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A pressão sobre o departamento médico do Corinthians aumentou nas últimas semanas diante de críticas internas e externas ao trabalho da equipe. O caso mais recente envolve o lateral-direito Matheuzinho, que foi liberado para atuar mesmo após exames indicarem um problema muscular em fase inicial.
Matheuzinho viajou ao Uruguai para enfrentar o Racing pela Sul-Americana, mas retornou ao Brasil com agravamento da dor. Após não treinar na sexta e no sábado, ficou fora do clássico contra o Santos, gerando surpresa na comissão técnica, conforme afirmou o técnico Dorival Júnior após o jogo.
Segundo apuração do portal Meu Timão, a liberação do atleta causou divergências internas. A decisão foi tomada pela chefe do setor, doutora Ana Carolina Côrte, mesmo com recomendações contrárias de outros profissionais da saúde do clube. O episódio gerou desconforto entre membros da comissão e jogadores.
Além de Matheuzinho, outros casos anteriores já vinham gerando questionamentos. O meia Rodrigo Garro, por exemplo, viajou à Espanha para tratar uma tendinopatia patelar. Yuri Alberto, Gustavo Henrique e Hugo também enfrentaram situações que resultaram em críticas ao modelo de tratamento adotado.
Em abril, Emiliano Díaz, ex-auxiliar técnico do Corinthians, afirmou em entrevista à ESPN que o departamento médico deveria ser cobrado com o mesmo rigor aplicado à comissão técnica. Ele citou problemas de acompanhamento e atrasos na recuperação de jogadores como parte da preocupação da comissão anterior.
Clubes paulistas se destacam na geração de receita com transferências, impulsionando investimentos e crescimento financeiro.
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Em 2024, os clubes paulistas Corinthians e Palmeiras se destacaram no cenário nacional ao liderarem o ranking de faturamento com a venda de jogadores. Juntos, somaram R$ 778 milhões em transações, representando mais de 26% do total arrecadado pelos principais clubes do Brasil nesse segmento.
O Palmeiras teve um desempenho notável, arrecadando R$ 440,3 milhões com negociações de atletas, incluindo transferências de destaque como Endrick para o Real Madrid e Luis Guilherme para o West Ham. Essas vendas impulsionaram o faturamento recorde do clube, que alcançou R$ 1,2 bilhão em receitas totais no ano.
O Corinthians também obteve resultados expressivos, com R$ 338,4 milhões provenientes da venda de jogadores, como a transferência de Vitor Reis para o West Ham. Além disso, o clube arrecadou R$ 295 milhões em direitos de transmissão, R$ 253,7 milhões em patrocínios e publicidade, e R$ 93,9 milhões em bilheteiras e eventos, totalizando R$ 1,1 bilhão em receitas no ano.
Esses resultados refletem o fortalecimento da base e da estrutura de scouting dos clubes paulistas, que têm investido na formação de jovens talentos e na identificação de oportunidades no mercado internacional. As vendas de jogadores têm se consolidado como uma das principais fontes de receita para os clubes brasileiros, permitindo investimentos em infraestrutura e reforços para as equipes.
Apesar dos desafios financeiros enfrentados, como dívidas e instabilidade política, os clubes paulistas demonstram resiliência e capacidade de gerar receita por meio de estratégias eficazes de desenvolvimento e comercialização de jogadores. Esse desempenho destaca a importância da gestão profissional e da visão estratégica no futebol brasileiro.
Ex-goleiro do Timão busca nova oportunidade na Europa, descartando retorno ao futebol brasileiro nos próximos anos para seguir crescendo profissionalmente
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O goleiro Carlos Miguel, que ganhou destaque atuando pelo Corinthians em 2024, está considerando deixar o Nottingham Forest devido à falta de oportunidades na Premier League. Desde sua chegada ao clube inglês em julho de 2024, ele disputou apenas três partidas, sendo duas pela Copa da Liga Inglesa e uma amistosa. O titular absoluto da posição é o belga Matz Sels, o que limita as chances de Carlos Miguel.
Apesar de cogitar uma saída do Nottingham Forest, o goleiro de 26 anos descarta retornar ao futebol brasileiro nos próximos seis a oito anos. Segundo informações do jornalista Jorge Nicola, Carlos Miguel busca uma nova oportunidade na Europa, onde possa atuar com mais regularidade e continuar seu desenvolvimento profissional. Ele vê a permanência no Brasil como um retrocesso em sua carreira internacional.
Carlos Miguel iniciou sua trajetória profissional no Internacional, passou por empréstimos no Santa Cruz e Boa Esporte, e ganhou projeção no Corinthians, onde se firmou como titular na temporada de 2024. Sua transferência para o Nottingham Forest foi marcada por uma cláusula rescisória de 4 milhões de euros, considerada baixa para sua qualidade técnica.
Atualmente, o goleiro está em busca de um novo clube europeu que ofereça mais oportunidades de jogo. Ele permanece em contato com seu staff para avaliar propostas que atendam às suas expectativas profissionais.
Carlos Miguel mantém a ambição de se consolidar no futebol europeu, e, mesmo após sua passagem pelo Corinthians, deixa claro que seu foco está em continuar crescendo fora do Brasil.
Mesmo com desejo de reforçar o elenco, clube mantém foco no equilíbrio financeiro para garantir sustentabilidade a longo prazo.
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Em coletiva realizada na última sexta-feira (16), a diretoria do Corinthians reafirmou seu compromisso com a responsabilidade financeira, destacando que quaisquer reforços para o elenco em 2025 serão avaliados dentro dos limites orçamentários do clube. O presidente Augusto Melo enfatizou que, apesar de buscar fortalecer a equipe, nenhuma contratação será feita sem a devida análise financeira.
Alexandre Germano, novo diretor financeiro, detalhou a situação econômica do clube, mencionando que a dívida atual está judicializada e em processo de recuperação. Ele ressaltou que o Corinthians carrega custos significativos, como os R\$ 100 milhões anuais em despesas relacionadas à Arena, e que todas as decisões financeiras serão tomadas com base no orçamento estabelecido.
Germano também destacou que o planejamento para 2025 já foi elaborado, com foco na manutenção do elenco e possíveis contratações pontuais, sempre respeitando os limites financeiros. Ele reforçou que, embora o presidente tenha se mostrado disposto a investir para melhorar a equipe, nenhuma ação será tomada sem a devida análise financeira e aprovação dentro do orçamento.
A diretoria do Corinthians busca equilibrar a ambição esportiva com a responsabilidade financeira, garantindo que qualquer movimento no mercado de transferências esteja alinhado com a saúde econômica do clube. Esse compromisso visa assegurar a sustentabilidade financeira a longo prazo, evitando comprometer o futuro do clube em busca de resultados imediatos.
Com essa postura, o Corinthians demonstra que, mesmo diante da pressão por reforços, manterá uma gestão financeira responsável, priorizando o equilíbrio entre desempenho esportivo e saúde financeira.