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Augusto Melo, ex-presidente do Corinthians, divulgou uma nota de repúdio após notícia do UOL Esporte
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Aliados do presidente afastado Augusto Melo, entraram com uma ação judicial na Vara Cível do Foro Regional VIII do Tatuapé, em São Paulo, buscando validar um ato realizado no Parque São Jorge. O grupo, que é composto por conselheiros como Mario Mello, Ronaldo Fernandez Tomé, Maria Ângela de Sousa Ocampos e Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos, moveu um processo contra Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, o presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile, e o próprio clube.
A ação tem como objetivo confirmar a "vigência imediata" da decisão da Comissão de Ética e Disciplina, que teria afastado Romeu Tuma da presidência do Conselho Deliberativo no dia 9 de abril. Com isso, os aliados de Augusto Melo defendem que Maria Ângela seja empossada como presidente interina do órgão.
No último dia 31 de maio, Augusto Melo tentou reassumir a presidência do Corinthians por meio de um documento assinado por Maria Ângela, que se declarou presidente interina do Conselho Deliberativo. Ela alegou que Romeu Tuma deveria estar afastado e que seu sucessor imediato, Roberson de Medeiros, conhecido pelo apelido de "Dunga", estava de licença médica. Com isso, Maria Ângela anulou todos os atos conduzidos por Tuma desde o dia 9 de abril, incluindo a votação que aprovou o impeachment de Augusto Melo pelo caso VaideBet.
Os aliados de Augusto Melo fundamentam sua ação nos artigos 28, letras D e E, e 30 do estatuto do Corinthians. No entanto, especialistas apontam que esses artigos se aplicam aos associados do clube social, e não aos conselheiros eleitos. Além disso, Rodrigo Bittar, membro da Comissão de Ética, expôs irregularidades no ato liderado por Augusto Melo e votou contra o afastamento de Tuma na reunião de abril.
Osmar Stabile, atual presidente interino do Corinthians, não reconheceu o documento apresentado por Augusto Melo e se recusou a deixar o cargo. Ele esteve presente no treino da equipe no CT Dr. Joaquim Grava e conversou brevemente com a imprensa sobre o caso.
O imbróglio jurídico continua, e a Justiça deverá decidir sobre a validade das ações tomadas pelos aliados de Augusto Melo. Enquanto isso, o Corinthians segue administrando a crise política que envolve sua diretoria e Conselho Deliberativo.
O Timão, Santos, Grêmio e Atlético-MG devem mais de R$ 40 milhões ao Dourado Auriverde, e clube acusa falta de responsabilidade financeira no futebol brasileiro
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O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, veio a público cobrar mais de R$ 40 milhões que, segundo ele, são devidos ao clube por Corinthians, Santos, Grêmio e Atlético-MG. A principal reclamação recai sobre o Corinthians, que contratou o volante Raniele no início de 2024 por 2,5 milhões de euros, mas teria quitado apenas a primeira parcela do acordo. A dívida atual, com multas, já ultrapassa R$ 13 milhões.
Dresch afirmou que o clube buscou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), ligada à CBF, para garantir o cumprimento do contrato. Segundo ele, o Cuiabá tentou negociar, mas não aceita abrir mão do valor total acordado. O dirigente ainda disparou contra a postura do Corinthians, dizendo que é um “golpe no futebol brasileiro” continuar contratando enquanto há débitos com outros clubes.
O presidente do Dourado criticou fortemente o fato de o Corinthians seguir investindo alto em contratações, como no caso de Memphis Depay, sem regularizar dívidas pendentes. Ele defendeu a criação de mecanismos mais rígidos para impedir que clubes inadimplentes utilizem atletas contratados sem pagamento integral, o que, segundo ele, prejudica equipes menores financeiramente.
Além do Corinthians, o Santos também é cobrado por pendências referentes ao atacante Joaquim, enquanto Atlético-MG e Grêmio devem valores relacionados a outras negociações. Dresch reforçou que o total acumulado de dívidas supera R$ 40 milhões e que isso compromete o planejamento financeiro do Cuiabá, clube que depende diretamente da regularidade desses pagamentos.
Até o presente momento a diretoria do Corinthians não se posicionou sobre as alegações de Cristiano Dresch e da dívida contratual. O caso, no entanto, segue gerando polêmica e tensão entre as partes envolvidas.
A principal torcida organizada do alvinegro, que inicialmente apoiou a candidatura à presidência de Melo, passou a cobrar explicações sobre a sua administração
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A principal torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, se manifestou sobre o apoio dado a Augusto Melo durante sua campanha para a sua presidência do clube. Diante dos recentes acontecimentos e da crise administrativa que envolve o mandatário, a torcida foi questionada se havia arrependimento em relação ao suporte oferecido na eleição.
Em entrevista, representantes da Gaviões afirmaram que o grupo sempre buscou o melhor para o Corinthians e que o apoio a Augusto Melo foi baseado em promessas de mudanças estruturais e maior transparência na gestão. No entanto, com os desdobramentos do caso VaideBet e os problemas internos do clube, a torcida passou a cobrar explicações e medidas concretas para solucionar a crise.
A Gaviões da Fiel destacou que sua prioridade é a defesa dos interesses do Corinthians e que, independentemente de quem esteja na presidência, a torcida sempre se posicionará contra decisões que prejudiquem o clube. Nos últimos meses, o grupo tem pressionado a diretoria por mais clareza nas ações e exigido respostas sobre as denúncias que envolvem Augusto Melo.
Além disso, a torcida organizada não se opôs ao processo de impeachment do presidente, deixando claro que sua postura mudou diante dos acontecimentos recentes. A Gaviões reforçou que não compactua com irregularidades e que continuará fiscalizando a gestão do clube para garantir que o Timão siga um caminho de estabilidade e crescimento.
O afastamento de Augusto Melo da presidência foi um dos momentos mais marcantes da crise corintiana. A votação do Conselho Deliberativo aprovou o processo de impeachment, e agora o futuro do clube depende da decisão dos associados. A Gaviões da Fiel continuará acompanhando de perto os desdobramentos e reafirma seu compromisso com a instituição.
Com um histórico de luta e participação ativa na política do clube, a torcida organizada deixa claro que seu apoio não é incondicional e que qualquer dirigente deve estar alinhado com os interesses do Corinthians. O momento é de incerteza, mas a Gaviões da Fiel segue firme na defesa do seu clube do coração.
As empresas envolvidas estão atentas para a decisão do clube do Parque São Jorge que pode aliviar as dívidas com um novo contrato
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O Corinthians está diante de uma decisão crucial sobre seu futuro comercial: manter a parceria de mais de 20 anos com a Nike ou avançar nas negociações com a Adidas. A diretoria do clube analisa os riscos jurídicos envolvidos na possível rescisão do contrato atual, que tem validade até 2029, antes de tomar qualquer decisão definitiva.
A proposta da Adidas é atrativa, oferecendo um contrato de R$ 700 milhões garantidos em dez anos, com gatilhos que podem elevar o valor para R$ 1 bilhão. Além disso, a empresa alemã promete um tratamento de elite ao Corinthians, semelhante ao que oferece a clubes europeus como Real Madrid, Bayern de Munique e Manchester United.
Por outro lado, a Nike manifestou interesse em continuar como fornecedora oficial do clube e está disposta a renegociar os termos do contrato para torná-lo mais vantajoso para ambas as partes. A empresa norte-americana já iniciou conversas com a diretoria corintiana para discutir uma possível extensão do vínculo e evitar um rompimento precoce.
Um dos principais desafios para a troca de fornecedora é a questão jurídica. A Nike renovou de forma automática o contrato no final de 2024 na gestão de Augusto Melo, o que pode gerar implicações legais caso o Corinthians decida por encerrar a parceria antes do prazo estipulado. Além disso, a produção dos uniformes para 2026 já está em andamento, o que pode dificultar uma transição imediata para a Adidas.
Outro ponto relevante envolve os produtos licenciados, pelos quais a Nike recebe uma parte dos lucros. Caso o clube decida romper o contrato, será necessário avaliar o impacto financeiro dessa decisão e considerar o pagamento de multas contratuais.
A diretoria corintiana busca uma solução que minimize riscos e maximize benefícios. O Conselho de Orientação do clube está envolvido na análise da proposta da Adidas e na avaliação dos impactos jurídicos de uma possível rescisão com a Nike.
A decisão final ainda não foi tomada, mas o Corinthians está ciente da importância desse movimento estratégico. A escolha entre Nike e Adidas pode impactar não apenas as finanças do clube, mas também sua identidade e posicionamento no mercado esportivo. Nos próximos dias, novas reuniões devem ocorrer para definir o futuro da parceria comercial do Timão.