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A recente polêmica envolvendo Memphis Depay e o Corinthians ganhou novos contornos com o posicionamento firme do técnico Dorival Júnior. O treinador, que considera o atacante holandês peça-chave para a sequência da temporada, tem pressionado a diretoria alvinegra a resolver com urgência as pendências financeiras que ameaçam a permanência do jogador no clube.
Depay cobra cerca de R$ 6,1 milhões referentes a premiações e direitos de imagem atrasados pelo clube. A situação se agravou após o atleta emitir um ultimato, afirmando que não se reapresentaria ao elenco caso os valores não fossem quitados até o dia 28 de junho. A cobrança formal foi feita já sob a gestão interina de Osmar Stábile, e ganhou repercussão internacional, com veículos da imprensa europeia destacando a possibilidade de rescisão unilateral com base na legislação brasileira.
Diante do impasse, Dorival se manifestou nos bastidores, deixando claro que não abre mão do camisa 10. O técnico se opôs a qualquer negociação, inclusive com clubes da Turquia, e reforçou sua confiança no potencial de Memphis Depay para liderar o setor ofensivo do time. A permanência do holandês é vista como essencial para os planos do Corinthians no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.
Em meio à crise, uma proposta inusitada surgiu: a empresa Fatal Model, uma plataforma de anúncios de acompanhantes, ofereceu R$ 6,5 milhões ao clube para quitar a dívida com o atacante. O valor seria revertido em ações publicitárias, funcionando como uma parceria comercial. A proposta foi recusada pela diretoria que prefere manter distância, por avaliar os impactos com essa parceria.
Apesar da tensão, o executivo de futebol Fabinho Soldado garantiu que Depay se reapresentará normalmente no CT Joaquim Grava. Internamente, o clube trabalha para evitar a saída do jogador e atender à exigência de Dorival, que vê no craque holandês uma peça estratégica para a retomada do bom desempenho da equipe paulista.
Reconhecimento facial precisa ser aprovado para o jogo contra o Red Bull Bragantino. Caso não seja, clube poderá perder renda importante
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O Corinthians vive um momento decisivo quanto à capacidade da Neo Química Arena para o confronto contra o RB Bragantino, marcado para 13 de julho, pelo Campeonato Brasileiro. A indefinição gira em torno da exigência legal de implementação do sistema de reconhecimento facial, conforme o artigo 148 da Lei Geral do Esporte (Lei 14.597/2023), que obriga estádios com mais de 20 mil lugares a adotarem esse mecanismo de controle de acesso para os dias de jogo.
A gestão interina do clube, liderada por Osmar Stábile, herdou um cenário de atraso na instalação dos equipamentos e na coleta de dados dos torcedores. O contrato com a empresa Bepass, firmado na gestão de Augusto Melo, foi rescindido, e uma nova parceria foi estabelecida com a LigaTech, que já havia trabalhado com o clube anteriormente. Desde então, 135 dispositivos foram instalados e mais de 43 mil torcedores cadastraram seus dados faciais.
Apesar dos avanços, a Polícia Militar exige que 100% dos presentes no jogo utilizem o sistema para que a capacidade total do estádio seja liberada. O departamento de tecnologia do clube, no entanto, alerta para os riscos de falhas operacionais sem testes prévios em partidas oficiais. Como o gramado da Arena ainda está em reforma, o Corinthians planeja eventos simulados, como o que ocorrerá com mil pessoas no dia 28 de junho, para avaliar o funcionamento do sistema.
A proposta do clube é adotar a tecnologia de forma gradual, ao longo de sete jogos, iniciando com setores específicos. Para o duelo contra o Bragantino, a ideia é vender ingressos apenas para torcedores com cadastro facial completo, mesmo que o uso pleno do sistema ainda não esteja garantido até o momento.
Caso a Polícia Militar não aceite a proposta escalonada, o clube poderá ser obrigado a limitar o público a 19.999 pessoas, o que representaria prejuízo esportivo e financeiro. A expectativa é que uma vistoria oficial ocorra nos próximos dias, definindo o cenário para a retomada da temporada na Arena. O desfecho será crucial para o planejamento do Corinthians no segundo semestre.
Jogador que teve técnicos como Tiago Nunes e Vagner Mancini no Timão enfrentou seu ex-clube este ano, mas tem tido poucas oportunidades para jogar
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O Clube do Remo está em negociações avançadas para contratar o volante colombiano Víctor Cantillo, ex-Corinthians, está pensando em reforçar o elenco para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro. Aos 31 anos, o jogador está atualmente no Huracán, da Argentina, onde tem tido poucas oportunidades: foram apenas quatro partidas disputadas em 2025, totalizando 75 minutos em campo.
Cantillo iniciou sua carreira no Atlético Nacional e ganhou destaque no Junior Barranquilla, o que o levou ao Corinthians em 2020. No clube paulista, atuou por quatro temporadas, somando 118 jogos, dois gols e cinco assistências. Apesar de um início promissor, o meio-campista enfrentou problemas físicos em 2023, o que comprometeu sua sequência e resultou em seu retorno ao futebol colombiano antes da transferência para o Huracán.
A diretoria do Remo, liderada pelo executivo Marcos Braz, ex-diretor de futebol do Flamengo, vê em Victor Cantillo uma peça importante para dar mais consistência ao meio-campo. A contratação está sendo planejada para a próxima janela de transferências, que abre em 10 de julho e vai até 2 de setembro. A chegada do técnico português António Oliveira também influencia na reformulação do elenco, com foco em atletas experientes e com rodagem internacional.
O Leão Azul ocupa atualmente a sétima colocação na tabela da Série B e busca reforços pontuais para brigar pelo acesso à elite do futebol brasileiro. A possível chegada de Cantillo é vista como estratégica, tanto pela qualidade técnica quanto pela experiência em competições de alto nível.
O último jogo do colombiano foi justamente contra o Corinthians quando o clube brasileiro foi eliminado, em 27 de maio, pela fase de grupos da Copa Sul-Americana. Desde então, ele não voltou a atuar, o que pode facilitar sua liberação pelo clube argentino. Caso o acerto se concretize, Cantillo será uma das principais apostas do Remo para fortalecer o setor central e aumentar a competitividade da equipe na reta decisiva da temporada.
Em meio a polêmicas, equipe participou do torneio sem ter sido campeão da Libertadores, mas fez história quando foi campeão
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O Corinthians participou do Mundial de Clubes da FIFA em 2000 por ter sido o clube indicado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como representante do país-sede. Na época, o torneio foi organizado pela primeira vez pela FIFA, com o objetivo de reunir clubes campeões de diferentes continentes em uma competição global. Como o Brasil sediaria o evento, a FIFA concedeu ao país uma vaga extra, além da destinada ao campeão da Libertadores, que foi o Vasco da Gama.
A escolha do Corinthians gerou debates, já que o clube não havia vencido a principal competição continental. No entanto, a CBF justificou a indicação com base no título brasileiro conquistado pelo clube em 1998. Curiosamente, o Corinthians também venceria o Brasileirão de 1999, o que acabou reforçando a legitimidade de sua participação. A decisão foi tomada antes da final do campeonato de 1999, o que evitou mudanças de última hora no sorteio dos grupos do Mundial.
O torneio contou com oito equipes, divididas em dois grupos. O Corinthians enfrentou Real Madrid, Al-Nassr e Raja Casablanca, liderando sua chave com duas vitórias e um empate. Na final, disputada no Maracanã, o clube paulista enfrentou o Vasco e venceu nos pênaltis após empate sem gols no tempo regulamentar e na prorrogação. A conquista marcou o primeiro título mundial de clubes reconhecido oficialmente pela FIFA. Recentemente a Nike com o alvinegro fizeram uma camisa em homenagem a conquista do torneio.
A campanha corintiana foi marcada por atuações sólidas de jogadores como Dida, Vampeta, Rincón e também de Marcelinho Carioca. O desempenho diante de adversários de peso, como o Real Madrid da Espanha, reforçou a importância da conquista. Além disso, o torneio serviu como marco inicial para a tentativa da FIFA de substituir a antiga Copa Intercontinental por uma competição mais inclusiva e representativa entre os clubes.
Assim, o Corinthians entrou para a história como o primeiro campeão mundial de clubes da FIFA, em um torneio que, apesar das polêmicas iniciais, consolidou-se como um feito relevante no cenário internacional.