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Advogado deixa Augusto Melo após invasão do ex-presidente à sede do Corinthians no último sábado

O presidente afastado do Timão, Augusto Melo, confirmou a saída do advogado Ricardo Cury de sua defesa e anunciou que será representado por José Eduardo Cardozo

Augusto Melo foi abandonado por seu advogado após invadir o Parque São Jorge no último sábado - Foto: Reprodução
Augusto Melo foi abandonado por seu advogado após invadir o Parque São Jorge no último sábado - Foto: Reprodução

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Augusto Melo comunicou nesta segunda-feira que Ricardo Cury não integra mais sua defesa no processo de impeachment do Corinthians. O dirigente passará a ser representado por José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça de Dilma Rousseff.


Cury atuava na equipe jurídica de Melo desde a campanha eleitoral de 2023 e acompanhou o presidente afastado em duas coletivas de imprensa após o indiciamento por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado pelo abuso de confiança.


José Eduardo Cardozo, que já atuava em questões pontuais da defesa, tentou obter uma liminar para suspender a votação do impeachment, mas o pedido foi indeferido. O Conselho Deliberativo aprovou a destituição de Melo por 176 votos a 57.


Apesar da votação, a decisão ainda precisa ser confirmada pela Assembleia de Sócios, marcada para o dia 9 de agosto. Até lá, Augusto Melo segue afastado, mas tem buscado reverter a situação com medidas judiciais.

Por meio de sua assessoria, Augusto Melo afirmou: “Afirmo que, se necessário for, lutarei com todas as minhas forças, até as últimas instâncias deliberativas do nosso clube ou da Justiça brasileira, para manter o mandato para o qual fui democraticamente eleito”.



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Lideranças políticas do Corinthians fazem ataque a Augusto Melo: "Ataque vergonhoso"

Ações promovidas pelo ex-presidente do clube do Parque São Jorge, foram classificadas como um dos dias mais vergonhosos da história do Timão

Ações promovidas pelo ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, úne lideranças contra ex-mandatário - Foto: Iúri Medeiros/Itatiaia
Ações promovidas pelo ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, úne lideranças contra ex-mandatário - Foto: Iúri Medeiros/Itatiaia

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Nesta terça-feira (03), lideranças políticas de chapas, opositores e outros membros importantes da política do Corinthians, fizeram um manifesto contra as ações do ex-presidente do Timão, Augusto Melo. Em documento assinado por nomes como Andrés Sánchez, Rubens Gomes (Rubão), Alexandre Husni, Ricardo Sena, Ademir Benedito e Fabio Petrillo, a carta foi classificada como o dia mais vergonhoso da história do clube.


Lideranças políticas do Corinthians fazem ataque a Augusto Melo: "Ataque vergonhoso"


"Um ataque histórico, triste e vergonhoso ao Sport Club Corinthians Paulista


O 31 de maio de 2025, infelizmente, será lembrado como o dia mais vergonhoso da centenária história corinthiana.

A invasão sem precedentes à sede administrativa do Sport Club Corinthians Paulista por um grupo de associados liderados pelo presidente afastado, Augusto Melo, causou indignação não apenas pela violência e desordem, mas também pela clara violação dos princípios e deveres previstos no Estatuto Social do clube.


Tal episódio, que contou com todos os ingredientes de um golpe, não apenas prejudica a imagem do Corinthians perante a sociedade, mas também fere diretamente o espírito de civilidade, respeito e responsabilidade que deve nortear a conduta de todos os que fazem parte da instituição.

De acordo com o Artigo 24 do Estatuto do clube, os associados têm obrigações claras, como cumprir fielmente as normas internas (inciso B) e zelar pelo patrimônio do Corinthians (inciso E). As atitudes de quem participa de invasões, depredações ou intimida funcionários e dirigentes são incompatíveis com esses deveres e demonstram completo desrespeito à história e aos valores da agremiação.

Ainda segundo o mesmo artigo, também é dever do associado manter conduta adequada nas dependências do clube (inciso C), tratar com urbanidade todos os frequentadores e funcionários (inciso F), e, principalmente, não manchar a imagem do clube por qualquer meio (inciso H). As imagens e relatos da invasão foram amplamente divulgados na mídia, gerando prejuízos à reputação do Corinthians e alimentando conflitos que enfraquecem a união entre torcedores e dirigentes.

O Estatuto prevê penalidades para tais comportamentos. O Artigo 25 estabelece sanções como advertência escrita, suspensão e até desligamento, garantindo o direito de defesa aos acusados. Já o Artigo 27 prevê que é passível de suspensão qualquer associado que reincida em infrações, tenha comportamento agressivo ou pratique atos condenáveis, como os que ocorreram durante a invasão.

Além disso, é importante destacar que Augusto Melo tentou orquestrar um golpe institucional ao se recusar a acatar a decisão soberana do Conselho Deliberativo, que em 26/05/2025 votou e aprovou seu afastamento por meio de um processo de destituição. Para tanto, o presidente afastado utilizou pessoas que o apoiam na tentativa de reverter, de maneira ilegítima e à revelia do Estatuto, uma decisão colegiada e soberana. Nenhuma articulação feita na calada da noite pode se sobrepor à vontade do Conselho, órgão máximo nas decisões do clube.

Dessa forma, é fundamental que todos os órgãos atuem com firmeza e transparência na apuração dos fatos, responsabilizando exemplarmente os envolvidos. Mais do que uma questão disciplinar, trata-se de preservar a integridade de uma instituição centenária, que representa milhões de torcedores apaixonados e precisa ser um exemplo de organização, respeito às regras e espírito esportivo.

Em tempos de intolerância e radicalismo, o Corinthians deve reafirmar seu compromisso com a democracia interna, o diálogo e o respeito à sua história e à sua torcida. O Estatuto é mais do que um documento jurídico: é o contrato moral que une todos os corinthianos em torno de um ideal maior — o amor pelo clube.


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Ex-presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians ataca Augusto Melo: "Tentativa de um golpe"

Ex-mandatário corintiano, esteve junto com aliados no último final de semana, tentando reassumir a presidência do clube do Parque São Jorge

Ex-mandatário do Corinthians, esteve com aliados no último final de semana, tentando reassumir a presidência do clube - Foto: Reprodução/Globo
Ex-mandatário do Corinthians, esteve com aliados no último final de semana, tentando reassumir a presidência do clube - Foto: Reprodução/Globo

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Nesta terça-feira (03), o ex-presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, enviou uma carta aos conselheiros do clube do Parque São Jorge, classificando os atos do último sábado, envolvendo o ex-mandatário corintiano, Augusto Melo, como: "Tentativa de golpe".


Confira na íntegra a carta de Romeu Tuma Júnior sobre os incidentes que ocorreram na sede do Corinthians, no Parque São Jorge.


"Prezados(as) Conselheiros(as),


Acredito ser oportuno me manifestar, formalmente, aos meus pares, que me elegeram Presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, em relação aos lamentáveis episódios vivenciados no último sábado no Parque São Jorge, em que membros da antiga gestão do clube falharam na tentativa de um golpe, usando para tanto uma suposta decisão de afastamento deste Presidente, absolutamente descabida, sem efeitos e inexistente no mundo jurídico-administrativo.

1) Inexistência de decisão a se cumprir.


Não há conteúdo decisório na suposta reunião do dia 09/04/25. Tanto que nunca fui notificado de qualquer espécie de afastamento das minhas funções e, após rumores na imprensa, quando questionei o Presidente da Comissão de Ética, Roberson de Medeiros, foi enfático em responder: “Cabe informar a vossa excelência que não efetuamos nenhum despacho decisório sobre afastamento, o processo encontra-se em trâmites internos”. Aliás, corroborando sua inépcia, a ata que os golpistas pretenderam fazer crer se tratar de uma decisão sequer foi assinada pelos membros da comissão que a produziu.

2) Manutenção das funções.

Diante desse cenário e da resposta pelo Presidente da CED, segui exercendo regularmente minhas funções sem qualquer oposição de quem quer que seja, inclusive destes aloprados que tentaram dar um golpe no Conselho. Presidi duas sessões públicas do CD, conduzi reuniões, expedi ofícios, me dirigi a associados, interagi com os demais conselheiros etc., sempre como Presidente do CD, função que, de fato, estava, estou e, em respeito ao voto de vocês, continuarei a exercer.

3) Além de inexistente, ilegal.

A tal decisão, ainda que tivesse havido e fosse válida, não seria eficaz, pois produzida por órgão incompetente. Saliento que incumbe à Comissão de Ética, nos termos do Estatuto Social, tão somente o conhecimento, instrução e relatório de processos disciplinares contra integrantes da Diretoria e dos Conselhos Deliberativo, de Orientação e Fiscal. O Estatuto prevê, ainda, que a Comissão de Ética é órgão fracionário subordinado ao Conselho Deliberativo, cujos achados devem ser submetidos à decisão final e soberana do Conselho Deliberativo. O art. 81, inciso “e” do Estatuto, nesse sentido, prevê que é competência do Conselho Deliberativo “Julgar os membros do CD, da Diretoria, do CORI, do Conselho Fiscal e da Comissão de Ética e Disciplina, e aplicar-lhes sanções”.

É absolutamente contrário à ordem estabelecida que órgão fracionário, e submetido à autoridade do Conselho Deliberativo, interfira diretamente na sua composição. Todo e qualquer encaminhamento interno sugerido pela CED deve necessariamente ser referendado pelos Conselheiros Deliberativos, sob pena de nulidade de pleno direito, como no caso.

4) Ausência de previsão legal para afastamento liminar do presidente do Conselho Deliberativo.

O artigo 30 do Estatuto Social, utilizado como supedâneo da CED, refere-se exclusivamente à suspensão liminar de associados, sem qualquer menção da qual possa se extrair sua aplicação a cargos institucionais, como o de presidente do Conselho Deliberativo, hierarquicamente superior à CED. E o Estatuto, quando quis prever essas hipóteses de afastamento, o fez expressamente. Não há, pois, espaço, para manobras interpretativas visando criar uma sanção inexistente, liminar, apenas para dar guarida ao desejo de golpe do Presidente afastado, por meio de seus apoiadores.

5) Decisão desconsiderada pela justiça.

O mesmo argumento foi tentado na Justiça Comum, na 5ª vara cível do Tatuapé, que por meio de duas decisões afastou as pretensões de apoiadores do Presidente indiciado e afastado, por meio dos processos 1007599-75.2025.8.26.0008 e 1007729-65.2025.8.26.0008.

6) Conclusão.

Não aceitarei, em nome da integridade do Conselho Deliberativo do Corinthians, a utilização oportunista de uma ata "de gaveta", sem conteúdo decisório, tomada por órgão incompetente e sem previsão legal, destinada a dar um golpe no Corinthians, usando-me para prejudicar a instituição e o Presidente em exercício, Osmar Stabile."


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Presidente interino do Corinthians define novos diretores

Além do diretor da base, Carlos Roberto Auricchio, o Timão também confirmou Emerson Piovesan como novo diretor financeiro do clube

Os ex-jogadores Batata e Chicão, que trabalharam no departamento, ainda não sabem se continuam | Divulgação/Corinthians
Os ex-jogadores Batata e Chicão, que trabalharam no departamento, ainda não sabem se continuam | Divulgação/Corinthians

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Osmar Stábile, presidente interino do Corinthians, confirmou novos nomes para a diretoria estatutária do clube alvinegro. Nesta segunda-feira, 2, o dirigente definiu o novo responsável pelo comando do futebol de base: Carlos Roberto Auricchio, conhecido como Nenê do Posto.


Influente no clube, trabalhou na gestão de Vicente Matheus, ainda nos anos 1990, e posteriormente em 2007, com Dualib, quando foi diretor de futebol profissional. Recentemente, de 2017 a 2018, comandou o departamento amador entre 2017 e 2018, quando o Corinthians era presidido por Roberto de Andrade.


O cargo estava vago desde a saída de Claudinei Alves, ainda com Augusto Melo. A última gestão contratou cerca de 87 jogadores para as categorias de base, fato muito criticado pelos opositores do ex-presidente. Os ex-jogadores Batata e Chicão, que trabalharam no departamento, ainda não sabem se continuam.


Além do diretor da base, o Corinthians também confirmou Emerson Piovesan como novo diretor financeiro. Osmar Stábile assumiu o comando do Corinthians na última segunda-feira, 26. O dirigente se tornou o presidente após o Conselho Deliberativo do clube aprovar o impeachment de Augusto Melo, o que causou o seu afastamento temporário, até a assembleia-geral dos associados, no dia 9 de abril.

No sábado, 31, o ex-presidente apresentou um ofício assinado por Maria Angela de Souza Ocampos, da Comissão de Ética do Corinthians, que exigia o afastamento de Romeu Tuma Jr. e invalidava suas ações posteriores ao dia 9 de abril, quando o órgão votou pela destituição do conselheiro. Com o documento, Augusto Melo alega ser o mandatário do clube alvinegro, entretanto, não teve ação prática e Osmar Stábile segue no comando.


Veja os diretores confirmados por Osmar Stábile

Emerson Piovesan - diretor financeiro

Fábio Soares - diretor administrativo

Marco Polo Lopes Pinheiro - diretor de esportes terrestres

Carlos Roberto Auricchio - diretor do futebol de base

Antonio Goulart dos Reis - diretor de relações institucionais

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