
Clube
22 Mai 2025 | 18:00 |
O Conselho Fiscal do Corinthians aceitou o pedido da atual gestão para reanalisar os balanços financeiros dos anos de 2023 e 2024. A solicitação foi feita pelo presidente Augusto Melo, que alega ter "herdado" uma dívida de R$ 191,296 milhões não registrada pelas administrações anteriores. Esses valores referem-se a impostos, juros sobre parcelamentos de execuções fiscais do município e contingências em processos que não foram classificados como "perda provável" nos balanços anteriores.
O presidente do Conselho Fiscal, Haroldo José Dantas da Silva, afirmou que o processo de reanálise será extenso e exigirá diversas iniciativas para sua conclusão. Não há um prazo definido para a emissão de um novo parecer sobre os números apresentados.
Em resposta, o ex-diretor financeiro do Corinthians, Wesley Melo, criticou a atual gestão e o posicionamento do Conselho Fiscal. Ele afirmou que a diretoria atual busca narrativas para desviar a atenção de suas próprias dificuldades em explicar os números de 2024 e que as contas de 2023 foram fechadas e apresentadas pela atual gestão, não havendo mais o que discutir sobre os balanços anteriores.
A reanálise das contas ocorre em um momento de pressão nos bastidores do clube. Na próxima segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Corinthians se reunirá para votar o impeachment do presidente Augusto Melo, relacionado ao caso VaideBet. A oposição argumenta que a situação mancha a imagem do clube.
A decisão do Conselho Fiscal de reavaliar as contas pode fornecer à atual gestão mais tempo para se defender das críticas e buscar esclarecer as alegações de dívidas não computadas, enquanto o clube enfrenta desafios tanto dentro quanto fora de campo.
Diretor de futebol não é unanimidade entre diretoria e sua permanência no cargo não será mantida durante a gestão de Osmar Stabile no Parque São Jorge
17 Out 2025 | 19:39 |
O Corinthians planeja realizar mudanças em sua estrutura administrativa ao final da temporada de 2025. Segundo informações divulgadas pelo jornalista Jorge Nicola, Fabinho Soldado, atual gerente de futebol do clube, será desligado de suas funções em dezembro.
Fabinho Soldado ocupa o cargo desde janeiro de 2024, quando foi contratado pela gestão de Augusto Melo. Durante sua permanência, acumulou críticas internas relacionadas à condução de processos administrativos e à relação com os jogadores. A pressão por reformulações aumentou com os resultados abaixo do esperado no Campeonato Brasileiro e nas competições internacionais.
A saída de Fabinho faz parte de um movimento mais amplo de reestruturação promovido pela diretoria comandada por Osmar Stabile. O presidente que assumiu após afastamento e impeachment do ex-mandatário, tem adotado medidas para renovar setores estratégicos do clube, visando maior eficiência na gestão esportiva.
A reformulação inclui também a busca por novos profissionais para compor o departamento de futebol, com perfis técnicos e administrativos distintos dos atuais que estão no clube e que sejam capazes de modificar o atual momento da instituição.
Um dos motivos da insatisfação seria o seu alto salário somado a pouca experiência como dirigente. Fabinho Soldado recebe atualmente R$ 400 mil mensais, valor parecido com o de Rodrigo Caetano que hoje trabalha na CBF.
No entanto, mesmo com a pressão por parte de alguns dirigentes, Stabile decidiu manter Fabinho. O motivo seria o bom relacionamento dele com os jogadores, em especial Memphis Depay que chegou ao Corinthians quando o diretor já estava no clube alvinegro.
A diretoria tem avaliado nomes para substituir Fabinho, priorizando profissionais com experiência em clubes de grande porte e capacidade de interlocução com o elenco. A expectativa é que o novo gerente seja anunciado antes do início da pré-temporada de 2026, permitindo uma transição organizada e alinhada com os objetivos do clube para o próximo ano.
Ministério Público de São Paulo denunciou ex-presidente do Timão, Andrés Sanchez e também o atual superintendente financeiro do alvinegro paulista
15 Out 2025 | 20:40 |
Na tarde desta quarta-feira (15), o Ministério Público de São Paulo denunciou o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez e o atual superintendente financeiro, Roberto Gavioli, por conta do uso indevido do cartão corporativo do clube do Parque São Jorge, entre os anos de 2018 e 2020.
Por conta disso, o Corinthians resolveu afastar o superintendente financeiro, Roberto Gavioli e divulgou uma nota oficial explicando o motivo do afastamento do profissional. "O Sport Club Corinthians Paulista informa que afastou de suas funções nesta quarta-feira (15) - por tempo indeterminado e sem remuneração - o superintendente financeiro do Clube, Roberto Gavioli, para que o mesmo possa defender-se da denúncia oferecida pelo Ministério Público."
"O Corinthians esclarece ainda que acompanha com atenção a denúncia envolvendo o ex-presidente Andrés Navarro Sanchez, colocando-se à disposição para fornecimento de documentos e informações necessárias ao Ministério Público e órgãos internos do clube como Conselho Deliberativo, CORI (Conselho de Orientação), Conselho Fiscal e Comissão de Ética."
Corinthians divulga nota oficial sobre afastamento de Roberto Gavioli: "O clube reforça seu comprometimento com as investigações."
"A Diretoria Executiva do Corinthians reforça seu comprometimento na colaboração com as investigações do Ministério Público e dos órgãos internos do clube." Promotor do caso, Cássio Conserino explicou Roberto Gavioli tinha o dever de fiscalizar as despesas do clube do Parque São Jorge.
"Roberto Gavioli tinha o dever jurídico de impedir o resultado. Ele é o garantidor do bem jurídico, era obrigado a conferir nota fiscal e a verificar a pertinência do valor do gasto com o que constava na nota fiscal ou na fatura do cartão de crédito. Ele era obrigado a confeccionar relatório para os órgãos superiores internos. Só que nada disso foi feito. E mais: o senhor disse que não tinha o dever de fiscalização. Só que ele era gerente financeiro. Ele era remunerado para tal. Fazia parte do trabalho dele."
Investigações policiais e polêmicas por parte do ex-presidente do Time do Povo tem agravado a insatisfação e o relacionamento de parte da Fiel com ele
15 Out 2025 | 17:38 |
A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, formalizou pedido de expulsão de Andrés Sanchez do quadro associativo do clube. A solicitação foi motivada por denúncias do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que acusa o ex-presidente corintiano de apropriação indébita agravada continuada, lavagem de dinheiro e falsidade de documento tributário.
As investigações apontam que, entre agosto de 2018 e dezembro de 2020, durante seu último mandato como presidente, Sanchez teria utilizado cartões corporativos do Corinthians para despesas pessoais.
Os gastos incluem compras em postos de combustíveis, lojas duty free, clínicas médicas, joalherias e viagens. O valor total, com correções e juros, chega a R$ 480 mil. O MP-SP exige ressarcimento integral ao clube e indenização por danos morais e materiais, estimada em R$ 360 mil adicionais.
Além de Sanchez, Roberto Gavioli, então superintendente financeiro, também foi denunciado por omissão e falta de fiscalização. Ambos se afastaram de seus cargos no Conselho Deliberativo e no Conselho de Orientação (CORI) após a divulgação das acusações. A diretoria atual do Corinthians confirmou o desligamento de Gavioli até a conclusão do processo judicial.
A Gaviões da Fiel esteve presente na coletiva do MP-SP, realizada no Fórum Criminal da Barra Funda, e divulgou nota oficial exigindo medidas rigorosas. A entidade considera o afastamento temporário insuficiente e cobra ações efetivas dos órgãos internos do clube. A torcida também defende mudanças estatutárias profundas para garantir maior controle e transparência na administração corintiana.
O caso segue em tramitação judicial. Se a denúncia for aceita, os réus apresentarão defesa preliminar e, posteriormente, deverá ser marcada audiência para manifestação das partes. A sentença será anunciada pelo juiz responsável após análise completa do processo.