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A Gaviões da Fiel divulgou nota oficial cobrando providências contra o ex-presidente Andrés Sanchez, acusado de uso indevido do cartão corporativo do Corinthians. A principal torcida organizada do clube solicitou que o Conselho de Ética investigue formalmente o caso e, se necessário, recomende a exclusão de Andrés do quadro de associados.
Na nota, a Gaviões exige que o clube abra todas as movimentações financeiras dos últimos anos para análise detalhada. “Reivindicamos que o Conselho Deliberativo abra imediatamente todas as contas e movimentações financeiras dos últimos anos”, diz o texto, que também pede respeito à transparência e integridade na administração do clube.
A polêmica começou com a divulgação de uma suposta fatura de dezembro de 2020, publicada no perfil @Prmalaoficial na rede X. O documento aponta gastos de cerca de R$ 50 mil em itens pessoais, como hotel, cabeleireiro e serviços digitais. As despesas ocorreram na gestão de Andrés, que presidiu o clube entre 2007 e 2011 e, depois, entre 2018 e 2020.
Após a repercussão, Andrés Sanchez afirmou ao jornalista Marco Bello e em suas redes sociais que vai devolver os valores relacionados a uso pessoal. Segundo ele, a quantia gira em torno de R$ 10 mil. “Foi uma falha do financeiro também, que não cobrou na época”, justificou o ex-presidente, que hoje é conselheiro vitalício do Corinthians e membro nato do CORI.
A Gaviões finaliza a nota dizendo que "não compactua com corrupção, desvio de conduta ou qualquer ação que prejudique o Corinthians" e reforça o compromisso com a fiscalização da gestão alvinegra. A cobrança ocorre em meio à mobilização do CORI, que também avalia o caso em reunião marcada para os próximos dias.
Movimentações internas no Parque São Jorge colocam o futuro de um ex-dirigente do Timão em xeque após denúncias recentes
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O Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) marcou para a próxima segunda-feira, dia 14, uma reunião para analisar documentos relacionados ao uso do cartão corporativo do clube durante a última gestão de Andrés Sanchez, entre 2018 e 2020. A pauta principal será discutir a possibilidade de recomendar a expulsão do ex-presidente do quadro associativo.
A reunião terá como foco a avaliação de faturas e extratos do cartão corporativo utilizados no fim do mandato de Andrés. Parte desses dados foi vazada em junho por uma conta na rede social X, indicando gastos no valor de R$ 50 mil em dezembro de 2020, com despesas ligadas a hospedagens, cabeleireiro e serviços da Apple.
Além do CORI, conselheiros também articulam internamente para que o Conselho Deliberativo abra formalmente o processo de expulsão e busque reaver possíveis valores indevidos. No entanto, cabe ao Conselho Deliberativo, composto por 300 membros, votar sobre a permanência ou não de Andrés como associado do clube.
Em declaração ao perfil pessoal na rede X, Andrés afirmou que está em contato com o Corinthians para ressarcir os valores, com correção e juros. Em entrevista ao portal Leo Dias, ele reconheceu que usou o cartão do clube em cerca de R$ 9 mil e alegou: “Talvez eu tivesse bebido um pouquinho a mais e acabei usando o cartão errado”.
O caso segue gerando repercussão entre os membros da diretoria e conselheiros do Corinthians, e a reunião da próxima segunda será decisiva para os próximos encaminhamentos. O CORI poderá ou não sugerir que o Conselho Deliberativo leve a votação a possível exclusão do ex-mandatário do quadro associativo.
Fatura com despesas pessoais em nome do ex-presidente durante recesso em Pipa (RN) mobiliza conselheiros do Parque São Jorge
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O ex-presidente Andrés Sanchez voltou ao centro das discussões políticas no Corinthians após a revelação de uma fatura do cartão corporativo do clube, datada de janeiro de 2021. O documento aponta cerca de R$ 10 mil em despesas pessoais realizadas em dezembro de 2020, no período em que o dirigente já havia pedido afastamento do cargo.
Entre os gastos, estão despesas em Pipa (RN), destino turístico no município de Tibau do Sul. A revelação gerou reação por parte da oposição, que passou a articular um processo de expulsão de Sánchez do quadro associativo do clube, aproveitando a atual configuração do Conselho Deliberativo, onde o ex-presidente não possui maioria.
Aliados próximos afirmam que Andrés pretende devolver os valores antes que o processo avance oficialmente. No entanto, os registros reforçam uma prática já conhecida no clube: o uso frequente de dinheiro em espécie para cobrir despesas durante sua gestão.
Nos bastidores, aliados do atual presidente Augusto Melo articulam uma estratégia para alertar os sócios sobre a possível retomada de influência de Andrés no clube. A movimentação acontece às vésperas da Assembleia marcada para o dia 9 de agosto, que pode decidir pela permanência ou saída de Melo.
Também há a possibilidade de abertura de outras faturas referentes ao período de mandato de Sánchez. O nome de Antônio Roque Citadini aparece como possível candidato à presidência, com apoio de Andrés, caso ocorra uma mudança na condução da diretoria corinthiana.
Ação movida contra o time paulista expõe bastidores do contrato com a casa de apostas encerrado meses após acordo ser firmado
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O empresário Sandro dos Santos Ribeiro ingressou com uma ação judicial contra o Corinthians nesta quinta-feira (11), cobrando R$ 8,4 milhões. Ele alega ter sido um dos intermediários do contrato firmado entre o clube e a empresa de apostas VaideBet no início de 2024. A informação foi publicada pelo ge e confirmada pela Gazeta Esportiva.
Segundo a ação, Sandro reivindica um terço da comissão de 7% do valor total do acordo, estimado em R$ 360 milhões. O clube, no entanto, reconheceu como intermediária a empresa Rede Social Media Design LTDA, ligada a Alex Cassundé, integrante da campanha de Augusto Melo. O pagamento das comissões foi interrompido após duas parcelas, no valor total de R$ 1,4 milhão.
A investigação da Polícia Civil de São Paulo aponta que Cassundé não foi o responsável pela intermediação. De acordo com o inquérito, a inserção do nome dele no contrato teria ocorrido de forma simulada, com o objetivo de desviar recursos. O presidente afastado Augusto Melo e outros três dirigentes foram indiciados.
A assessoria de Augusto Melo disse que o contrato "seguiu todos os trâmites legais" e reafirmou a inocência do dirigente. “Já solicitei oficialmente a quebra do sigilo do meu processo criminal, justamente para que toda a sociedade tenha acesso aos autos”, afirmou Melo.
O Corinthians, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre a ação. Armando Mendonça, vice-presidente interino, comentou o caso: “A ação é mais um prejuízo financeiro e para a imagem do Corinthians provocado pelo Augusto Melo”, afirmou.