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A participação de jogadores do Corinthians em uma festa privada dias antes do clássico contra o São Paulo, que aconteceu no sábado, provocou forte repercussão nos bastidores do clube. O episódio veio à tona após imagens circularem nas redes sociais, mostrando atletas em clima de descontração, o que gerou críticas da torcida e aumentou a pressão sobre o elenco, já abalado pela derrota por 2 a 0 no Morumbi.
A festa em questão seria de um jogador brasileiro que atualmente estaria jogando em um grande clube europeu. A diretoria alvinegra, liderada pelo presidente interino Osmar Stabile, foi informada sobre o ocorrido e iniciou uma apuração interna para identificar os envolvidos e avaliar possíveis punições. Embora o evento não tenha violado regras formais, o momento delicado da equipe no Campeonato Brasileiro torna a situação ainda mais sensível. O Corinthians ocupa a décima colocação e soma uma vitória nos últimos cinco jogos, o que intensifica a cobrança por comprometimento e foco de todo o elenco.
O técnico Dorival Júnior, que já enfrenta questionamentos sobre o desempenho abaixo do time, evitou comentar diretamente o caso, mas reforçou em entrevista coletiva a importância da disciplina e da concentração em momentos decisivos da temporada atual. O treinador tem buscado reorganizar o grupo, lidando com lesões, instabilidade tática e dificuldades financeiras que limitam contratações. E agora, ele tem vivido uma instabilidade que cresce cada vez mais com a torcida pedindo Juan Pablo Vojvoda como seu substituto imediato.
A repercussão do episódio também reacendeu debates sobre a postura profissional dos atletas do Corinthians e o impacto de atitudes fora de campo no rendimento esportivo. Parte da torcida considera a festa uma demonstração de desrespeito ao clube e aos torcedores, especialmente diante da sequência negativa de resultados.
Internamente, o Corinthians tenta conter a crise e preservar o ambiente do vestiário. A expectativa é de que o elenco se reúna com a comissão técnica nos próximos dias para alinhar condutas e reforçar o compromisso com os objetivos da temporada. O próximo desafio será contra o Cruzeiro, no dia 23, na Neo Química Arena, partida que pode marcar uma virada ou aprofundar a turbulência vivida pelo Timão.
Mesmo em meio a turbulência, caos político e financeiro no clube do Parque São Jorge, treinador tem aproveitamento positivo comandando equipe alvinegra
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Apesar da pressão e das críticas que está sofrendo, o técnico Dorival Júnior alcançou um feito relevante sob o comando do Corinthians: igualou o melhor início entre os últimos cinco treinadores do clube paulista. Em seus primeiros 14 jogos, Dorival somou seis vitórias, quatro empates e quatro derrotas, totalizando 52,4% de aproveitamento, mesmo enfrentando instabilidade interna e resultados irregulares.
Esse desempenho é idêntico ao de António Oliveira, que comandou o Timão no início de 2024, mas com uma diferença bastante importante: enquanto Oliveira obteve a maioria dos triunfos no Campeonato Paulista, Dorival assumiu o time já em meio ao Brasileirão, lidando com adversários mais fortes e um elenco em reconstrução.
Dorival chegou ao clube em abril de 2025, substituindo Ramón Díaz, que havia conquistado o título estadual. Desde então, enfrentou desafios como a eliminação precoce na Copa Sul-Americana e a ausência de reforços prometidos pela diretoria. Ainda assim, conseguiu organizar o sistema defensivo e melhorar a média de gols sofridos, mesmo com desfalques como o meia Garro nos primeiros jogos.
O Corinthians ocupa atualmente a décima colocação no Campeonato Brasileiro e se prepara para enfrentar o Cruzeiro no próximo dia 23, na Neo Química Arena. Além disso, o clube segue vivo na Copa do Brasil, onde enfrentará o Palmeiras nas oitavas de final no dia 30 de julho, mantendo esperanças de conquistar um título nacional ainda nesta temporada.
A diretoria, embora pressionada por resultados, mantém confiança no trabalho de Dorival, reconhecendo o pouco tempo de adaptação e os ajustes em curso. O treinador, por sua vez, busca estabilidade e evolução, mesmo diante de cobranças da torcida e limitações financeiras que dificultam contratações. Osmar Stabile em uma entrevista recente ao ge.globo, confirmou a permanência de Dorival Júnior no comando técnico do Corinthians. Isso mesmo diante da derrota para o São Paulo e das dificuldades apresentada pela equipe na temporada.
Em meio à crise institucional e à cobrança por desempenho, Dorival Júnior mostra resiliência e entrega um início promissor, comparável aos melhores dos últimos anos. A sequência da temporada alvinegra será decisiva para consolidar seu trabalho e definir os rumos do Corinthians em 2025.
Presidente interino do alvinegro paulista precisou falar sobre a situação do técnico após mais um resultado negativo da equipe nesta temporada
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O atual presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile, afirmou nesta segunda-feira (21), que o técnico Dorival Júnior permanece garantido no cargo, apesar da pressão crescente após a derrota por 2 a 0 para o São Paulo. A declaração foi feita em meio a especulações sobre uma possível troca no comando técnico, especialmente diante da instabilidade da equipe no Campeonato Brasileiro.
Stabile destacou que Dorival e o diretor Fabinho Soldado continuam com respaldo da diretoria, mas reconheceu que resultados em campo serão determinantes para a continuidade do trabalho. Segundo ele, "Futebol é resultado, eu não posso dizer o que vai acontecer daqui para frente", reforçando que o futebol é movido por desempenho e conquistas. O dirigente ocupa o cargo até 9 de agosto, quando será realizada uma assembleia que pode definir o impeachment do presidente afastado, Augusto Melo.
Desde que assumiu o Corinthians em abril, Dorival comandou o time em 14 partidas, com seis vitórias, quatro empates e quatro derrotas, o que representa um aproveitamento de 52%. A equipe enfrenta dificuldades ofensivas e busca reencontrar consistência, especialmente com o próximo desafio contra o líder Cruzeiro, marcado para quarta-feira, (23), na Neo Química Arena.
Além da situação do treinador, Stabile comentou sobre o comportamento de Memphis Depay, que permaneceu no vestiário após ser substituído no clássico. O presidente minimizou o episódio, citando que, segundo a cultura europeia, não há obrigação de retornar ao banco de reservas após a troca.
No campo financeiro, o Corinthians enfrenta limitações para reforçar o elenco. Stabile afirmou que a diretoria está trabalhando dentro das possibilidades, sem cometer excessos. Ele comparou a situação a “trocar o pneu de um carro em alta velocidade”, indicando que a reestruturação do clube exige tempo e cautela. A declaração do presidente reforça que, embora Dorival esteja mantido, o ambiente no Parque São Jorge é de vigilância constante. O desempenho nas próximas rodadas será crucial para definir os rumos do comando técnico e a estabilidade institucional do Timão.
Holandês foi alvo novamente de críticas depois de não retornar ao banco de reservas quando foi substituído por Dorival Júnior no Majestoso
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O comportamento de Memphis Depay no clássico contra o São Paulo, realizado no clássico contra o São Paulo no último sábado (19), gerou forte repercussão dentro e fora do Corinthians. O atacante holandês foi substituído no intervalo da partida, não retornou ao banco de reservas e, segundo o colunista Juca Kfouri, sua postura contaminou o ambiente do elenco alvinegro.
Durante o programa 'Posse de Bola', Juca comparou Memphis a uma “laranja podre”, sugerindo que sua atitude compromete o espírito coletivo do time. O jornalista destacou que, no primeiro tempo, o Corinthians não demonstrou competitividade, enquanto no segundo, após a saída do jogador, a equipe ao menos mostrou esforço e entrega, mesmo com a derrota por 2 a 0.
A crítica não se limita ao desempenho em campo. Memphis tem enfrentado problemas com a diretoria, incluindo atrasos salariais e pendências financeiras que somam cerca de R$ 4,7 milhões. O jogador chegou a notificar o clube formalmente, ameaçando descumprir obrigações trabalhistas caso os valores não fossem quitados. Além disso, faltou a um treino do alvinegro, foi multado e teve uma reunião com dirigentes para esclarecer o episódio.
A situação se agrava com o histórico recente de instabilidade no Parque São Jorge. O clube vive uma fase de transição administrativa, marcada por escândalos financeiros e mudanças na presidência. A crise envolvendo Memphis expõe não apenas o desgaste entre atleta e instituição, mas também a fragilidade da gestão corintiana diante de contratos milionários e expectativas frustradas.
Apesar das polêmicas, Memphis segue como titular, mas sua permanência no elenco é incerta. A torcida, dividida, cobra comprometimento e resultados, enquanto o clube tenta equilibrar dívidas e reconstruir sua identidade competitiva. O episódio reforça a necessidade de alinhamento entre jogadores, comissão técnica e diretoria. No Corinthians, onde a paixão e a cobrança caminham lado a lado, atitudes como a de Memphis podem custar caro, não apenas em pontos, mas na essência que sempre definiu o clube: sua alma corintiana.