
Futebol
|
O zagueiro e ex-Corinthians Lucas Veríssimo, de 30 anos, acertou sua transferência para o Al-Wakrah, equipe que disputa a primeira divisão nacional do Catar. O clube escapou do rebaixamento na última temporada por apenas quatro pontos, o que torna a chegada do defensor uma aposta para fortalecer o sistema defensivo. Veríssimo foi emprestado pelo Al-Duhail, vice-campeão nacional, onde atuou em 42 partidas, marcou três gols e deu uma assistência desde a sua chegada no ano de 2024.
Revelado pelo Santos em 2016, o jogador acumulou 184 jogos pelo clube da Vila Belmiro, com sete gols e três assistências. Posteriormente, foi negociado com o Benfica, de Portugal, onde chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira. No entanto, as lesões atrapalharam sua sequência na Europa, e ele retornou ao Brasil em 2023 para defender o Corinthians por empréstimo na gestão de Duilio Monteiro Alves. No Timão, rapidamente conquistou a titularidade e o respeito da torcida, mas não permaneceu para a temporada seguinte devido a divergências na renovação contratual.
A mudança para o Al-Wakrah representa uma nova etapa na carreira de Veríssimo, que optou por permanecer no futebol do Oriente Médio. Segundo seu empresário, a decisão foi motivada pela adaptação da família ao país e pela estabilidade oferecida pelo projeto do novo clube. O Santos chegou a sondar o jogador para um possível retorno, mas não formalizou proposta, frustrando parte da torcida que esperava vê-lo novamente com a camisa alvinegra.
O Al-Wakrah, que busca se reestruturar após campanha irregular, já contratou nomes de peso como o volante William Carvalho e o atacante Raúl de Tomás. A expectativa é que Veríssimo assuma papel de liderança na defesa e contribua com sua experiência internacional. O futebol do Oriente Médio tem atraído brasileiros além do zagueiro. Um exemplo é Roberto Firmino que trocou o Al-Ahli da Arábia Saudita para o Al Sadd do Catar. O atacante era outro nome que estava sendo especulado no Corinthians.
Com o contrato em vigor até 2027 com o Al-Duhail, o ex-Corinthians segue vinculado ao futebol catariano, adiando qualquer possibilidade de retorno ao Brasil. A transferência reforça a tendência de jogadores brasileiros optarem por mercados alternativos em busca de estabilidade e protagonismo.
Ambiente que já está bastante conturbado devido as crises geradas, pode ter mais um problema com um possível racha entre craque com treinador
|
O ambiente no Corinthians segue turbulento, e uma nova polêmica ganhou força após declarações de Vanderlei Luxemburgo. Durante participação no programa “Galvão e Amigos”, exibido na última segunda-feira (21), o ex-treinador apontou um possível desentendimento entre Memphis Depay e Dorival Júnior, atual comandante do Timão. Segundo Luxemburgo, há sinais claros de desconforto entre ambos, especialmente após a substituição do atacante no intervalo da derrota para o São Paulo, no sábado (19).
Luxemburgo afirmou que Dorival não demonstrou espontaneidade na coletiva pós-jogo, sugerindo que o técnico buscava palavras para evitar expor o problema. “Tem alguma coisa acontecendo”, disse o ex-treinador, insinuando que Depay estaria criando um ambiente favorável à sua saída do clube. A ausência do jogador no banco de reservas após ser substituído e o fato de ter permanecido no vestiário durante o segundo tempo reforçaram os rumores de crise interna.
A situação se agrava diante dos atrasos salariais e pendências contratuais envolvendo o camisa 10, que tem contrato até junho de 2026. O clube deve cerca de R$ 4,7 milhões ao atleta, referentes a bônus e direitos de imagem, o que tem gerado insatisfação nos bastidores. Depay também foi criticado por faltar a um treino sem justificativa, aumentando a tensão com a comissão técnica e a diretoria.
Galvão Bueno, presente no mesmo debate, relembrou a famosa frase de Vampeta, “vocês fingem que pagam e eu finjo que jogo”, para ilustrar o clima atual no Corinthians. A comparação foi feita após o comentarista sugerir que Dorival, ao tirar Depay, estaria revelando problemas internos sem precisar verbalizá-los diretamente.
Com o Corinthians enfrentando o líder do Brasileirão e tendo um grande desafio por ser o melhor ataque da competição nesta quarta-feira (23), o episódio pode ter reflexos diretos no desempenho da equipe e na relação entre treinador e elenco. A torcida, já impaciente com os resultados, acompanha de perto os desdobramentos dessa nova crise que ameaça desestabilizar ainda mais o clube.
Desempenho ofensivo abaixo da média e postura conservadora limitam a equipe alvinegra diante dos principais adversários do campeonato
|
O Corinthians enfrenta um desafio preocupante no Campeonato Brasileiro de 2025: ainda não conseguiu vencer nenhuma equipe que ocupa a parte de cima da tabela. Em 21 rodadas disputadas até aqui, o time somou seus 21 pontos exclusivamente contra adversários da metade inferior da classificação, o que levanta dúvidas sobre sua capacidade de competir com os principais concorrentes da competição.
O clube conquistou 85% dos seus pontos diante de equipes ameaçadas pelo rebaixamento. Contra os dez primeiros colocados do campeonato, o desempenho foi inexpressivo, sem nenhuma vitória registrada. Esse dado expõe a limitação do Corinthians em jogos considerados mais exigentes tecnicamente e taticamente.
Além dos resultados, o desempenho ofensivo também preocupa. O Corinthians é o segundo time que menos finaliza no Brasileirão, com média de apenas 10,4 chutes por jogo. A baixa produção ofensiva se reflete na dificuldade de criar chances claras, especialmente diante de adversários mais organizados e com defesas sólidas.
A equipe comandada por Dorival Júnior tem optado por um estilo mais conservador em campo, priorizando a solidez defensiva e a disciplina tática. Essa abordagem garantiu vitórias, como a contra o Ceará, mas segue longe de convencer torcedores e analistas quando o assunto é competir no alto nível do campeonato.
Se quiser brigar por uma vaga na Libertadores e consolidar sua recuperação, o Corinthians precisa mudar esse cenário e começar a somar pontos contra os times da parte de cima da tabela. O segundo turno será decisivo para mostrar se o clube está pronto para dar um salto de qualidade na competição.
Defesa do Time do Povo é uma das mais vazadas nesta temporada e terá difícil missão de parar ataque mineiro e manter treinador no cargo
|
O Corinthians terá uma missão quase impossível nesta quarta-feira (23), às 19h30, na Neo Química Arena: conter o Cruzeiro, líder do Campeonato Brasileiro e dono do ataque mais eficiente da competição nesta edição. A equipe mineira soma 27 gols em 15 partidas, dividindo o posto de melhor ataque com o Flamengo. O Timão, por sua vez, vive uma fase de oscilação defensiva que tem preocupado torcedores e dirigentes.
Sob o comando de Dorival Júnior, o Corinthians sofreu 19 gols, o que o coloca entre as quatro defesas mais vazadas da Série A, ao lado da equipe do Vasco. A instabilidade no setor vem desde a gestão anterior, com Ramón Díaz, e continua mesmo após ajustes promovidos pelo atual treinador. A derrota por 2 a 0 para o São Paulo no último sábado (19) evidenciou falhas de posicionamento e falta de compactação entre os setores do time.
O Cruzeiro chega embalado por uma sequência de dez jogos invicto, incluindo goleadas recentes sobre Grêmio (4 a 1) e Juventude (4 a 0). O destaque da equipe é Kaio Jorge, artilheiro do campeonato com 12 gols, que vive fase inspirada e representa ameaça constante à retaguarda corintiana. Além disso, o time celeste tem ótimo desempenho como visitante, com três vitórias, dois empates e apenas duas derrotas fora de casa. Os mineiros ainda contam com Gabigol que sempre é sinônimo de perigo para as defesas adversárias.
Para o Corinthians, o confronto é decisivo não apenas na tabela, onde ocupa a décima posição com 19 pontos, mas também no futuro de Dorival Júnior. Internamente, há pressão por resultados imediatos, e uma nova derrota pode acelerar mudanças no comando técnico. A torcida promete apoio massivo, com mais de 40 mil ingressos vendidos, mas também exige reação diante da sequência de atuações irregulares.
A expectativa é que Rodrigo Garro e Memphis Depay estejam à disposição de Dorival Júnior. No entanto, por outro lado, a ausência de Yuri Alberto é dada como certa pelo treinador alvinegro. Porém, será a consistência defensiva que determinará se o Corinthians conseguirá resistir ao ataque mais perigoso do Brasileirão e evitar mais uma frustração em casa.