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O Corinthians enfrenta mais uma crise institucional após identificar o sumiço de documentos relacionados ao controle de despesas do clube. No último sábado, a diretoria registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, alegando subtração criminosa de faturas e registros administrativos, tanto físicos quanto digitais. A suspeita é de que parte dos arquivos tenha sido retirada durante a invasão ao Parque São Jorge, ocorrida em 31 de maio, quando o presidente afastado Augusto Melo tentou reassumir o cargo com apoio de aliados.
A descoberta aconteceu após o presidente interino, Osmar Stabile, solicitar ao departamento financeiro uma apuração detalhada sobre gastos realizados com o cartão corporativo em gestões anteriores. Durante esse processo, foi constatada a ausência de diversos documentos, incluindo faturas que passaram a circular de forma fragmentada na imprensa e redes sociais, levantando suspeitas de acesso indevido com fins ilícitos.
O clube também apontou possível violação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e destacou o risco de crime previsto no artigo 305 do Código Penal, referente à destruição ou subtração de documentos públicos. A atual gestão solicitou investigação urgente e abertura de inquérito para apurar os fatos.
Além disso, o Conselho Deliberativo, presidido por Romeu Tuma Jr., acompanha de perto o caso e já requisitou a preservação de todos os registros financeiros dos últimos sete anos. A Comissão de Ética foi acionada para avaliar a conduta de ex-dirigentes e funcionários, especialmente após o vazamento de faturas em perfis anônimos nas redes sociais. Andrés Sanchez por exemplo, já teve seu nome ligado duas vezes aos gastos indevidos do cartão corporativo do Corinthians.
O Corinthians reafirmou seu compromisso com a transparência e boa governança, solicitando ao banco emissor as segundas vias dos documentos desaparecidos. A diretoria também repudiou qualquer ação que comprometa a integridade institucional do clube, lamentando que disputas políticas tenham ultrapassado os limites do respeito à história e ao patrimônio da entidade.
Campanha tem se mantido firme com ajuda da Fiel do Timão que tenta ajudar a diminuir a alta dívida do estádio com a Caixa Econômica Federal
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A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, anunciou o pagamento do 137º boleto da campanha de quitação referente a dívida da Neo Química Arena. O valor transferido à Caixa Econômica Federal foi de R$ 3.154,74, arrecadado por meio de doações voluntárias feitas por torcedores engajados na iniciativa “Doe Arena Corinthians”. A ação representa mais um avanço na meta de R$ 700 milhões, montante total do financiamento do estádio com o banco. Na semana passada o 136º boleto foi pago no valor de R$ 2.897,70.
Desde o lançamento da campanha em novembro de 2024, mais de R$ 40,6 milhões já foram arrecadados, com a participação de mais de 160 mil corintianos. A estratégia adotada permite amortizações diárias, com boletos gerados conforme o saldo disponível na conta da campanha. Isso garante flexibilidade e evita a necessidade de valores fixos mensais, tornando o processo mais acessível para todos os perfis de torcedores.
Além dos pagamentos regulares, a Gaviões promove ações especiais como o “Mutirão do Pix”, convocando a Fiel às 19h10 para realizar doações mínimas de R$ 10. A mobilização tem como objetivo ampliar o alcance da campanha e acelerar a redução da dívida, transformando a Neo Química Arena em um patrimônio verdadeiramente da torcida do Corinthians.
Veja o passo a passo de como contribuir com a campanha
O processo de doação é simples, transparente e totalmente digital:
• Acesse o site oficial: Doe Arena Corinthians
• Escolha o valor que deseja doar
• Preencha um breve cadastro com seus dados
• Receba uma chave Pix gerada automaticamente
• Realize a transferência pelo aplicativo do seu banco
O site conta com um contador em tempo real, que mostra o progresso da arrecadação e os boletos pagos. Cada contribuição é registrada e atualizada instantaneamente, permitindo que o torcedor acompanhe o impacto direto de sua ajuda.
Com essa união entre torcida e clube, o Corinthians dá passos importantes rumo à independência financeira. A campanha não apenas fortalece o vínculo emocional com a Fiel, mas também mostra que, fora das quatro linhas, o torcedor é protagonista na construção do futuro do Timão.
Administração interina do clube tem buscado formas de tentar diminuir os valores a serem pagos para os seus credores para evitar sanções
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O Corinthians apresentou à Justiça um novo plano de pagamento para parte de suas dívidas, buscando maior estabilidade financeira e previsibilidade nas despesas. A proposta faz parte do Regime Centralizado de Execuções (RCE), mecanismo que permite ao clube organizar seus débitos cíveis e evitar bloqueios judiciais em contas bancárias.
Inicialmente, o clube pretendia parcelar R$ 367 milhões, mas o valor validado pelo administrador judicial foi de R$ 190 milhões. Esse montante inclui pendências com empresários, fornecedores e atletas, excluindo dívidas tributárias e o financiamento da Neo Química Arena. O plano sugere uma destinação progressiva das receitas recorrentes para os pagamentos: 4% no primeiro ano, 5% no segundo e 6% a partir do terceiro. Já as receitas provenientes da venda de jogadores terão alocação de 5%, 6,5% e 8%, respectivamente, ao longo dos anos.
Além disso, o Corinthians propõe benefícios para “credores parceiros”, que continuarem prestando serviços ao clube, e “credores preferenciais”, como idosos, gestantes e pessoas com doenças graves. Os valores serão corrigidos pela taxa Selic ou pelo IPCA, dependendo da categoria do credor.
A proposta ainda precisa ser homologada pela Justiça para entrar em vigor. Caso aprovada, o clube poderá centralizar os pagamentos e negociar diretamente com os credores, evitando ações judiciais individuais. A diretoria acredita que o plano é essencial para a reorganização jurídico-financeira e para recuperar a credibilidade institucional.
Paralelamente, o Corinthians também apresentou um projeto à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF, visando quitar cerca de R$ 76 milhões em dívidas com clubes, empresários e ex-jogadores. No entanto, a primeira parcela desse acordo venceu recentemente e ainda não foi quitada.
Com uma dívida total estimada em R$ 2,4 bilhões, o clube busca alternativas para equilibrar o orçamento e retomar o crescimento sustentável. Vale lembrar que na semana passada o Corinthians foi amplamente criticado pelo presidente do Cuiabá Cristiano Dresch, por não terem feito ainda o pagamento da primeira parcela da negociação de Raniele. No entanto, por outro lado o Timão argumentou que ainda teria cinco dias para acabar e o prazo se encerraria no próximo dia 22 (terça-feira)
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om janela em andamento, diretoria alvinegra intensifica movimentações, mas esbarra em dificuldades para atender pedidos de Dorival Júnior
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O Corinthians segue ativo no mercado em busca de reforços para a sequência da temporada 2025. Até agora, apenas o lateral Fabrizio Angileri foi contratado. Comandados pelo presidente em exercício, Osmar Stabile, e pelo diretor Fabinho Soldado, os esforços têm se intensificado para atender às necessidades do técnico Dorival Júnior.
Entre os alvos da diretoria, está o atacante Helinho, atualmente no Toluca, do México. No entanto, as tratativas com o clube mexicano não avançaram devido à pedida de 15 milhões de dólares. Diante da dificuldade, o Corinthians voltou suas atenções para nomes que já vestiram a camisa alvinegra e buscam espaço no futebol europeu.
O clube paulista formalizou propostas para repatriar Pedrinho, que pertence ao Shakhtar Donetsk, e Gustavo Mantuan, atualmente no Zenit. Ambos foram revelados nas categorias de base do Corinthians. Segundo informações do jornalista Samir Carvalho, os clubes detentores dos direitos não aceitaram liberar os jogadores por empréstimo.
No caso de Mantuan, a negociação é considerada praticamente inviável. O Zenit, da Rússia, descartou qualquer possibilidade de empréstimo e nem chegou a abrir conversas com a diretoria alvinegra. O atacante tem contrato vigente com o clube russo até junho de 2027, o que dificulta ainda mais qualquer avanço.
Já sobre Pedrinho, o Corinthians ainda alimenta esperança. O clube sugere que o meia acione a chamada “cláusula de guerra”, criada pela FIFA para permitir que atletas estrangeiros atuando na Rússia ou Ucrânia suspendam seus contratos de forma unilateral até meados de 2026.