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O Corinthians promoveu neste sábado (28) um evento-teste para avaliar o novo sistema de reconhecimento facial na Neo Química Arena, uma exigência da Lei Geral de Segurança em Arquivos (LGPD) para ambientes com grande fluxo de pessoas.
A ação envolveu torcedores voluntários que passaram pelo portão de acesso equipado com câmeras e sensores para validar cadastros com biometria facial. O intuito é substituir gradualmente os métodos tradicionais de entrada — como bilhetes físicos ou digitais — por um sistema mais seguro e ágil.
O clube alvinegro utilizou o teste para ajustar detalhes operacionais, como posicionamento dos equipamentos, tempo de leitura facial e diretrizes para liberação automática dos acessos. A expectativa é que a tecnologia esteja plenamente funcional em partidas com público, após refinamento de processos.
A iniciativa faz parte dos planos do Corinthians em modernizar a experiência dos torcedores, aumentando segurança, fluidez e combate a fraudes com bilhetes. A Neo Química Arena ainda é referência em infraestrutura no país, e a aposta na tecnologia reforça essa vocação.
Após a conclusão dos testes, o sistema deve passar por homologações e aprovações pelos órgãos de segurança pública. Se confirmada, a funcionalidade será incorporada gradualmente nos próximos jogos, avançando em direção à digitalização total dos acessos ao estádio.
Clube tem procurado buscar mais igualdade em relação a pluralidade entre a sua torcida, mas grupo ainda vê diferenças dentro da Fiel
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O Corinthians celebrou o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ com uma publicação nas redes sociais, reafirmando seu compromisso com a diversidade e o respeito à pluralidade. A mensagem destacou que o clube é “do povo” e acolhe todas as identidades, sem discriminação. A ação, embora simbólica, gerou reações mistas entre torcedores e ativistas, especialmente do coletivo Fiel LGBT, que cobra atitudes mais concretas da diretoria alvinegra.
O grupo, formado por torcedores LGBTQIAPN+, reconheceu a importância da manifestação pública, mas apontou que o clube ainda precisa avançar em políticas internas e ações práticas de inclusão. Entre as demandas estão a criação de campanhas permanentes contra a LGBTfobia nos estádios, capacitação de funcionários e segurança para lidar com casos de discriminação, além de maior representatividade nas decisões institucionais.
Nos últimos anos, a Fiel LGBT tem promovido iniciativas marcantes, como a exibição de bandeiras arco-íris nas arquibancadas e a participação em eventos de visibilidade LGBTQIAPN+. Em 2024, o coletivo protagonizou um momento histórico ao estender uma bandeira gigante na Neo Química Arena, simbolizando a luta por um futebol mais inclusivo.
Apesar dessas ações, o Corinthians ainda enfrenta críticas por episódios de homofobia entre torcedores. Em 2023, o clube foi punido com portões fechados após cânticos ofensivos durante um clássico, sendo a única equipe a receber sanção tão severa naquele ano. O episódio reforçou a necessidade de medidas mais firmes e contínuas para combater o preconceito no ambiente esportivo. Por outro lado, Ángel Romero foi vítima de homofobia por parte da torcida do Palmeiras na terceira rodada do Brasileirão.
O coletivo também relembra que, embora o clube tenha se aproximado em algumas ocasiões, como ao vestir o número 24 na Copinha de 2025 em apoio à causa, ainda há resistência institucional em apoiar ações independentes da torcida, especialmente quando envolvem produtos não oficiais.
Neste 28 de junho, data reconhecida mundialmente como símbolo da luta por direitos e visibilidade LGBTQIAPN+, a cobrança é por mais do que palavras. A expectativa é que o Corinthians, como um dos maiores clubes do país, assuma papel de liderança na promoção de um futebol verdadeiramente inclusivo, onde todos possam torcer com orgulho, segurança e respeito.
Investigação ainda está no seu início, mas autoridades buscam saber mais a fundo sobre a possibilidade de um crime da ordem tributária
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A Polícia Federal voltou a intimar Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, para prestar depoimento em um inquérito que investiga supostos crimes tributários cometidos durante sua gestão no clube. A nova oitiva está marcada para o dia 6 de agosto, apenas três dias antes da assembleia geral que decidirá se ele será definitivamente destituído do cargo ou reconduzido à presidência do clube.
Essa é a segunda convocação de Melo no âmbito da mesma investigação. Em maio, ele já havia sido chamado, mas não compareceu, alegando orientação do departamento jurídico do clube para reunir documentos relacionados ao Regime Centralizado de Execuções (RCE). Após esse episódio, o Corinthians parcelou os débitos junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o que poderia, em tese, suspender temporariamente o andamento do processo. No entanto, a dívida ativa gerada com a União motivou a abertura de um novo inquérito, conduzido em conjunto pela PF e pelo Ministério Público Federal.
A investigação se baseia nos artigos 1º e 2º da Lei nº 8.137/1990, que tratam de crimes contra a ordem tributária. O inquérito foi instaurado em 30 de abril e tem prazo inicial de quatro meses para conclusão, com possibilidade de prorrogação. Além disso, outros dois processos semelhantes tramitam sob sigilo.
O clube é classificado como um “grande devedor” no processo, embora os valores exatos das dívidas não tenham sido divulgados. As pendências fiscais acumuladas no primeiro ano da gestão de Melo chamaram a atenção das autoridades e se tornaram o foco principal da apuração.
Em nota oficial, a gestão interina do Corinthians afirmou estar ciente da investigação e declarou que está tomando todas as medidas jurídicas cabíveis para colaborar com as autoridades e esclarecer os fatos. O desfecho da assembleia geral e os desdobramentos do inquérito poderão definir o futuro político do clube e de seu ex-dirigente.
Proposta é encabeçada pelo presidente Osmar Stábile e tem como objetivo ser um clube que tenha princípios voltados para a sustentabilidade
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O Corinthians iniciou a implementação de uma política ambiental na Neo Química Arena com o objetivo de atrair investimentos de multinacionais. A iniciativa segue os princípios do ESG (Environmental, Social and Governance), um modelo criado pela ONU e pelo Banco Mundial em 2004 para avaliar sustentabilidade e responsabilidade social em negócios globais.
A diretoria corintiana entende que o mercado internacional valoriza instituições que oferecem contrapartidas sociais e ambientais. Por isso, o presidente interino Osmar Stábile colocou a política ambiental como uma das prioridades durante seu mandato. Ele já havia planejado essa ação quando era vice-presidente, mas enfrentou obstáculos políticos com o presidente afastado Augusto Melo.
Inicialmente, a Neo Química Arena será o foco da implementação do ESG. A ideia é que o estádio sirva como referência para futuras expansões do projeto para o Centro de Treinamento Joaquim Grava e o Parque São Jorge. No entanto, essa ampliação só poderá ocorrer após a Assembleia Geral de Sócios em 9 de agosto, que decidirá sobre o impeachment de Augusto Melo.
Os primeiros passos do projeto incluem a criação e aprovação de uma política ambiental, além da definição de indicadores para adequação ao funcionamento do estádio. Na próxima semana, será apresentado um cronograma de implementação para colaboradores, fornecedores e também para parceiros. Embora o foco inicial seja a arena, algumas práticas bem-sucedidas poderão ser aplicadas em outras áreas do clube antes da expansão oficial do ESG.
A expectativa é que essa iniciativa torne o Corinthians mais atrativo para grandes empresas internacionais, aumentando o potencial de patrocínios e parcerias. Além dos benefícios financeiros, o clube busca se posicionar como uma instituição moderna e alinhada às exigências globais de sustentabilidade.
Com essa estratégia, o Corinthians não apenas fortalece sua imagem no cenário internacional, mas também abre caminho para um futuro mais sustentável e economicamente viável.