Vídeo mostra desabafo de auxiliar do Corinthians após classificação na Libertadores; veja

O Corinthians oficializou, nesta quinta-feira (27), a contratação de Fabrizio Angileri. O lateral-esquerdo argentino assinou contrato válido até dezembro de 2025 e se tornou o primeiro reforço do clube para a temporada.

Angileri chega para reforçar um setor que tem sido um desafio para o técnico Ramón Díaz, que ainda busca definir um titular absoluto na posição. O jogador disputará vaga com Diego Palácios, Hugo Farias e Matheus Bidu.

Nascido em Mendoza, na Argentina, Angileri iniciou sua trajetória no futebol nas categorias de base do Gimnasia y Esgrima e passou por San Martín de Mendoza e Boca Juniors antes de chegar ao Godoy Cruz. No início da carreira, atuava como ponta, mas foi recuado para a lateral esquerda na segunda temporada como profissional.

A estreia como jogador profissional aconteceu aos 18 anos, em um empate por 1 a 1 contra o All Boys. Sua passagem pelo Godoy Cruz foi marcada por boas atuações ofensivas e segurança defensiva, chamando a atenção de clubes sul-americanos. Com a camisa do clube argentino, disputou 109 jogos, marcou quatro gols e deu 19 assistências. Em 2018, ajudou sua equipe a conquistar o vice-campeonato argentino.

Em março de 2019, foi contratado pelo River Plate a pedido do técnico Marcelo Gallardo. Inicialmente reserva, ganhou espaço e viveu seu melhor momento na carreira. Defendendo o clube de Buenos Aires, participou de 68 jogos, com 13 assistências e quatro gols, além de conquistar títulos importantes, como a Recopa Sul-Americana, a Supercopa da Argentina, a Copa da Argentina e o Campeonato Argentino.

No entanto, sua passagem pela Europa não teve o mesmo brilho. Em julho de 2022, Angileri se transferiu para o Getafe, da Espanha. No clube espanhol, enfrentou dificuldades para se firmar e chegou a ser afastado por seis meses após não aceitar uma renovação contratual. Nos últimos meses, também perdeu espaço por questões técnicas. No total, disputou apenas 27 partidas, sendo a última em maio de 2024. Com isso, o lateral chega ao Corinthians sem atuar profissionalmente há mais de nove meses.

Angileri é um lateral com características ofensivas marcantes, reflexo de sua formação como atacante. Ele se destaca pelo bom apoio ao ataque, qualidade nos cruzamentos e capacidade de sair da pressão adversária. Defensivamente, evoluiu sob o comando de Gallardo, mas ainda precisa melhorar na cobertura de profundidade. Em contrapartida, é um defensor agressivo em duelos individuais e forte no jogo aéreo.

O jogador assinou com o Corinthians sem custos, após rescindir contrato com o Getafe. Sua multa rescisória foi estabelecida em R$ 300 milhões para o futebol nacional e 100 milhões de euros para o exterior. A contratação de Angileri foi um pedido direto de Ramón Díaz, que teve papel fundamental para que o Timão superasse a concorrência de outros clubes interessados.

Com sua chegada, o Corinthians passa a contar com nove estrangeiros no elenco. Além de Angileri, o clube tem Diego Palácios e Félix Torres (Equador), José Martínez (Venezuela), Rodrigo Garro (Argentina), Ángel Romero (Paraguai), Hector Hernández (Espanha), Memphis Depay (Países Baixos) e André Carrillo (Peru).

O Mirassol enfrenta um grande desafio neste domingo ao tentar quebrar um tabu histórico contra o Corinthians. A equipe do interior paulista nunca venceu o Timão e busca sua primeira vitória no confronto direto em partida decisiva pelas quartas de final do Campeonato Paulista. O duelo está marcado para as 18h30, na Neo Química Arena, em jogo único que definirá um dos semifinalistas da competição.

O Corinthians é o único dos quatro grandes clubes do estado que ainda não foi derrotado pelo Mirassol. O Leão já superou Palmeiras (três vezes), São Paulo e Santos em uma ocasião cada, mas nunca conseguiu vencer o Alvinegro. Ao todo, os times se enfrentaram 13 vezes pelo Paulistão, com nove vitórias corinthianas e quatro empates.

O único encontro entre as equipes fora da fase de grupos do estadual aconteceu em 2021, quando o Corinthians levou a melhor ao vencer por 1 a 0 na semifinal da competição.

Além do desafio de encerrar o incômodo retrospecto contra o Timão, o Mirassol entra em campo sob pressão por uma sequência negativa de resultados. A equipe não vence há seis partidas, somando um empate e cinco derrotas, o que aumenta a necessidade de uma atuação impecável para avançar de fase no Paulistão.

Já o Corinthians, embalado por sua classificação na pré-Libertadores, busca manter sua invencibilidade diante do Mirassol e garantir sua presença na próxima fase do torneio estadual. O vencedor do confronto seguirá para as semifinais, dando mais um passo em busca do título paulista.

A presença do jovem atacante Alexander Granko, de apenas 16 anos, na equipe da Universidad Central de Venezuela (UCV), adversária do Corinthians na pré-Libertadores, chamou a atenção não apenas pela sua idade, mas também por ligações políticas que geram grande polêmica.

Granko é filho de Alexander Enrique Granko Arteaga, presidente da UCV e coronel da Direção de Contrainteligência Militar (DGCIM) da Venezuela. Ele é acusado de liderar o órgão de repressão do regime de Nicolás Maduro e tem seu nome envolvido em relatórios de violações de direitos humanos documentados pela Missão de Apuração de Fatos das Nações Unidas (ONU). Segundo o jornal El Pais, Granko Arteaga é conhecido como o “torturador” e “açougueiro” de Maduro, tendo recebido sanções de países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e membros da União Europeia.

Um dos relatórios da ONU, publicado em 2022, detalha que Granko Arteaga teria participado diretamente de sessões de tortura, muitas vezes sem cobrir o rosto, ameaçando, espancando e aplicando atos de violência extrema contra prisioneiros políticos. Ele é apontado como responsável por ordenar e supervisionar atos de violência sexual e choques elétricos em detidos.

Na terça-feira, véspera do jogo de volta entre UCV e Corinthians, o grupo Realidad Helicoid, que denuncia casos de tortura em El Helicoide, uma prisão em Caracas, criticou a Conmebol por permitir que a equipe venezuelana usasse em seu uniforme o símbolo da Divisão de Assuntos Especiais (DAE), órgão vinculado a Granko Arteaga. Em uma postagem no Instagram, o grupo afirmou: "Não existem objetivos suficientes para encobrir os crimes contra a humanidade cometidos na Venezuela".

Na partida disputada em São Paulo, na quarta-feira, a UCV acabou retirando o distintivo da DAE de sua camisa, depois de tê-lo utilizado no jogo de ida. A polêmica também se estendeu ao “Team Espartanos”, conglomerado esportivo vinculado a Granko Arteaga, que também faz uso do logotipo.

A publicação do Realidad Helicoid ainda criticou a Conmebol e a FIFA, alegando que os princípios éticos do futebol estão sendo desrespeitados: "Exijamos que o futebol seja um espaço de justiça e dignidade, e não um refúgio para aqueles que perpetram o horror. O código de ética da FIFA e da Libertadores está sendo violado e os crimes contra a humanidade na Venezuela buscam ser normalizados. Não vamos permitir isso".

Segundo o grupo, desde 28 de julho de 2024, mais de 2 mil presos políticos foram detidos arbitrariamente e ao menos 25 pessoas foram assassinadas sob o regime de Maduro. A polêmica levanta questionamentos sobre o envolvimento do futebol com figuras políticas e a necessidade de maior fiscalização sobre os clubes participantes de competições internacionais.