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28 Fev 2025 | 09:00 |
O diretor executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado, está sendo acusado de assédio moral contra funcionárias do clube. A denúncia foi feita por Kascão, diretor do programa "Os Donos da Bola", da Band, durante participação no canal "Alambrado Alvinegro". Segundo ele, uma fonte influente dentro do clube relatou que Fabinho estaria maltratando mulheres no Centro de Treinamento Joaquim Grava.
Kascão afirmou ter apurado as informações e disse possuir registros que comprovam a prática de assédio moral por parte do dirigente. No entanto, optou por não divulgar os nomes das vítimas para preservá-las. O caso vem ganhando repercussão e pode se desdobrar nos próximos dias devido à insatisfação interna dentro do clube.
Fabinho Soldado, ex-jogador e atual dirigente, completou recentemente um ano à frente do departamento de futebol do Corinthians. Durante esse período, foi responsável por implementar mudanças significativas na gestão do futebol, como a modernização da comunicação interna e a adoção de novas ferramentas organizacionais. Sua postura disciplinada e rigorosa lhe rendeu respeito entre jogadores e funcionários.
Apesar das acusações, o Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A diretoria do clube deve avaliar a situação internamente antes de tomar qualquer medida. Nos bastidores, a pressão para um esclarecimento vem aumentando, e o episódio pode ter impacto na continuidade do trabalho de Fabinho Soldado no comando do futebol alvinegro.
A situação gera grande expectativa sobre possíveis desdobramentos e manifestações públicas das partes envolvidas. Caso as denúncias sejam confirmadas, o dirigente poderá enfrentar sanções dentro do clube e até mesmo na Justiça. O episódio reforça a importância do combate a qualquer tipo de assédio no ambiente esportivo e da garantia de um espaço seguro para todos os profissionais.
Pendência financeira do alvinegro paulista está na casa dos bilhões somando ainda punições da FIFA, do CAS e cobranças de clubes e jogadores
10 Out 2025 | 17:01 |
O Corinthians divulgou, nesta sexta (10), o balancete referente ao mês de julho, revelando que a dívida total do clube atingiu R$ 2,706 bilhões. O valor representa um aumento superior a R$ 100 milhões em relação ao final de 2024, quando o montante era de R$ 2,568 bilhões.
Desse total, R$ 2,055 bilhões correspondem a obrigações como impostos, empréstimos e pendências contratuais. Os outros R$ 655 milhões estão relacionados ao financiamento da Neo Química Arena.
O documento também aponta um déficit acumulado de R$ 103 milhões no exercício de 2025. A previsão revisada, aprovada pelo Conselho Deliberativo, estima que o clube encerrará o ano com prejuízo de R$ 83 milhões. A gestão anterior, liderada por Augusto Melo, havia projetado superávit de R$ 34 milhões.
A revisão orçamentária foi conduzida por Osmar Stábile e membros da diretoria financeira, após identificarem divergências nos números previstos. Uma das principais diferenças está na receita com vendas de atletas: a antiga previsão era de R$ 180,5 milhões, enquanto a atual estima R$ 73,6 milhões, uma redução de 59,2%.
As despesas com pessoal também sofreram reajuste. O clube esperava gastar R$ 345,8 milhões, mas a nova estimativa aponta R$ 492,7 milhões, aumento de 42,5%. O departamento de futebol apresentou superávit de R$ 13 milhões até julho, enquanto o clube social registrou déficit de R$ 26,5 milhões.
A dívida com a Caixa Econômica Federal pela Arena em Itaquera teve leve queda, passando de R$ 675,2 milhões para R$ 655,3 milhões, graças à amortização de juros promovida por campanhas da torcida organizada Gaviões da Fiel.
O Corinthians também enfrenta sanções da FIFA, incluindo transfer ban, devido a pendências financeiras com clubes como o Santos Laguna, totalizando mais de R$ 120 milhões em condenações.
Torcida não quer esperar que decisão do clube demore e seja prorrogada para depois das eleições que acontecerão no fim de 2026
09 Out 2025 | 12:21 |
Lideranças da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, intensificaram cobranças à diretoria do clube em relação ao andamento das investigações sobre supostos gastos indevidos nas gestões de Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves.
Representantes do grupo entraram em contato com o presidente Osmar Stabile e com o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, exigindo transparência e agilidade nos processos em curso.
As apurações estão sendo conduzidas pela Comissão de Justiça do Corinthians e pelo Ministério Público de São Paulo, sob responsabilidade do promotor Cassio Roberto Conserino. A Gaviões da Fiel deixou claro que acompanha de perto os desdobramentos e não aceitará que o tema seja adiado para depois das eleições presidenciais do clube, previstas para o fim de 2026.
No caso da gestão de Andrés Sanchez, ocorrida entre 2018 e 2020, foram identificadas cerca de 50 despesas suspeitas, totalizando R$ 190.523,54. Os gastos incluem compras em hospitais, clínicas, farmácias, lojas de móveis e eletrônicos, além de serviços de táxi aéreo e centros automotivos.
A Comissão de Justiça convocou ex-diretores responsáveis pela fiscalização do uso dos cartões corporativos para prestar esclarecimentos. Sanchez em nota oficial, alegou que valores foram uma espécie de “benefício institucional”.
O Ministério Público solicitou ao Corinthians, entre os dias 26 e 29 de setembro, documentos e justificativas sobre as aquisições realizadas durante o segundo mandato de Andrés. O prazo estipulado para envio das informações foi de dez dias corridos.
Em relação à gestão de Duilio Monteiro Alves, o promotor também investiga despesas que somam aproximadamente R$ 86 mil, incluindo itens como bebidas, cigarros e medicamentos. Duilio nega reconhecer essas faturas e entrou com pedido de habeas corpus, alegando constrangimento ilegal, mas teve a solicitação negada. Ele também registrou notícia-crime para apurar possíveis documentos falsos.
Em mais um caso de falta de pagamento, o clube do Parque São Jorge terá diminuição dos valores em mais de R$ 20 milhões recebidos pela liga
08 Out 2025 | 12:42 |
O Corinthians não realizou o pagamento de um empréstimo de R$ 150 milhões obtido junto à Liga Forte União (LFU), entidade que reúne clubes brasileiros em torno de negociações comerciais e direitos de transmissão. O valor, originalmente acordado para ser quitado em setembro de 2025, será abatido com acréscimos de juros e correções monetárias no repasse futuro da liga ao clube.
O montante foi antecipado como parte do acordo firmado entre o Corinthians e a LFU, que prevê distribuição de receitas oriundas de contratos de mídia e patrocínios. Como o clube não efetuou o pagamento dentro do prazo estipulado, a liga aplicará os encargos previstos em contrato e deduzirá o valor diretamente das parcelas que o time paulista tem direito a receber. Será cerca de R$ 30 milhões por ano que o alvinegro deixará de receber até o término do vínculo que é 2029.
A medida não representa punição, mas sim cumprimento das cláusulas contratuais previamente estabelecidas. O Corinthians, assim como outras equipes participantes da Liga, tem acesso a adiantamentos financeiros mediante compromissos de devolução com correção. A inadimplência ativa o mecanismo de compensação automática, sem necessidade de intervenção judicial.
A LFU, formada por clubes como Fortaleza, Athletico-PR, Cruzeiro, Internacional e outros, tem como objetivo fortalecer a gestão coletiva do futebol nacional. O Corinthians aderiu à entidade, buscando maior autonomia na negociação de direitos comerciais e maior previsibilidade financeira.
O clube alvinegro enfrenta dificuldades econômicas desde o início da temporada, acumulando dívidas com fornecedores, atletas e instituições financeiras. A diretoria, liderada por Osmar Stabile, tenta reorganizar as finanças e renegociar compromissos para evitar mais sanções.
A dedução do valor do empréstimo será realizada nos próximos repasses da LFU, respeitando os termos acordados. O Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o impacto financeiro.
Vale lembrar que o clube aguardava o repasse desses valores do fim do ano para pagar a dívida com o Santos Laguna que fez gerar o transfer ban imposto pela FIFA em decorrência da negociação de Félix Torres.