Técnico do Corinthians Sub-17 comenta empate contra o São Paulo após polêmica no fim do jogo

O empate entre Corinthians e São Paulo por 1 a 1, nesta terça-feira (18), pelo Brasileirão Sub-17, terminou com protestos da comissão corinthiana. O motivo foi um gol não validado nos acréscimos, quando Julio César finalizou e a bola cruzou a linha, mas a arbitragem não assinalou. O lance gerou revolta no banco alvinegro.

Na súmula, o árbitro Guilherme Francisco Maciel da Silva e Rosário relatou que Alex Brasil, executivo da base corinthiana, invadiu o gramado e protestou com um celular em mãos, dizendo: "olha a merda que vocês fizeram". Em seguida, foi retirado por um diretor da CBF, com quem também discutiu: "vamos lá fora eu e você que a gente resolve", completou.

Essa não é a primeira vez que o nome de Alex Brasil aparece em súmulas após clássicos. Em outubro de 2024, após a eliminação no Paulistão Sub-20 diante do Palmeiras, ele foi citado por ameaças à arbitragem, incluindo tentativa de agressão verbal e incentivo a invasão de campo por seguranças do clube.

O histórico de conflitos do dirigente também se estende à passagem pelo Criciúma. Em 2023, ele foi suspenso por 60 dias após se envolver em uma confusão com o delegado da partida contra o Vila Nova, pela Série B. A pena acabou reduzida a 40 dias após recurso ao STJD.

Sem VAR no Brasileirão Sub-17, a decisão de validar ou não o lance coube à arbitragem. Após a partida, o técnico Raphael Laruccia também comentou o episódio, afirmando que o lance foi determinante para o resultado. O Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira (26), contra o Atlético-MG.

Pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro Sub-17, o Corinthians empatou com o São Paulo por 1 a 1, na tarde desta terça-feira (18), no Parque São Jorge. O gol do Timãozinho foi marcado por Kayque Dallaqua, no segundo tempo. A partida teve um lance polêmico no fim, quando um gol da equipe alvinegra não foi validado pela arbitragem.

A equipe do Corinthians foi escalada com Gustavo Milani; Cauã Souza, Pedro Paulo, Iago Machado e Ronaldo; Victor Calderan, Lucca Caramico e Guilherme Amorim; Kauê Furquim, Cristian e Gui Bom. No banco de reservas estavam disponíveis para o técnico Raphael Laruccia os atletas Pietro, Rafael Guarnieri, Dante, Julio César, entre outros.

O São Paulo saiu na frente no primeiro tempo com um gol de Leo. O Corinthians teve boas oportunidades com Kaio Vinícius e Gui Amorim, mas parou no goleiro tricolor. No segundo tempo, o Timãozinho voltou com mais presença ofensiva e empatou com Kayque Dallaqua, após rebote dentro da área.

Aos 45 minutos da segunda etapa, Julio César balançou as redes em lance que gerou contestação. A bola aparentou ultrapassar completamente a linha do gol, mas o árbitro não validou a jogada, mantendo o empate no placar.

O Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira (26), às 15h, contra o Atlético Mineiro, fora de casa, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro Sub-17. O confronto acontecerá no SESC Venda Nova, em Belo Horizonte.

As categorias de base do Corinthians enfrentam uma crise de gestão que tem gerado críticas internas e externas. Um dos principais pontos de tensão é a permanência de diversos jogadores, filhos de conselheiros e patrocinadores, que seguem integrando os elencos de formação sem sequer serem relacionados para partidas oficiais. A situação se agravou após a nova diretoria, liderada por Carlos Roberto Auricchio, assumir o departamento e identificar um cenário de inchaço e desorganização.

Segundo o dirigente, o número de atletas contratados nos últimos anos é incompatível com a estrutura disponível. Desde o início de 2024, foram incorporados 87 jogadores às categorias de base, muitos deles sem o devido critério técnico. A maioria permanece sem oportunidades reais de jogo, o que compromete o desenvolvimento esportivo e sobrecarrega os treinamentos. Técnicos relatam dificuldades para organizar atividades, sendo obrigados a dividir campos entre três grupos simultaneamente.

A nova gestão já iniciou um processo de reestruturação, com o objetivo de reduzir o número de atletas e restabelecer critérios técnicos para permanência. A extinção das categorias sub-16 e sub-18 do Corinthians, criadas na gestão anterior, foi uma das primeiras medidas adotadas. A justificativa é a ausência de torneios oficiais e a falta de perspectiva de aproveitamento desses jogadores no futuro.

Luis Paulo, filho de Paulo Rogério Pinheiro Júnior também faz parte das categorias de base do Timão. Com 19 anos, fez sua maior parte no Corinthians, no entanto, saiu do clube e retornou. Foi inscrito no Paulista Sub-20 mas não jogou e não foi inscrito no Brasileiro que tem vagas ilimitadas. Embora o Corinthians afirme que a contratação seguiu critérios técnicos, a ausência de convocações para jogos levanta dúvidas sobre a real motivação da inclusão.

Marcos Abdo é filho de Marcos Coelho Abdo, outro nome ligado a Augusto Melo. Como Luis, o atacante não joga até porque nem inscrito nas competições ele foi.

A diretoria atual pretende renegociar contratos e promover dispensas amigáveis, evitando ações judiciais e custos adicionais. O objetivo é enxugar o elenco e garantir que apenas atletas com potencial real permaneçam. A expectativa é que, com a reorganização, o clube volte a formar talentos com qualidade e retome sua tradição como celeiro de craques. A pressão por transparência e meritocracia cresce entre torcedores e conselheiros.