Clube
22 Jul 2025 | 08:54 |
A administração de Duílio Monteiro Alves à frente do Corinthians, entre 2021 e 2023, está sob forte investigação após revelações de despesas pessoais pagas com recursos do clube. Documentos obtidos por veículos de imprensa mostram que, durante esse período, foram realizadas compras que vão desde cervejas e alimentos até medicamentos para disfunção erétil, todos registrados em notas fiscais vinculadas ao nome do ex-presidente ou de seu motorista, Denilson Grillo.
O relatório de despesas, que cobre o intervalo entre 26 de setembro e 31 de outubro de 2023, inclui 176 transações que somam mais de R$ 86 mil. Desses, R$ 80 mil foram entregues em espécie à presidência, com o restante sendo solicitado como reembolso. Entre os fornecedores, destaca-se o “Oliveira Minimercado”, que emitiu sete notas fiscais totalizando R$ 32.580, embora o endereço comercial informado não corresponda a um estabelecimento ativo.
Além de gastos com alimentação, o documento aponta compras em farmácias, salões de beleza, lavanderias e até brinquedos. Em algumas notas, constam medicamentos como Tadalafila e Cialis, adquiridos em datas que coincidem com viagens do Corinthians, como a semifinal da Copa Sul-Americana em Fortaleza.
A autenticidade das notas foi confirmada por meio do site da Secretaria da Fazenda, e o relatório é assinado por Grillo, que nega ter reconhecido a planilha. No entanto, sua assinatura aparece em outros documentos oficiais, como registros empresariais.
Diante da repercussão, Duílio se manifestou por meio de nota, alegando manipulação de documentos e prometendo tomar medidas legais contra os responsáveis pela divulgação. O clube, por sua vez, registrou boletim de ocorrência relatando o desaparecimento de documentos fiscais, agravando ainda mais o cenário institucional.
O Conselho Deliberativo do Corinthians acompanha as investigações e avalia possíveis falhas na fiscalização interna. A situação expõe fragilidades na governança e levanta questionamentos sobre o uso de recursos em gestões anteriores.
Data foi marcada por movimento encabeçado por jogadores do Timão nos anos 80 no período da Ditadura Militar ocorrida no Brasil
25 Out 2025 | 15:48 |
A Democracia Corinthiana foi um movimento histórico que marcou o futebol brasileiro na década de 1980, tendo como palco o Corinthians. Ela surgiu em meio ao regime militar vigente no Brasil desde 1964, e teve como protagonistas jogadores politicamente engajados, como Sócrates, Wladimir e Casagrande. A iniciativa ganhou força em 1982, quando Waldemar Pires assumiu a presidência do clube e promoveu maior diálogo entre diretoria e atletas.
O modelo adotado permitia que decisões internas fossem tomadas por meio de votação entre os membros do elenco profissional. Questões como horários de treino, concentração e logística eram definidas coletivamente, rompendo com a estrutura hierárquica tradicional do futebol. Essa prática inovadora refletia o desejo por participação democrática e liberdade de expressão, valores que se conectavam com os anseios da sociedade brasileira naquele período.
Além das mudanças administrativas, o Corinthians passou a utilizar o uniforme como ferramenta de manifestação política. Em partidas oficiais, os jogadores exibiam frases como “Diretas Já”, apoiando o movimento nacional pela retomada das eleições diretas para presidente. A atitude do clube ganhou repercussão nacional e internacional, tornando-se símbolo de resistência e engajamento social.
O movimento teve seu auge entre 1982 e 1984, período em que o clube conquistou o Campeonato Paulista em duas ocasiões: 1982 e 1983. A Democracia Corinthiana começou a perder força com a saída de Casagrande para o São Paulo e a transferência de Sócrates para a Fiorentina, na Itália. Ainda assim, o legado permaneceu como referência de participação ativa dos atletas na gestão esportiva e como exemplo de envolvimento político no esporte.
Em 2025, o documentário “Democracia em Preto e Branco” foi incluído no catálogo da FIFA+, destacando a relevância do movimento e sua contribuição para a luta pela redemocratização do Brasil.
Empresa foi contratada na gestão de Augusto Melo, mas relatório só saiu em outubro de 2025 devido ao pagamento da atual administração
24 Out 2025 | 08:34 |
A consultoria Ernst & Young (EY) apresentou ao Corinthians um relatório detalhado sobre a situação financeira e contratual do clube. O documento, encomendado pela gestão anterior, foi entregue à atual diretoria após o pagamento pendente ser regularizado. A análise revelou uma dívida total de aproximadamente R$ 2,7 bilhões, com destaque para cláusulas contratuais consideradas prejudiciais à saúde econômica da instituição.
Durante a reunião realizada no Parque São Jorge, os especialistas da EY sugeriram alternativas para enfrentar o cenário adverso. Entre as propostas, está a adesão ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), já em curso, que concentra mais de R$ 367 milhões em débitos, dos quais R$ 190 milhões estão em fase de execução judicial. Além disso, a consultoria apontou a possibilidade de recuperação judicial como uma medida viável para reestruturar compromissos financeiros e preservar a continuidade das atividades.
O estudo identificou oito frentes de atuação com potencial de gerar economia e aumento de receitas, estimando uma melhoria de R$ 84 milhões anuais. Caso essas medidas sejam implementadas, a relação entre dívida e geração de caixa poderia ser reduzida de 12 para 7, o que representaria um avanço significativo na gestão orçamentária.
A consultoria também alertou que, com base no perfil dos compromissos assumidos, o Corinthians corria risco de inadimplência a partir de setembro de 2024, o que poderia acarretar sanções como o transfer ban. A recomendação de considerar a recuperação judicial surge como uma tentativa de evitar consequências mais severas e garantir maior controle sobre os passivos.
O relatório não foi divulgado integralmente, mas suas conclusões reforçam a necessidade de revisão contratual e adoção de estratégias que assegurem sustentabilidade financeira. A diretoria atual avalia os caminhos indicados para definir os próximos passos diante do quadro apresentado.
Clube do Parque São Jorge passou por muitas transformações ao longo desta temporada, tanto no profissional, quanto nas categorias de base
24 Out 2025 | 00:10 |
Depois ter sido demitido do Corinthians em junho deste ano, pela nova diretoria do clube do Parque São Jorge, o ex-atleta do alvinegro paulista Chicão, concedeu entrevista ao portal Alambrado Alvinegro e comentou sobre a sua passagem pela equipe, dessa vez, como antigo coordenador das categorias de base do Timão.
Ex-dirigente do Corinthians destaca oportunidade no Timão
Apesar do fim de relacionamento conturbado no Corinthians, Chicão não guardou mágoas do Timão e detalhou sobre os seus momentos como dirigente das categorias de base do clube do Parque São Jorge. "Eu não me arrependo, pois foi um ótimo aprendizado, um aprendizado de verdade."
Ex-dirigente do Corinthians, Chicão destaca oportunidade no Timão: "Eu também caí de paraquedas na função e tentamos fazer o melhor."
Chicão comentou sobre a sua passagem como coordenador de base do Corinthians: "Houve um projeto que desenvolvemos onde eu consegui realizar duas 'peneiras' em duas cidades. Estava criando uma situação para o clube ter núcleos no interior, até fora de São Paulo, posteriormente. Infelizmente, o projeto não teve continuidade."
Chicão foi contratado na gestão do ex-presidente Augusto Melo: "Realizamos peneiras em Palmital e em Cruzeiro, com 400 crianças em cada cidade. E conseguimos fazer isso sem gastar um real! Estávamos colocando essa ideia em prática. É uma pena que não tenha tido sequência, mas estávamos tentando buscar o melhor para o clube."
Conselho de Chicão para Gui Amorim: "Quando aconteceu a situação do Furquim, peguei meu telefone e liguei para o (Gui) Amorim - ele estava quase saindo junto, e eu estava com o Batata. Eu disse: 'Cara, não tome a decisão por impulso, pois lá na frente, quem será cobrado é você, não o empresário nem o clube. Tome uma decisão de coração'. No dia seguinte, ele renovou o contrato. Posteriormente, ele (Furquim) acabou indo para o Bahia com dinheiro do Grupo City, gerando uma polêmica danada."