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Ex-presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians ataca Augusto Melo: "Tentativa de um golpe"
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A crise política no Corinthians ganhou novos contornos nesta segunda-feira, 2 de junho, quando membros da Comissão de Justiça e do Conselho de Orientação do clube classificaram como "ilegítima" a tentativa de retorno de Augusto Melo à presidência. Em carta divulgada, os conselheiros afirmaram que o movimento liderado por Melo, afastado após processo de impeachment, não possui respaldo no estatuto do clube.
A controvérsia teve início no sábado, quando a conselheira Maria Angela de Souza Ocampos declarou ter assumido a presidência do Conselho Deliberativo, alegando uma decisão de abril do Conselho de Ética que afastaria o então presidente Romeu Tuma Júnior. Com base nessa suposta mudança, Maria Angela anulou decisões recentes de Tuma, incluindo a reunião que aprovou o impeachment de Augusto Melo, e reconduziu Melo ao cargo.
No entanto, a carta dos conselheiros destaca que a Justiça já analisou e rejeitou as alegações dos opositores de Tuma. Além disso, afirmam que o Conselho de Ética não possui autoridade para afastar o presidente do Conselho Deliberativo, limitando-se a emitir pareceres em processos disciplinares. Dessa forma, consideram inválidas as ações que tentaram restituir Melo à presidência do Corinthians.
Apesar da tentativa de retorno, o presidente interino Osmar Stabile permanece no cargo, conforme decisão do Conselho Deliberativo. A situação gerou tensão no Parque São Jorge, com a presença de torcedores organizados na sala da presidência e a necessidade de intervenção da Polícia Militar para garantir a segurança.
A instabilidade política no Corinthians continua a preocupar torcedores e membros do clube, que aguardam desdobramentos e possíveis decisões judiciais sobre a legitimidade das ações recentes. Enquanto isso, a gestão interina busca manter a estabilidade administrativa e o foco nas atividades esportivas do clube.
Os manifestantes alegam que o Corinthians vem sendo prejudicado por gestões incompetentes e omissas, que acumulam dívidas enormes
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Durante invasão de torcedores organizados ao Parque São Jorge, sede social do Corinthians, na tarde desta terça-feira, 3, uma grande faixa foi estendida no portão com a mensagem: “Luto, fechado por má administração”.
Os manifestantes alegam que o Corinthians vem sendo prejudicado por gestões incompetentes e omissas, que acumulam dívidas e afastam o clube de sua essência popular. Entre as principais reivindicações, destacam-se a alteração do estatuto para permitir que o programa Fiel Torcedor tenha direito a voto, além da punição de dirigentes responsáveis por problemas financeiros do clube. O protesto também rejeita a volta de grupos políticos que, segundo os organizadores, contribuíram para a crise administrativa do Timão.
A mobilização ocorreu em meio a um período de instabilidade política no clube. Recentemente, o presidente Augusto Melo foi afastado do cargo após um processo de impeachment, mas tenta reassumir a posição com apoio de aliados no Conselho Deliberativo. Esse cenário de disputa interna tem gerado revolta entre os torcedores, que veem a situação como um reflexo da falta de governança e planejamento dentro do Corinthians.
A diretoria do Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ato, mas a pressão dos torcedores pode influenciar futuras decisões administrativas. A expectativa é que o Conselho Deliberativo analise as demandas apresentadas e busque soluções para os problemas apontados pelos manifestantes.
As torcidas organizadas da Gaviões da Fiel, Camisa 12, Pavilhão Nove, Estopim da Fiel, Coringão Chopp e Fiel Macabra estiveram presentes na manifestação desta terça-feira. A Polícia Militar esteve presente no Parque São Jorge, mas não houve informações de ocorrências durante o protesto.
Turbulência política é o motivo para invasão de organizadas que afirmam não aguentar mais toda a situação que o clube se encontra
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O Parque São Jorge, a sede social do Corinthians, foi palco de um protesto nesta terça-feira. Torcidas organizadas do clube, incluindo Gaviões da Fiel, Camisa 12, Pavilhão Nove, Estopim da Fiel, Coringão Chopp e Fiel Macabra, se reuniram para exigir mudanças na gestão do clube. O ato, que ocorreu de forma pacífica, teve como objetivo pressionar a diretoria por reformas estruturais e uma maior transparência na administração.
Os manifestantes alegam que o Corinthians vem sendo prejudicado por gestões incompetentes e omissas, que acumulam dívidas e afastam o clube de sua essência popular. Entre as principais reivindicações, destacam-se a alteração do estatuto para permitir que o programa Fiel Torcedor tenha direito a voto, além da punição de dirigentes responsáveis por problemas financeiros do clube. O protesto também rejeita a volta de grupos políticos que, segundo os organizadores, contribuíram para a crise administrativa do Timão.
A mobilização ocorre em meio a um período de instabilidade política no clube. Recentemente, o presidente Augusto Melo foi afastado do cargo após um processo de impeachment, mas tenta reassumir a posição com apoio de aliados no Conselho Deliberativo. Esse cenário de disputa interna tem gerado revolta entre os torcedores, que veem a situação como um reflexo da falta de governança e planejamento dentro do Corinthians.
A invasão ao Parque São Jorge foi organizada de maneira estratégica, com os torcedores ocupando a sede social e trancando os portões. A ação chamou a atenção da imprensa e das redes sociais, gerando debates sobre o futuro do clube e a necessidade de mudanças urgentes. Apesar da tensão, o protesto ocorreu sem registros de violência, reforçando o caráter pacífico da manifestação.
A diretoria do Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ato, mas a pressão dos torcedores pode influenciar futuras decisões administrativas. A expectativa é que o Conselho Deliberativo analise as demandas apresentadas e busque soluções para os problemas apontados pelos manifestantes. A crise política do clube tem sido um dos principais temas discutidos entre conselheiros e dirigentes, e a mobilização das organizadas reforça a necessidade de respostas concretas.
Enquanto isso, o Corinthians segue sua rotina dentro de campo, preparando-se para os próximos desafios no Brasileirão. No entanto, a instabilidade nos bastidores pode impactar o desempenho da equipe, tornando essencial que a diretoria encontre um caminho para estabilizar a gestão e recuperar a confiança da torcida. O protesto no Parque São Jorge é um sinal claro de que os torcedores não aceitarão mais decisões que prejudiquem o clube.
Ações promovidas pelo ex-presidente do clube do Parque São Jorge, foram classificadas como um dos dias mais vergonhosos da história do Timão
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Nesta terça-feira (03), lideranças políticas de chapas, opositores e outros membros importantes da política do Corinthians, fizeram um manifesto contra as ações do ex-presidente do Timão, Augusto Melo. Em documento assinado por nomes como Andrés Sánchez, Rubens Gomes (Rubão), Alexandre Husni, Ricardo Sena, Ademir Benedito e Fabio Petrillo, a carta foi classificada como o dia mais vergonhoso da história do clube.
Lideranças políticas do Corinthians fazem ataque a Augusto Melo: "Ataque vergonhoso"
"Um ataque histórico, triste e vergonhoso ao Sport Club Corinthians Paulista
O 31 de maio de 2025, infelizmente, será lembrado como o dia mais vergonhoso da centenária história corinthiana.
A invasão sem precedentes à sede administrativa do Sport Club Corinthians Paulista por um grupo de associados liderados pelo presidente afastado, Augusto Melo, causou indignação não apenas pela violência e desordem, mas também pela clara violação dos princípios e deveres previstos no Estatuto Social do clube.
Tal episódio, que contou com todos os ingredientes de um golpe, não apenas prejudica a imagem do Corinthians perante a sociedade, mas também fere diretamente o espírito de civilidade, respeito e responsabilidade que deve nortear a conduta de todos os que fazem parte da instituição.
De acordo com o Artigo 24 do Estatuto do clube, os associados têm obrigações claras, como cumprir fielmente as normas internas (inciso B) e zelar pelo patrimônio do Corinthians (inciso E). As atitudes de quem participa de invasões, depredações ou intimida funcionários e dirigentes são incompatíveis com esses deveres e demonstram completo desrespeito à história e aos valores da agremiação.
Ainda segundo o mesmo artigo, também é dever do associado manter conduta adequada nas dependências do clube (inciso C), tratar com urbanidade todos os frequentadores e funcionários (inciso F), e, principalmente, não manchar a imagem do clube por qualquer meio (inciso H). As imagens e relatos da invasão foram amplamente divulgados na mídia, gerando prejuízos à reputação do Corinthians e alimentando conflitos que enfraquecem a união entre torcedores e dirigentes.
O Estatuto prevê penalidades para tais comportamentos. O Artigo 25 estabelece sanções como advertência escrita, suspensão e até desligamento, garantindo o direito de defesa aos acusados. Já o Artigo 27 prevê que é passível de suspensão qualquer associado que reincida em infrações, tenha comportamento agressivo ou pratique atos condenáveis, como os que ocorreram durante a invasão.
Além disso, é importante destacar que Augusto Melo tentou orquestrar um golpe institucional ao se recusar a acatar a decisão soberana do Conselho Deliberativo, que em 26/05/2025 votou e aprovou seu afastamento por meio de um processo de destituição. Para tanto, o presidente afastado utilizou pessoas que o apoiam na tentativa de reverter, de maneira ilegítima e à revelia do Estatuto, uma decisão colegiada e soberana. Nenhuma articulação feita na calada da noite pode se sobrepor à vontade do Conselho, órgão máximo nas decisões do clube.
Dessa forma, é fundamental que todos os órgãos atuem com firmeza e transparência na apuração dos fatos, responsabilizando exemplarmente os envolvidos. Mais do que uma questão disciplinar, trata-se de preservar a integridade de uma instituição centenária, que representa milhões de torcedores apaixonados e precisa ser um exemplo de organização, respeito às regras e espírito esportivo.
Em tempos de intolerância e radicalismo, o Corinthians deve reafirmar seu compromisso com a democracia interna, o diálogo e o respeito à sua história e à sua torcida. O Estatuto é mais do que um documento jurídico: é o contrato moral que une todos os corinthianos em torno de um ideal maior — o amor pelo clube.