Victor Linjardi
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20 Fev 2025 | 09:04

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Victor Linjardi

O Timão enfrentou um adversário com mínima relevância no "poderoso" campeonato venezuelano e foi prepotente durante os 90 minutos


Vexame. A estreia do Corinthians na Libertadores foi vergonhosa. Não, não levou uma goleada ou foi eliminado. Não é esse o ponto. Não é só sobre o resultado. É sobre postura. O Corinthians enfrentou um adversário com mínima relevância no "poderoso" campeonato venezuelano e foi prepotente durante os 90 minutos. Custou caro.


Enquanto seu adversário era frágil, o Corinthians é tido como um dos principais times do Brasil neste início de temporada. Apenas uma derrota em 12 jogos disputados. Mas, adivinhe em qual contexto foi o único revés? Jogo grande. O São Paulo superou o time do técnico Ramón Díaz por 3 a 1 e, convenhamos, sem muita dificuldade. 


Ok, depois o Corinthians conseguiu um empate fora de casa contra o Palmeiras (outro jogo grande), mas não fez bom jogo. Inclusive, sofreu. Lembrando, aliás, que seu maior rival vive a pior fase da era Abel Ferreira e está com a corda no pescoço para se classificar no Campeonato Paulista. Era a chance de voltar a vencer a equipe alviverde em seus domínios. Mas, não. O empate foi "comemorado".

Certo, aí vimos um bom resultado em jogo grande: a vitória sobre o Santos. Mas, há ressalvas. Primeiro, o Corinthians tomou sufoco, jogando em casa, contra um time que ainda está desfigurado, sem todos seus reforços e pegando entrosamento. Vale lembrar que tinha sido apenas o terceiro jogo de Neymar desde seu retorno. Mesmo com ótimo primeiro tempo, caiu muito de produção no segundo e encarou um time que só tinha três vitórias na temporada e recém-chegado da série B. Ao menos, venceu.

Antes, em 2024, com esse mesmo time, mesmo elenco e, principalmente, mesmo treinador, o Corinthians se livrou do rebaixamento. Ok, foi uma grande virada de chave e todos reconhecem isso. Entretanto, neste meio tempo, teve apenas uma vitória contra um time que fazia bom campeonato: o Palmeiras. Grande triunfo, aliás. O resto, apenas times que lutavam para não cair ou que estavam focados em outras competições.

E relembro isso para ressaltar que os dois grandes jogos, em nível de importância do Corinthians no fim de 2024, também foram ruins. Eliminações para Racing, da Argentina, pela Sul-Americana, e Flamengo, na Copa do Brasil. Ambos os confrontos em semifinais. Portanto, não é de hoje que esse time do Corinthians, comandado por Ramón Díaz, tem problemas em jogos grandes. Sejam grandes de adversários ou de importância.

No caso da estreia da Libertadores, era de importância mesmo. Afinal, o adversário era muito frágil. Visivelmente jogadores em condições físicas muito inferiores. Sem falar, claro, em questão de valor de elenco. Como bem disse o técnico do Universidad Central, apenas o salário do Memphis Depay seria capaz de pagar todo o time venezuelano por meses. 

Mas qual o ponto, então? O time é o mesmo que faz excelentes apresentações, com vitórias, de meio de Paulistão e Brasileirão. Considerando os titulares que geralmente estão nos jogos grandes, claro.

Um dos grandes culpados é o próprio treinador. Apesar de experiente, vivido e recheado de bons jogadores, ele se acovarda nos principais momentos. Nos grandes jogos. Substituições equivocadas, mudanças sem sentido e esvaziamento do meio-campo são frequentes nesses confrontos. Isso tudo é verdade. 

No entanto, contra o fraquíssimo time venezuelano, o problema foi geral. Foi de postura. Houve uma prepotência absurda por parte dos 11 em campo. Um arrogância, até, eu diria. Típico de time que pensa "eu posso vencer a hora que quiser". Bom, se realmente acham isso, que façam. Não fizeram. O Corinthians tomou o empate e, só a partir disso, vimos alguma ligeira mudança de postura. Mas, não foi o suficiente.

Mesmo que atropele o Universidad em Itaquera, não se justificará. Ser necessário escalar força máxima novamente para enfrentar um time que disputaria a série A 2 do Paulistão para não sofrer outro vexame, já é sinal de algo errado. 

É lindo que o Corinthians consiga tanta vitórias ao longo dos campeonatos, mas que se comporte da mesma forma (ou melhor) em jogos grandes. Esses sim dão títulos e medem força e caráter de um elenco.

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Victor Linjardi
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