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A Polícia Civil de São Paulo decidiu prorrogar por mais 90 dias o inquérito que investiga possíveis irregularidades na comissão paga pelo Corinthians à empresa Rede Social Media Design LTDA, intermediária no contrato de patrocínio com a VaideBet. A decisão visa aprofundar as apurações sobre a legalidade da comissão de R$ 25 milhões, equivalente a 7% do valor total do patrocínio de R$ 360 milhões.
A investigação, iniciada em maio de 2024, busca esclarecer a participação de Alex Fernando André, conhecido como Alex Cassundé, sócio da empresa intermediária, e verificar se houve a utilização de "laranjas" no repasse da comissão. O caso ganhou destaque após a rescisão do contrato entre o Corinthians e a VaideBet, ocorrida em junho de 2024, apenas cinco meses após o anúncio do patrocínio, que na época foi considerado o maior do Brasil.
Em meio às investigações, surgiram denúncias de que um diretor do Corinthians teria autorizado, sem o conhecimento do departamento financeiro, a transferência de R$ 1,4 milhão para a Rede Social Media Design LTDA, que posteriormente direcionou parte do valor a uma empresa fantasma. Essas revelações aumentaram a pressão interna no clube e resultaram em pedidos de esclarecimento por parte do Conselho Deliberativo.
O caso também levou o Corinthians a registrar um boletim de ocorrência após a divulgação de supostos prints que indicavam fraude na comissão paga à intermediária. A diretoria do clube notificou extrajudicialmente a Rede Social Media Design LTDA, exigindo esclarecimentos sobre sua atuação na negociação com a VaideBet. A polêmica gerou forte repercussão entre torcedores e conselheiros do clube.
Com a prorrogação do inquérito, a Polícia Civil pretende aprofundar as investigações para determinar eventuais responsabilidades criminais e administrativas no caso. O Corinthians, por sua vez, aguarda a conclusão das apurações para tomar as medidas cabíveis e preservar a integridade institucional do clube.
Lançada em novembro do ano passado, o financiamento coletivo tem o objetivo de quitar a dívida de R$ 700 milhões do Timão com a Caixa Econômica Federal
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A Gaviões da Fiel, torcida organizada responsável pela Doe Arena, conhecida como "Vaquinha do Corinthians", divulgou dados da iniciativa que visa ao pagamento da dívida da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal.
Lançada em novembro do ano passado, o financiamento coletivo tem o objetivo de quitar a dívida de R$ 700 milhões do Corinthians com a Caixa Econômica Federal. Em seis meses, a campanha arrecadou R$ 40.478.135,58. O valor representa 5,78% da meta. Ao foram pagos 110 parcelas.
Segundo o relatório, o valor principal da dívida está avaliado em R$ 646,9 milhões, e representa uma economia de R$ 7 milhões por ano em juros para o clube alvinegro. Inicialmente, a campanha terminaria em maio, entretanto, a Gaviões da Fiel conseguiu renovar o prazo até o dia 31 de dezembro.
A dívida perdura desde 2013, quando o banco estatal emprestou R$ 400 milhões ao Corinthians para a construção do seu estádio, utilizado no ano seguinte na Copa do Mundo realizada no Brasil. O financiamento público gerou juros que elevaram a dívida para cerca de R$ 700 milhões.
Nessa primeira fase, foram 891.893 doações em 191 dias de ação até esta sexta-feira. O estado com mais arrecadação foi São Paulo, com R$ 28.463.074,45, seguido do Paraná, com R$ 2.079.670,87, e, fechando o top-3, Pernambuco, que levantou R$ 1.350.901,85.
Como doar para Vaquinha do Corinthians?
Cinco opções de doação são oferecidas na plataforma, com quantias a partir de R$ 10, incluindo R$ 20, R$ 50 e R$ 100. Também é possível realizar uma contribuição maior; nesse caso, basta digitar o valor desejado. A arrecadação acontece por meio do site doearenacorinthians.com.br
Ação foi promovida com o objetivo de voltarem para o comando do clube paulista e agrava a instabilidade política e financeira
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Aliados do presidente afastado Augusto Melo, entraram com uma ação judicial na Vara Cível do Foro Regional VIII do Tatuapé, em São Paulo, buscando validar um ato realizado no Parque São Jorge. O grupo, que é composto por conselheiros como Mario Mello, Ronaldo Fernandez Tomé, Maria Ângela de Sousa Ocampos e Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos, moveu um processo contra Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, o presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile, e o próprio clube.
A ação tem como objetivo confirmar a "vigência imediata" da decisão da Comissão de Ética e Disciplina, que teria afastado Romeu Tuma da presidência do Conselho Deliberativo no dia 9 de abril. Com isso, os aliados de Augusto Melo defendem que Maria Ângela seja empossada como presidente interina do órgão.
No último dia 31 de maio, Augusto Melo tentou reassumir a presidência do Corinthians por meio de um documento assinado por Maria Ângela, que se declarou presidente interina do Conselho Deliberativo. Ela alegou que Romeu Tuma deveria estar afastado e que seu sucessor imediato, Roberson de Medeiros, conhecido pelo apelido de "Dunga", estava de licença médica. Com isso, Maria Ângela anulou todos os atos conduzidos por Tuma desde o dia 9 de abril, incluindo a votação que aprovou o impeachment de Augusto Melo pelo caso VaideBet.
Os aliados de Augusto Melo fundamentam sua ação nos artigos 28, letras D e E, e 30 do estatuto do Corinthians. No entanto, especialistas apontam que esses artigos se aplicam aos associados do clube social, e não aos conselheiros eleitos. Além disso, Rodrigo Bittar, membro da Comissão de Ética, expôs irregularidades no ato liderado por Augusto Melo e votou contra o afastamento de Tuma na reunião de abril.
Osmar Stabile, atual presidente interino do Corinthians, não reconheceu o documento apresentado por Augusto Melo e se recusou a deixar o cargo. Ele esteve presente no treino da equipe no CT Dr. Joaquim Grava e conversou brevemente com a imprensa sobre o caso.
O imbróglio jurídico continua, e a Justiça deverá decidir sobre a validade das ações tomadas pelos aliados de Augusto Melo. Enquanto isso, o Corinthians segue administrando a crise política que envolve sua diretoria e Conselho Deliberativo.
O Timão, Santos, Grêmio e Atlético-MG devem mais de R$ 40 milhões ao Dourado Auriverde, e clube acusa falta de responsabilidade financeira no futebol brasileiro
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O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, veio a público cobrar mais de R$ 40 milhões que, segundo ele, são devidos ao clube por Corinthians, Santos, Grêmio e Atlético-MG. A principal reclamação recai sobre o Corinthians, que contratou o volante Raniele no início de 2024 por 2,5 milhões de euros, mas teria quitado apenas a primeira parcela do acordo. A dívida atual, com multas, já ultrapassa R$ 13 milhões.
Dresch afirmou que o clube buscou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), ligada à CBF, para garantir o cumprimento do contrato. Segundo ele, o Cuiabá tentou negociar, mas não aceita abrir mão do valor total acordado. O dirigente ainda disparou contra a postura do Corinthians, dizendo que é um “golpe no futebol brasileiro” continuar contratando enquanto há débitos com outros clubes.
O presidente do Dourado criticou fortemente o fato de o Corinthians seguir investindo alto em contratações, como no caso de Memphis Depay, sem regularizar dívidas pendentes. Ele defendeu a criação de mecanismos mais rígidos para impedir que clubes inadimplentes utilizem atletas contratados sem pagamento integral, o que, segundo ele, prejudica equipes menores financeiramente.
Além do Corinthians, o Santos também é cobrado por pendências referentes ao atacante Joaquim, enquanto Atlético-MG e Grêmio devem valores relacionados a outras negociações. Dresch reforçou que o total acumulado de dívidas supera R$ 40 milhões e que isso compromete o planejamento financeiro do Cuiabá, clube que depende diretamente da regularidade desses pagamentos.
Até o presente momento a diretoria do Corinthians não se posicionou sobre as alegações de Cristiano Dresch e da dívida contratual. O caso, no entanto, segue gerando polêmica e tensão entre as partes envolvidas.