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Na noite de quinta-feira (24), torcedores organizados do Corinthians promoveram um protesto em frente à sede social do clube, no Parque São Jorge, para expressar insatisfação com a gestão política e administrativa. A principal torcida organizada, Gaviões da Fiel, convocou a manifestação, que contou ainda com integrantes das torcidas Camisa 12, Estopim da Fiel, Fiel Macabra, Pavilhão Nove e torcedores independentes.
Durante o protesto, os manifestantes exibiram imagens de ex-presidentes do Corinthians, como Andrés Sanchez, Duílio Monteiro Alves, Mário Gobbi, Roberto de Andrade, Augusto Melo e André Negão, coladas em representações de caixões. A encenação de um “cortejo fúnebre” simbolizava o repúdio às gestões anteriores. As imagens foram queimadas em uma fogueira, enquanto cânticos de protesto e exaltação ao clube ecoavam.
As faixas carregadas pelos torcedores traziam mensagens duras como “Augusto traidor da torcida corintiana”, “Conselheiros exerçam suas funções”, “Quem traiu o Corinthians, vai pagar” e “Corinthians livre de parasitas”. Esses dizeres refletem a forte insatisfação com os ex-dirigentes e a cobrança para que o Conselho Deliberativo atue com mais rigor.
O protesto acontece em meio a um cenário de turbulência política e pressão por resultados dentro do Corinthians. Recentemente, surgiram denúncias sobre o uso de recursos do clube para gastos pessoais por parte de ex-presidentes, o que agravou o descontentamento dos torcedores organizados.
Além disso, está marcada para o dia 9 de agosto a votação do impeachment do presidente afastado Augusto Melo, o que eleva ainda mais a tensão política dentro do clube e a mobilização da torcida por mudanças profundas na gestão.
Manifestação pacífica da principal torcida organizada exige esclarecimentos sobre documentos desaparecidos e melhorias na gestão alvinegra
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Na noite desta quinta-feira (24), a principal torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, promoveu um protesto em frente ao Parque São Jorge, sede social do clube. A manifestação teve início por volta das 19h10 e reuniu diversos torcedores que exigem maior transparência e responsabilidade da atual gestão alvinegra.
O ato foi motivado por recentes acontecimentos que geraram insatisfação entre os membros da torcida. Entre as principais reivindicações estão esclarecimentos sobre o desaparecimento de documentos oficiais do clube e uma gestão mais eficiente e transparente. Os protestantes destacaram a necessidade de mudanças na administração para que o Corinthians possa retomar seu caminho de sucesso dentro e fora de campo.
Durante o protesto, faixas e gritos de ordem foram utilizados para expressar o descontentamento da torcida. A Gaviões da Fiel enfatizou que o objetivo da manifestação é cobrar respostas da diretoria e não prejudicar o clube. A ação foi pacífica, com a presença de membros da torcida organizados e associados do clube.
Este protesto ocorre em um momento de turbulência política e administrativa no Corinthians. A torcida busca, por meio de sua mobilização, pressionar a diretoria a adotar medidas que tragam estabilidade e prosperidade ao clube. A Gaviões da Fiel reafirmou seu compromisso com o Corinthians e com a busca por melhorias na gestão do clube.
A diretoria do Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o protesto. A expectativa é de que haja um posicionamento nos próximos dias, visando esclarecer as demandas da torcida e buscar soluções para as questões levantadas.
O cenário de crise dentro do clube do Parque São Jorge tem se intensificado após denúncias de uso indevido de cartão corporativo
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Em meio a uma crise institucional, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, se pronunciou nesta quarta-feira (23) sobre as recentes denúncias envolvendo dirigentes, ex-presidentes e torcidas organizadas. Em nota oficial, Tuma garantiu que todas as acusações respaldadas por documentos e requerimentos serão investigadas com rigor, respeitando o Estatuto do clube.
A manifestação ocorre após o afastamento do presidente Augusto Melo, que se tornou réu por crimes como furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação criminosa, relacionados ao patrocínio da VaideBet. Além disso, ex-mandatários como Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves também foram citados em casos de uso indevido do cartão corporativo. Duilio, por sua vez que teve exposto algumas compras como em açougue, mercado, fast food e remédios, rebateu as acusações e registrou notícia-crime, alegando falsificação de faturas.
Tuma destacou que as comissões internas do Conselho serão responsáveis por conduzir as apurações, que posteriormente serão submetidas ao plenário. Ele reforçou que não haverá precipitações nem julgamentos baseados em narrativas externas, e que o processo seguirá os trâmites legais previstos no regimento do clube.
Além das denúncias administrativas, o Conselho abrirá uma análise sobre a relação institucional com torcidas organizadas. O objetivo é identificar pendências financeiras, perdões de dívidas e compromissos não cumpridos, incluindo apoio logístico em dias de jogos e patrocínios carnavalescos. A medida visa garantir transparência e subsidiar a reforma estatutária, que deve estabelecer diretrizes claras para essas parcerias.
Tuma tranquilizou associados e conselheiros, afirmando que sua gestão não será conivente com irregularidades. Ele reiterou que o Corinthians precisa de estabilidade e responsabilidade para superar o momento delicado. A expectativa é que os procedimentos tragam respostas concretas e fortaleçam a governança do clube. O cenário político segue tenso, mas o compromisso público do presidente do Conselho Deliberativo sinaliza um esforço institucional para restaurar a credibilidade e proteger os interesses da nação corintiana.
Presidente afastado terá sua vida política no Timão decidida na Assembleia Geral no mês de agosto, mas enfrenta investigações também fora do clube
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A defesa do ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, reagiu à decisão da Justiça de São Paulo que o tornou réu por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado no caso Vai de Bet. Em nota oficial, os advogados alegam que o processo é “ilegal, repleto de nulidades e abusos”, e que Melo é alvo de perseguição política promovida por adversários internos do clube.
Entre os principais argumentos da defesa está o acesso a dados do Coaf sem autorização judicial, além da atuação da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual em um caso que, segundo os representantes legais de Melo, deveria ser conduzido pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, por envolver contrato internacional. A equipe jurídica também solicitou o fim do sigilo dos documentos da ação, alegando que a torcida tem o direito de conhecer os detalhes do processo.
A investigação gira em torno do contrato de R$ 360 milhões firmado entre o Corinthians e a casa de apostas Vai de Bet, que foi rescindido unilateralmente em junho de 2024 após suspeitas de repasses indevidos a empresas fantasmas. A promotoria estima um prejuízo superior a R$ 40 milhões ao clube, incluindo os valores desviados e a rescisão contratual.
A defesa anunciou ainda a abertura de uma investigação defensiva, prevista pela OAB, com o objetivo de comprovar a inocência de Melo. Os advogados pretendem impetrar habeas corpus para tentar extinguir o processo, que classificam como “kafkiano” e motivado por interesses políticos.
Augusto Melo, afastado do cargo desde maio após aprovação de seu impeachment, segue confiante de que será absolvido e reafirma seu compromisso com a reestruturação financeira do Corinthians. A Assembleia Geral marcada para 9 de agosto decidirá se ele será definitivamente destituído do cargo ou poderá retornar ao comando do clube. O caso continua sob forte atenção da mídia e da torcida, enquanto o Corinthians tenta manter a estabilidade institucional em meio a uma das maiores crises de sua história recente.