estão diretamente ligadas ao desfecho político do clube ainda este ano. A torcida e os conselheiros observam atentos, cientes de que o futuro do Timão pode ser drasticamente impactado por essa decisão.