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Uma aposta aparentemente inofensiva no valor de R$ 10 na partida do Corinthians contra o Racing, da Argentina, foi início de um prejuízo que já chega a quase R$ 1 milhão para o jovem atacante, Paulo Henrique Athanazio, o Dodô, que viu o jogo deixar de ser paixão para se tornar o seu principal inimigo.
Aos 25 anos, Dodô que despontou como promessa no interior de São Paulo agora não consegue mais ir a campo para fazer o que mais amou um dia: jogar futebol. Tudo isso pelas consequências que o vício em apostas online.
Há três anos, ele começou a fazer apostas esportivas como brincadeira e uma forma de ganhar um dinheiro extra para complementar a renda. Com o passar do tempo, os valores apostados foram aumentando e os bens conquistados ao longo da carreira como jogador diminuindo. Ele vendeu o carro, o apartamento, esgotou as economias e viu a família se distanciar.
"Comecei nessas apostas esportivas através de outras pessoas, que eram do meio do futebol. Eu vi que ganhava, que perdia e aí comecei a pegar interesse e fazer alguns joguinhos. Fazia de R$ 10 para tentar ganhar R$ 1.000 e não conseguia. Eu ia jogando e vendo coisas da internet, desses caras que apostam, que tinha que aumentar o valor e diminuir o número de jogos. E fui pegando esse costume: jogava e ganhava, perdia, ganhava, perdia. Teve vez que eu ganhei R$ 50 mil no final de semana, teve vez que perdi os R$ 50 mil", disse.
"Eu percebi que estava viciado quando comecei a deixar de focar no futebol. Por exemplo, a gente tinha que treinar 8h da manhã, eu apostava em jogos da Austrália, da Coreia, que começavam duas 2h da manhã e acabavam 4h30, 5h manhã e aí ia dormir. Perdia a aposta e dormia poucas horas de sono e no outro tinha que treinar. Meu rendimento dentro de campo ia caindo. Teve uma época que percebi que tava desfocado, que eu ficava viciado: perdi, mas vou recuperar, perdi, mas vou recuperar, mas ia só perdendo, perdendo", disse, em entrevista ao ge.
Dodô admite que passou a pedir dinheiro emprestado e mentir sobre o destino do valor. O resultado disso foi o distanciamento do futebol e a queda na carreira, passando por clubes menores e não conseguindo se firmar. O motivo, segundo ele, é que os empréstimos feitos com colegas de elenco acabam rachando o grupo pela falta de pagamento por parte dele.
Segundo Dodô, o prejuízo com as apostas chegou a quase R$ 1 milhão. "Comecei a apostar com R$ 10, o valor mais alto que eu já apostei foi no jogo do Corinthians: R$ 50 mil. O Corinthians perdeu para o Racing, da Argentina, e foi quando eu perdi. Eu consegui ganhar, mas perdi. Hoje eu não tenho nada na conta, somando aquilo que eu tinha, cheguei num prejuízo de R$ 967 mil".
O jogador lembra que pegava dinheiro emprestado com os amigos, colegas de futebol. "Era para apostar e contava até história triste. Para você ter noção do nível que estava de pessoa ruim, de mentiroso. Eu aparentava ser uma pessoa normal, porque dava risada, brincava, no dia a dia estava tudo bem, só que ninguém nunca percebeu esse vício, a não ser a minha mãe, algumas outras pessoas mais próximas, mas de resto ninguém percebia. Eu não demonstrava, era uma pessoa tranquila, sorridente, que só brincava".
A maior perda de Dodô foi o convívio com pessoas da família. A mãe o acolheu e até fez um empréstimo para ajudar o filho a pagar as dívidas, atualmente na casa dos R$ 120 mil. O atacante diz que o apoio familiar foi fundamental. Ele não buscou ajuda profissional e atualmente trabalha como pedreiro, lavando casas e roupas.
"Perdi meu apartamento, tive que vender para poder pagar dívida de aposta. O carro tive que vender também para pagar dívida de aposta. O dinheiro de bicho que eu pegava era para pagar aposta. Eu tinha uma causa com o Bahia na Justiça, peguei um dinheiro bom também, tive que pagar aposta. Eu tinha uma quadra de areia com um outro sócio, vendi também para pagar aposta. Vendia as minhas chuteiras, vendi relógios. Sujei meu nome, tudo que você imaginar de valor eu perdi", lembra.
Aos poucos, a família perdeu a confiança nele. "Uma mãe que sempre me apoiou, mas com as apostas fui perdendo, não foram mais confiando em mim e acabei perdendo a mulher da minha vida, perdi a minha mãe, minha filha. A mãe da minha filha, que não é essa pessoa que eu falei, não me deixava ficar muito com a minha filha, porque ela tinha medo, mas entendo, ela queria proteger".
Atualmente sem clube, Dodô entrou em campo apenas duas vezes em 2025 durante a breve passagem pelo Campinense. O meia-atacante também tem feito jogos na várzea na região de Sertãozinho, no interior de São Paulo, para complementar a renda enquanto aguarda uma nova oportunidade no futebol.
"Muita gente está me ajudando. Minha mãe me aceitou de volta em casa. Mas eu ainda tenho essas dívidas, é muito complicado porque me atrapalha um pouco, mas sempre quando vejo falar sobre o jogo, essas coisas, eu saio de perto. Eu não dou muito conselho. Não é fácil, você sai do nada e com 24 anos ter perdido R$ 1 milhão em cinco anos".
Clássico do interior paulista termina em igualdade após gols de Mariana Santos e Vic Albuquerque em jogo movimentado pela fase de grupos do Brasileirão.
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Neste domingo (11), Ferroviária e Corinthians protagonizaram um confronto equilibrado na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, pela fase de grupos do Campeonato Brasileiro Feminino. O clássico terminou empatado em 1 a 1, com boas atuações de ambos os lados e um jogo marcado por intensidade e técnica.
O Ferroviária abriu o placar logo aos 24 minutos do primeiro tempo. Em uma bela jogada, Mariana Santos apareceu bem na área para completar para o gol, colocando as Grenás em vantagem.
No entanto, as Brabas reagiram apenas nos acréscimos. Vic Albuquerque cobrou um pênalti com precisão, acertando o ângulo da goleira do Ferroviária e empatando o jogo. O gol foi contestado pela equipe da casa, mas mesmo assim foi validado pelo juiz.
O segundo tempo foi marcado por muita disputa no meio-campo e chances criadas dos dois lados. As goleiras Lelê, do Corinthians, e Luciana, da Ferroviária, se destacaram com defesas importantes, garantindo que o placar permanecesse inalterado até o apito final. Apesar das tentativas, o empate refletiu fielmente o equilíbrio da partida.
Com o resultado, o Corinthians manteve a liderança de seu grupo, enquanto a Ferroviária segue firme na zona de classificação. O clássico reafirma o alto nível do futebol feminino brasileiro e a tradição dessas duas equipes que frequentemente disputam as primeiras posições da tabela.
Apesar das baixas, as Brabas busca vitória sobre a Ferroviária para se manter na briga pelo topo do Campeonato Brasileiro Feminino
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O Corinthians confirmou a equipe titular para a partida contra a Ferroviária, válida pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro Feminino. O duelo será neste domingo (11), às 16h, na Arena Barueri, com transmissão ao vivo pelo canal SporTV. A escalação definida pelo técnico Lucas Piccinato conta com: Nicole; Gi Fernandes, Thais Ferreira, Mariza e Tamires; Day Rodríguez, Duda Sampaio e Gabi Zanotti; Jaqueline, Andressa Alves e Jhonson.
A preparação para o confronto teve como desafio a ausência de seis jogadoras por problemas físicos. Uma das baixas é a goleira Lelê, e Thais Regina que trata uma lesão na coxa esquerda. As demais atletas também foram preservadas por precaução, exigindo do treinador mudanças estratégicas para manter a competitividade do time.
Apesar das ausências, o elenco alvinegro segue confiante, apostando na força coletiva e na experiência das atletas. O Corinthians vem fazendo uma campanha sólida na competição e precisa da vitória para seguir brigando nas primeiras posições da tabela.
O adversário da vez, a Ferroviária, é um dos mais tradicionais do futebol feminino nacional e sempre representa um confronto equilibrado. As Guerreiras Grenás também vêm com força total para tentar surpreender fora de casa, o que aumenta ainda mais a importância de uma atuação concentrada das corinthianas.
Com o apoio da torcida, o Timão busca mais três pontos fundamentais na caminhada rumo ao título do Brasileirão Feminino. A expectativa é de um grande jogo em Barueri, com muita entrega dentro de campo e a promessa de mais um capítulo marcante da história recente do futebol feminino do clube.
Apresentadora revela que filhos não terão herança automática e reforça importância de ensinar o valor do trabalho desde cedo
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Em entrevista ao podcast PodDelas, Angélica compartilhou como educa seus filhos, Joaquim (20), Benício (17) e Eva (12), sobre a importância do trabalho e a realidade financeira da família. A apresentadora enfatizou que, apesar do sucesso profissional de ela e de Luciano Huck, seus filhos sabem que o dinheiro não vem de herança, mas do esforço e dedicação dos pais.
“Eles veem que o dinheiro não está na árvore, ele está vindo por trabalho. E ninguém é herdeiro de nada, né? Foi tudo conquistado”, afirmou Angélica. Ela também relatou que, quando os filhos eram mais novos, limitava as compras em lojas de brinquedos para um único item, mesmo podendo oferecer mais. Essa abordagem visava ensinar o valor do dinheiro e a importância do planejamento.
Angélica destacou que seus filhos acompanham o trabalho árduo dos pais, que frequentemente viajam e dedicam longas horas ao trabalho. Ela acredita que essa vivência os ajuda a entender que o sucesso não é algo garantido, mas fruto de esforço contínuo.
Apesar de ser um tema delicado, especialmente com a filha mais nova, Eva, Angélica acredita que a educação financeira é essencial para preparar os filhos para a vida adulta. Ela enfatizou que, embora seja difícil, é importante que as crianças compreendam a realidade e aprendam a valorizar o trabalho
Essa abordagem de Angélica reflete um esforço consciente para criar filhos conscientes, responsáveis e preparados para os desafios da vida, longe da ideia de privilégios sem mérito.