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O Corinthians prepara uma novidade para a temporada de 2026: o retorno da tradicional camisa listrada como segundo uniforme da equipe. A peça, que será produzida pela Nike, marca que renovou contrato com o clube até 2036, resgata um dos modelos mais emblemáticos de toda história alvinegra. Com predominância da cor preta e listras verticais brancas, o uniforme remete ao modelo utilizado pela primeira vez em 1915, em protesto contra a exclusão do clube dos campeonatos organizados e realizados pela Liga Paulista e pela Associação Paulista de Football.
A camisa listrada também marcou presença em momentos históricos, como na conquista do Campeonato Paulista de 1977, quando o Corinthians encerrou um jejum de quase 23 anos sem títulos. O retorno do modelo atende a um antigo pedido da torcida, que clamava pela volta do design clássico, mesmo após o sucesso da versão “all black” lançada em 2024.
A decisão de manter a Nike como fornecedora, em detrimento de uma proposta da Adidas, foi estratégica. Apesar da oferta da marca alemã incluir R$ 100 milhões em luvas, a diretoria optou por evitar riscos jurídicos, já que a Nike havia acionado uma cláusula de renovação automática no fim de 2024 e agora será prorrogado para mais de 10 anos. O novo acordo do Corinthians com a empresa norte-americana garante estabilidade contratual e continuidade no desenvolvimento da linha de uniformes.
O modelo listrado de 2026 será lançado oficialmente no início da temporada e poderá estrear em partidas do Campeonato Paulista. Internamente, há discussões para que o design se torne permanente como segundo uniforme, dada sua forte ligação com a identidade do clube.
Além do apelo histórico, a nova camisa busca fortalecer o vínculo emocional com os torcedores e impulsionar as vendas de produtos licenciados. A expectativa é que o lançamento com a Nike seja acompanhado de uma campanha de marketing que valorize a tradição e a resistência do Corinthians ao longo de sua trajetória.
Com isso, o clube reafirma seu compromisso com a memória e a cultura corintiana, resgatando símbolos que marcaram gerações e reforçando sua identidade dentro e fora de campo.
Ex-meia do Timão e agora apresentador apontou situação com outro atleta da equipe que causou essa insatisfação com o clube paulista
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A recente declaração do ex-jogador e comentarista Craque Neto reacendeu a polêmica envolvendo Rodrigo Garro e a camisa 10 do Corinthians que ele perdeu. Durante o programa “Os Donos da Bola”, Neto afirmou que o meia argentino demonstrou insatisfação após perder a tradicional numeração para Memphis Depay, contratado no início de 2025. Segundo o comentarista, Garro teria cogitado deixar o clube após a mudança, alegando que “nunca mais jogou a mesma bola” desde então.
A camisa 10, símbolo de protagonismo no futebol brasileiro, foi repassada a Depay por cláusula contratual firmada entre as partes, o que gerou desconforto interno. Garro, que vinha sendo um dos destaques do time desde sua chegada em 2024, passou a vestir a camisa 8. Apesar de manter boas atuações, seu rendimento caiu, segundo torcedores e analistas, especialmente em jogos decisivos.
Neto, conhecido por suas opiniões contundentes, criticou a decisão da diretoria e classificou a troca como desnecessária. Para ele, o argentino representava melhor o espírito do clube e merecia manter a numeração. O ex-jogador também apontou que a mudança afetou emocionalmente o atleta, refletindo em campo.
Nos bastidores, pessoas próximas ao jogador confirmaram que houve frustração, mas negaram qualquer pedido formal de saída. Garro, em entrevistas recentes, admitiu que não ficou satisfeito com a troca, mas afirmou respeitar a decisão do clube e garantiu foco total na temporada. Além disso, seu nome tem sido constantemente vinculado a negociações com outros clubes, incluindo o Flamengo. No entanto, nemhuma proposta formal chegou ao Timão.
A situação ganhou ainda mais repercussão com a crise financeira enfrentada pelo Corinthians, os atrasos salariais que afetam o elenco e as diversas dívidas com empresas e ex-jogadores. A permanência de nomes importantes, como o próprio Depay, também está em xeque, o que aumenta a tensão no ambiente interno.
Enquanto isso, a comissão técnica tenta blindar o elenco e manter a concentração nas competições em andamento. Garro segue como peça importante no esquema tático, e a expectativa é que recupere o protagonismo, independentemente do número estampado nas costas. A novela da camisa 10, no entanto, ainda promete novos capítulos no Parque São Jorge.
Treinador alvinegro tem observado atentamente as notícias sobre seu camisa 10 que tem sido especulado em times da Europa
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A recente polêmica envolvendo Memphis Depay e o Corinthians ganhou novos contornos com o posicionamento firme do técnico Dorival Júnior. O treinador, que considera o atacante holandês peça-chave para a sequência da temporada, tem pressionado a diretoria alvinegra a resolver com urgência as pendências financeiras que ameaçam a permanência do jogador no clube.
Depay cobra cerca de R$ 6,1 milhões referentes a premiações e direitos de imagem atrasados pelo clube. A situação se agravou após o atleta emitir um ultimato, afirmando que não se reapresentaria ao elenco caso os valores não fossem quitados até o dia 28 de junho. A cobrança formal foi feita já sob a gestão interina de Osmar Stábile, e ganhou repercussão internacional, com veículos da imprensa europeia destacando a possibilidade de rescisão unilateral com base na legislação brasileira.
Diante do impasse, Dorival se manifestou nos bastidores, deixando claro que não abre mão do camisa 10. O técnico se opôs a qualquer negociação, inclusive com clubes da Turquia, e reforçou sua confiança no potencial de Memphis Depay para liderar o setor ofensivo do time. A permanência do holandês é vista como essencial para os planos do Corinthians no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.
Em meio à crise, uma proposta inusitada surgiu: a empresa Fatal Model, uma plataforma de anúncios de acompanhantes, ofereceu R$ 6,5 milhões ao clube para quitar a dívida com o atacante. O valor seria revertido em ações publicitárias, funcionando como uma parceria comercial. A proposta foi recusada pela diretoria que prefere manter distância, por avaliar os impactos com essa parceria.
Apesar da tensão, o executivo de futebol Fabinho Soldado garantiu que Depay se reapresentará normalmente no CT Joaquim Grava. Internamente, o clube trabalha para evitar a saída do jogador e atender à exigência de Dorival, que vê no craque holandês uma peça estratégica para a retomada do bom desempenho da equipe paulista.
Reconhecimento facial precisa ser aprovado para o jogo contra o Red Bull Bragantino. Caso não seja, clube poderá perder renda importante
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O Corinthians vive um momento decisivo quanto à capacidade da Neo Química Arena para o confronto contra o RB Bragantino, marcado para 13 de julho, pelo Campeonato Brasileiro. A indefinição gira em torno da exigência legal de implementação do sistema de reconhecimento facial, conforme o artigo 148 da Lei Geral do Esporte (Lei 14.597/2023), que obriga estádios com mais de 20 mil lugares a adotarem esse mecanismo de controle de acesso para os dias de jogo.
A gestão interina do clube, liderada por Osmar Stábile, herdou um cenário de atraso na instalação dos equipamentos e na coleta de dados dos torcedores. O contrato com a empresa Bepass, firmado na gestão de Augusto Melo, foi rescindido, e uma nova parceria foi estabelecida com a LigaTech, que já havia trabalhado com o clube anteriormente. Desde então, 135 dispositivos foram instalados e mais de 43 mil torcedores cadastraram seus dados faciais.
Apesar dos avanços, a Polícia Militar exige que 100% dos presentes no jogo utilizem o sistema para que a capacidade total do estádio seja liberada. O departamento de tecnologia do clube, no entanto, alerta para os riscos de falhas operacionais sem testes prévios em partidas oficiais. Como o gramado da Arena ainda está em reforma, o Corinthians planeja eventos simulados, como o que ocorrerá com mil pessoas no dia 28 de junho, para avaliar o funcionamento do sistema.
A proposta do clube é adotar a tecnologia de forma gradual, ao longo de sete jogos, iniciando com setores específicos. Para o duelo contra o Bragantino, a ideia é vender ingressos apenas para torcedores com cadastro facial completo, mesmo que o uso pleno do sistema ainda não esteja garantido até o momento.
Caso a Polícia Militar não aceite a proposta escalonada, o clube poderá ser obrigado a limitar o público a 19.999 pessoas, o que representaria prejuízo esportivo e financeiro. A expectativa é que uma vistoria oficial ocorra nos próximos dias, definindo o cenário para a retomada da temporada na Arena. O desfecho será crucial para o planejamento do Corinthians no segundo semestre.