Saída do técnico argentino e seu filho, era algo inevitável após resultados abaixo das expectativas e decisões controversas durante a temporada de 2025

A demissão de Ramón Díaz do comando técnico do Corinthians, mesmo tardia, parecia ser uma medida inevitável diante dos resultados insatisfatórios da equipe em 2025. Após um início promissor em sua passagem, com a conquista do Campeonato Paulista e a salvação do clube do rebaixamento no Brasileirão de 2024, o desempenho do time neste ano mostrou que o trabalho do técnico argentino não conseguia mais atender às expectativas do clube e da torcida. A gestão de Díaz parecia ter chegado ao fim, e a decisão da diretoria, por mais difícil que fosse, era cada vez mais necessária.

Entre as várias escolhas questionáveis de Díaz, uma das mais polêmicas foi a decisão de escalar um time reserva na Copa Sul-Americana contra o Deportivo Cali, um jogo crucial para a continuidade da competição.

Ao optar por um time misto, Díaz sinalizou que não dava a devida importância a uma competição internacional importante, algo incompreensível para um clube da magnitude do Corinthians. O fracasso nessa competição só se somou aos outros resultados abaixo do esperado, como a eliminação precoce na pré-Libertadores para o Barcelona de Guayaquil, o que tornou sua permanência ainda mais insustentável.

Outro ponto controverso foi a estratégia de priorizar o Campeonato Brasileiro em detrimento das copas. Embora o Campeonato Brasileiro seja uma competição importante, o elenco do Corinthians, recheado de jogadores experientes e talentosos, tinha capacidade para competir com seriedade também nas outras frentes.

No entanto, a escolha de concentrar todos os esforços no Brasileiro acabou fazendo com que o time se perdesse, sem conseguir sequer se firmar entre os principais da competição nacional. O foco único em uma competição fez com que o time ficasse vulnerável em outras, comprometendo o desempenho geral.

Além disso, o desempenho coletivo da equipe deixou muito a desejar. A falta de uma identidade de jogo clara, somada às falhas táticas e à instabilidade de alguns jogadores, fez com que o time perdesse pontos preciosos em jogos decisivos. A sensação de que o Corinthians estava jogando abaixo de suas possibilidades tornou-se cada vez mais evidente e a paciência da torcida se esgotou.

Os jogadores, que até então pareciam confiar no trabalho do técnico, também não apresentaram o rendimento esperado em campo, e isso se refletiu diretamente nos resultados negativos.

No fim das contas, a saída de Ramón Díaz já parecia uma questão de tempo. O Corinthians precisava de uma mudança para reorganizar a equipe, corrigir os erros cometidos ao longo da temporada e voltar a competir de forma sólida nas competições que ainda estavam em andamento.

A torcida, insatisfeita com os rumos do time, também pedia por uma mudança. Agora, o clube vive a expectativa de encontrar um novo comandante que seja capaz de devolver a confiança e a competitividade ao elenco, restabelecendo a estabilidade necessária para alcançar os objetivos do ano. O próximo treinador terá a missão de resgatar o bom futebol e fazer o time voltar a ser o protagonista que a torcida tanto espera.