Corinthians apresenta novos diretores em meio a desafios financeiros e políticos

Na próxima segunda-feira (25), três nomes vão disputar quem será o novo presidente do Corinthians até o final de 2026, em votação que será realizada na sede do clube do Parque São Jorge. Executivo de futebol do Timão, Fabinho Soldado aguarda vencedor do pleito, para saber sobre o seu futuro dentro do alvinegro paulista.

Fabinho Soldado aguarda decisão nas eleições para definir futuro no Corinthians

Dependendo de quem vai ganhar as eleições no Corinthians na próxima segunda-feira, o departamento de futebol do clube do Parque São Jorge pode passar por mudanças. Desde maio do ano passado, quando Rubens Gomes, o Rubão, deixou o cargo de diretor estatutário de futebol, as principais decisões vem sendo tomadas por Fabinho Soldado.

Azarão nesta eleição, André Castro não pensa em demitir Fabinho Soldado do Corinthians em um primeiro momento, mas pode preencher o cargo de diretor estatutário. "Eu acho importante a gente ter as duas visões. Um clube como Corinthians não pode estar dependente de uma opinião só. Eu acho que é com um conjunto de opiniões que a gente consegue caminhar melhor. Acho importante, sim, uma pessoa estatutária que venha com o pulso firme para a gente conseguir ter opiniões, mas que a gente consiga fazer o Corinthians caminhar melhor. Eu sou favorável."

Antônio Roque Citadini revelou pensar em um outro nome para o cargo, indicando uma possível saída de Fabinho Soldado do Corinthians. Em entrevista ao canal "Boletim Corinthiano", o pré-candidato pensa na contratação de um ex-jogador do alvinegro paulista para preencher o cargo de diretor executivo.

Presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile não pensa em mexer no cargo de diretor executivo, segundo as informações do jornalista Bruno Cassucci, do 'GE'. O mandatário mantém um diálogo constante com Fabinho Soldado, o que pode assegurar o dirigente dentro do clube alvinegro.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) aprofundou as investigações sobre supostas irregularidades financeiras no Corinthians durante a gestão de Duilio Monteiro Alves. A suspeita recai sobre a empresa "Oliveira Minimercado", localizada no Jardim Ângela, que emitiu sete notas fiscais totalizando R$ 32.580 entre 18 e 31 de outubro de 2023.

Os sócios da empresa, Geovana Batista de Oliveira e Alexsander Marques Canudo, confirmaram a autenticidade das notas fiscais, mas apresentaram inconsistências em suas declarações. Ambos afirmaram fornecer marmitas ao clube, mas não souberam informar como foram contratados, quem eram os funcionários envolvidos ou apresentar documentos contábeis. Além disso, alegaram que a empresa operava com uma cozinha improvisada, utilizando apenas um fogão de seis bocas.

O promotor responsável pelo caso, Cássio Roberto Conserino, considera as informações fornecidas insuficientes e aponta fragilidade nos depoimentos. Diante disso, o MP-SP ampliou a investigação para apurar possíveis crimes de estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa. A apuração também envolve o uso indevido de cartões corporativos durante as gestões de Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves.

O Corinthians, por meio de sua assessoria, afirmou que está colaborando com as autoridades e que todos os gastos realizados durante as gestões anteriores foram devidamente justificados e reembolsados quando necessário. A diretoria atual do clube reitera seu compromisso com a transparência e com a apuração dos fatos.

As investigações continuam em andamento, e o MP-SP já solicitou novos documentos ao clube e aos conselhos Deliberativo e de Orientação. O objetivo é esclarecer os fatos e, se comprovadas irregularidades, responsabilizar os envolvidos.

Antonio Roque Citadini, conselheiro vitalício do Corinthians, teve sua candidatura à presidência do clube confirmada por decisão judicial, e sinalizou que deverá disputar o pleito eleitoral de agosto deste ano. Ele segue articulando sua proposta, com apoio de figuras influentes do clube e estratégias financeiras como foco principal.

Entre os pontos centrais de sua plataforma, Citadini ressaltou a necessidade de retomar o equilíbrio financeiro do Corinthians — especialmente com investimentos moderados no futebol e melhor gestão de contratos e patrocínios. Além disso, ele criticou a atual política de marketing do clube, destacando a escassez de grandes parceiras comerciais e cobrando renovação dessa área.

Outro tema sensível citado pelos torcedores foi o uso exagerado do cartão corporativo, que atingiu cerca de R$ 8,4 milhões em gastos entre fevereiro e dezembro de 2024 — um ponto de insatisfação da torcida e que está sendo incorporado ao debate pré-eleitoral.

Com apoio de autoridades do clube e representantes históricos, Citadini pretende se posicionar como o candidato da “oposição de equilíbrio”, rompendo com o estilo da atual situação política e propondo uma gestão mais conservadora, aclamada pela austeridade financeira.

A partir de agora, a candidatura de Citadini deve ganhar ainda mais força com a proximidade da eleição no Corinthians. Resta saber se estas propostas de contenção de gastos e novas parcerias comerciais farão diferença na escolha dos conselheiros.