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Conselheiro do Corinthians rejeita SAF no clube e explica: "Podemos reverter essa situação"
30 Out 2025 | 21:07
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06 Fev 2025 | 03:18 |
O Corinthians deu um passo importante na tentativa de reorganizar suas finanças e encaminhar a regularização de suas dívidas. Na última segunda-feira (3), o clube protocolou na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo sua proposta de Regime Centralizado de Execuções (RCE), mecanismo que possibilita a centralização e parcelamento dos débitos com credores.
A apresentação do plano é uma etapa fundamental para a homologação do RCE, que permitirá ao clube administrar seus compromissos financeiros de maneira estruturada. Em entrevista ao podcast "PoropoPod", da CorinthiansTV, o Diretor de Negócios Jurídicos do Corinthians, Vinicius Cascone, destacou a importância dessa medida.
Cascone ressaltou que o modelo do RCE trará benefícios tanto para o clube quanto para os credores. Segundo ele, a falta de previsibilidade financeira e os sucessivos bloqueios judiciais vinham comprometendo a gestão do caixa corinthiano.
"O Corinthians não tinha previsibilidade jurídica e financeira. As dívidas se acumularam ao longo dos anos, gerando inúmeros processos e bloqueios, que resultavam em juros e multas. Muitas vezes, havia vencimento antecipado de parcelas, o que sufocava o caixa do clube. O RCE é a melhor alternativa para organizar o fluxo de pagamentos e garantir que todos os credores recebam", afirmou Cascone.
De acordo com o plano apresentado à Justiça, R$ 367 milhões (15%) da dívida total do clube, que gira em torno de R$ 2,4 bilhões, serão pagos dentro do RCE. O projeto prevê a utilização de 4% da receita mensal para quitação desses débitos – percentual que pode chegar a 20%, conforme a legislação vigente.
Acusações de fraude e resposta do Corinthians
Durante a entrevista, Cascone também abordou a acusação de fraude feita pela Link Assessoria Esportiva, empresa do empresário André Cury. O agente alegou que o Corinthians teria utilizado valores de cotas de TV para quitar salários atrasados, quando esses recursos deveriam ser direcionados à dívida com a Caixa Econômica Federal, referente à construção da Neo Química Arena.
No entanto, o dirigente corinthiano refutou essas alegações e classificou a versão apresentada por André Cury como equivocada.
"Há muita desinformação sendo espalhada, como se o Corinthians estivesse fraudando algo. Nosso objetivo é fazer com que todos os credores recebam e acabar com essa ideia de que o clube não honra seus compromissos. Ao contrário, queremos acertar as contas. A advogada dele se equivocou ao dizer que os direitos de TV seriam exclusivamente uma garantia para a dívida do estádio. Essa renegociação com a Caixa foi feita dentro da legalidade, e não há fraude nenhuma", rebateu Cascone.
"Existe muita bobagem por aí, gente dizendo que essa é uma tentativa de fraude por parte do Corinthians. Isso é um grande equívoco. O Corinthians, na verdade, quer fazer com que todos os credores recebam. Nós queremos acabar com a imagem de que o Corinthians não paga ninguém. Ao contrário. O Corinthians precisa honrar com seus compromissos, a gente tem essa obrigação", completou.
O Corinthians segue aguardando a decisão da Justiça sobre a homologação do Regime Centralizado de Execuções, que, se aprovado, permitirá ao clube estruturar um plano de pagamento sustentável, evitando novos bloqueios e melhorando sua saúde financeira.
Diretoria do Coringão quer eliminar pendência que impõe limitações para compra de jogadores já pensando no planejamento de 2026
04 Nov 2025 | 17:31 |
O Corinthians enfrenta atualmente uma punição da FIFA que impede o registro de novos jogadores, conhecida como transfer ban. A sanção foi aplicada devido à inadimplência no pagamento da transferência do zagueiro Félix Torres, contratado junto ao Santos Laguna, do México, no início de 2024, ainda sob a gestão de Augusto Melo.
Para resolver a situação, a diretoria do clube, agora liderada por Osmar Stabile, planeja quitar o valor integral da dívida, estimado em R$ 40 milhões, até dezembro de 2025. O objetivo é encerrar a punição antes da abertura da próxima janela de transferências, prevista para janeiro de 2026.
A restrição impediu o Corinthians de realizar contratações na última janela. O único reforço registrado foi o atacante Vitinho, que teve sua inscrição concluída antes da sanção entrar em vigor. A expectativa é que, com o pagamento à vista, o clube possa voltar a registrar atletas normalmente no início do próximo ano.
Além da pendência com o Santos Laguna, o Corinthians acumula outras dívidas reconhecidas pela FIFA, incluindo uma condenação na Corte Arbitral do Esporte (CAS) envolvendo o meia Matías Rojas. No total, os débitos internacionais do clube somam mais de R$ 125 milhões, o que pode gerar novas sanções caso não sejam resolvidos.
A diretoria estuda utilizar recursos provenientes da Liga Forte União ou outras receitas planejadas para efetuar o pagamento. A quitação da dívida é considerada essencial para permitir a reformulação do elenco visando a temporada de 2026, especialmente diante da possibilidade de saídas de jogadores com contratos próximos do fim.
O Corinthians, comandado por Dorival Júnior, segue em preparação para os compromissos do Campeonato Brasileiro. O próximo adversário é o Bragantino, amanhã (05), às 19h no Estádio Municipal Cicero De Souza Marques.
Desde que começou com “Doe Arena”, a Fiel não tem decepcionado e já acumulou o pagamento de mais de R$ 40 milhões neste ano
01 Nov 2025 | 22:51 |
A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, efetuou o pagamento do 213º boleto da campanha “Doe Arena”, iniciativa voltada à quitação da dívida do clube com a Caixa Econômica Federal referente à construção da Neo Química Arena. O valor pago foi de R$ 1.648,79, conforme divulgado oficialmente pela torcida.
O montante arrecadado foi transferido diretamente da conta de doações para o banco responsável pelo financiamento do estádio. A campanha, que segue ativa, permite contribuições diárias por meio de um sistema de boletos gerados com base na quantia arrecadada a cada dia. Não há um número fixo de parcelas, pois os valores variam conforme a colaboração dos torcedores.
Desde o início da mobilização, a Gaviões da Fiel já quitou mais de R$ 40 milhões, valor correspondente a 213 boletos pagos. A ação é parte de um esforço coletivo para reduzir o saldo devedor do clube, que ainda gira em torno de mais de R$ 600 milhões, conforme dados mais recentes.
A campanha “Doe Arena” foi criada com o objetivo de envolver a torcida na responsabilidade financeira do estádio, permitindo que qualquer corinthiano contribua com valores acessíveis. As doações são feitas por meio do site oficial do projeto, onde é possível gerar uma chave Pix e acompanhar em tempo real o progresso da arrecadação.
A iniciativa tem sido fundamental para aliviar os encargos financeiros do clube, especialmente no que diz respeito aos juros da dívida. A diretoria do Corinthians, inclusive, mantém negociações com a Caixa para revisar as condições do contrato, buscando uma taxa de juros mais favorável.
A Gaviões da Fiel reforça o compromisso com a transparência e publica regularmente os comprovantes dos pagamentos realizados, incentivando a continuidade da participação popular na campanha.
Polêmica entre clubes e CBF é proveniente do que ficou conhecido como a “Máfia do apito”; Timão foi o campeão daquela temporada e Colorado não concorda
01 Nov 2025 | 16:58 |
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, se pronunciou sobre o pedido do Internacional para o reconhecimento compartilhado do título do Campeonato Brasileiro de 2005 com o Corinthians. A solicitação voltou à tona após o lançamento do documentário “Máfia do Apito”, que relembra o escândalo de manipulação de resultados envolvendo o ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho.
Samir Xaud respondeu a pergunta do jornalista: “é uma questão jurídica...”
Durante entrevista ao jornalista Duda Garbi, Xaud explicou que a CBF não possui autoridade para deliberar sobre o tema. “Bem, isso é uma questão mais jurídica, que a CBF não tem o poder de se manifestar nesse momento. Mas recebemos o presidente do Inter lá na CBF, como todos os presidentes também vão nos visitar. E ele também falou nesse assunto conosco. O que eu falei para ele é que isso é uma questão jurídica e que a gente não tem como optar e como validar ou fazer alguma coisa nesse momento. Fica a critério do STJD, de todo esse imbróglio que tem de muitos anos”, declarou o dirigente.
O caso ganhou repercussão após revelações do ex-árbitro sobre sua influência nos resultados da competição. Na época, 11 partidas foram anuladas, e os jogos refeitos alteraram a classificação final. O Internacional, que havia vencido o Coritiba por 3 a 2, repetiu o resultado. Já o Corinthians, derrotado nas partidas anuladas, somou quatro pontos ao vencer o Santos e empatar com o São Paulo, encerrando o campeonato três pontos à frente do clube gaúcho.
Xaud reforçou que qualquer decisão sobre o reconhecimento do título cabe ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). “Na verdade, voltou à tona por conta de um relato de um ex-profissional no futebol”, completou.
A CBF aguarda os desdobramentos jurídicos para se posicionar oficialmente. Enquanto isso, o Internacional segue reunindo documentos e argumentos para sustentar sua reivindicação e o Corinthians segue focado para o duelo de domingo (02) contra o Grêmio.