Ex-Corinthians desabafa sobre situação de clube brasileiro

Ronaldo Fenômeno vive um dos momentos mais difíceis de sua carreira como empresário. Dono do Real Valladolid desde 2019, o ex-jogador viu sua equipe ser rebaixada com rodadas de antecedência em La Liga. A frustração dos torcedores se transformou em críticas duras, com o ex-craque sendo comparado ao diabo.

O clube espanhol vive uma das suas piores fases, com apenas 16 pontos conquistados em 33 jogos. Isso coloca o Valladolid como o terceiro time com a pior campanha de todos os tempos em La Liga. A ausência de Ronaldo Fenômeno nos jogos é um reflexo do mau momento, sendo evitada até para não gerar tumultos. O presidente da torcida Mario Puertas afirmou que, se o empresário aparecer no estádio, seria um grande problema.

A revolta dos torcedores tem fundamento, pois a atual campanha do Valladolid é histórica por seu fracasso. Apenas duas das sete temporadas sob a gestão de Ronaldo não terminaram com rebaixamento, com o melhor desempenho registrado em 2019/2020, quando o time terminou na 13ª colocação. Para os fãs, o conto de fadas virou um pesadelo, e a figura de Ronaldo passou de herói a vilão.

Nos últimos jogos, cartazes de protesto com ofensas a Ronaldo se tornaram frequentes, simbolizando a indignação de uma torcida que já não vê mais a sua equipe de volta à elite do futebol espanhol. Restam cinco rodadas para o fim da temporada, e o sentimento de impotência só aumenta entre os fãs do Valladolid.

Ronaldo Fenômeno é reverenciado mundialmente por sua trajetória no futebol, mas no Valladolid ele se vê no centro de uma tempestade de críticas. O ex-jogador agora enfrenta o desafio de reverter um dos maiores fracassos de sua carreira fora dos gramados.

O clássico entre Flamengo e Corinthians, neste domingo (27), será o centro de uma cobertura especial da TV Globo em comemoração aos seus 60 anos. A emissora inicia a transmissão às 15h10, direto do Maracanã, com o programa “Bora Pro Jogo”, apresentado por Tiago Medeiros e com participação dos comentaristas Junior, Paulo Nunes, Caio Ribeiro e Ricardinho.

Antes da partida, que começa às 16h, o cantor Belo fará uma apresentação no estádio, embalando a torcida com alguns de seus maiores sucessos. A emissora também trará uma série de conteúdos voltados à história do futebol em sua programação, incluindo reportagens temáticas e participações especiais.

Everaldo Marques e Roger Flores relembram, em um quadro especial, a evolução das transmissões esportivas da Globo. Já Gustavo Villani apresenta imagens restauradas com inteligência artificial do primeiro jogo transmitido pela emissora — um amistoso entre Brasil e União Soviética, realizado nos anos 60.

Renata Silveira também participa da cobertura com uma homenagem aos grandes narradores do país. Enquanto isso, Ana Thaís Matos conduz uma conversa com as ex-jogadoras Cristiane e Formiga, destacando a presença e a valorização do futebol feminino na televisão.

A narração do jogo será de Luis Roberto, que usará um uniforme inspirado na identidade visual da Globo de 1965. Junior e Caio Ribeiro comentam a partida, que será exibida para todo o Brasil. O mascote Globolinha também fará parte da festa em campo, reforçando o tom comemorativo da emissora.

No Corinthians, futebol e fé caminham lado a lado. Em meio às conquistas e dificuldades, a torcida alvinegra sempre contou com um aliado espiritual poderoso: São Jorge. O santo guerreiro, símbolo de coragem e resistência, foi adotado como padroeiro do clube e se tornou um dos pilares da identidade corintiana.

A relação começou com a devoção popular. No imaginário da Fiel, São Jorge representa a superação, a luta contra o impossível — algo que combina perfeitamente com a história de um clube que nasceu do povo e sempre enfrentou gigantes. Seu dia, 23 de abril, é marcado por homenagens, missas, velas acesas e promessas cumpridas em preto e branco.

Mas a fé corintiana vai além do catolicismo tradicional. Muitos torcedores também enxergam São Jorge como Ogum, orixá das religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. Ogum é o deus da guerra, do ferro e dos caminhos abertos — tudo a ver com o espírito combativo do time e de sua torcida. Essa junção entre o santo e o orixá representa a pluralidade religiosa brasileira e mostra como o Corinthians abraça todas as manifestações de fé.

O escudo do clube, inclusive, carrega essa herança espiritual. O desenho da espada no brasão é uma referência direta a São Jorge e, para muitos, também a Ogum. Ela simboliza a força, a garra e a proteção que o Corinthians leva a campo em cada partida.

Assim, São Jorge — ou Ogum — não é apenas um símbolo de devoção. Ele é parte viva da cultura corinthiana, uma força invisível que move milhões. Porque ser Corinthians é, acima de tudo, acreditar — na bola, no time e na fé.