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22 Jul 2025 | 08:37 |
O Corinthians enfrenta mais uma crise institucional após identificar o sumiço de documentos relacionados ao controle de despesas do clube. No último sábado, a diretoria registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, alegando subtração criminosa de faturas e registros administrativos, tanto físicos quanto digitais. A suspeita é de que parte dos arquivos tenha sido retirada durante a invasão ao Parque São Jorge, ocorrida em 31 de maio, quando o presidente afastado Augusto Melo tentou reassumir o cargo com apoio de aliados.
A descoberta aconteceu após o presidente interino, Osmar Stabile, solicitar ao departamento financeiro uma apuração detalhada sobre gastos realizados com o cartão corporativo em gestões anteriores. Durante esse processo, foi constatada a ausência de diversos documentos, incluindo faturas que passaram a circular de forma fragmentada na imprensa e redes sociais, levantando suspeitas de acesso indevido com fins ilícitos.
O clube também apontou possível violação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e destacou o risco de crime previsto no artigo 305 do Código Penal, referente à destruição ou subtração de documentos públicos. A atual gestão solicitou investigação urgente e abertura de inquérito para apurar os fatos.
Além disso, o Conselho Deliberativo, presidido por Romeu Tuma Jr., acompanha de perto o caso e já requisitou a preservação de todos os registros financeiros dos últimos sete anos. A Comissão de Ética foi acionada para avaliar a conduta de ex-dirigentes e funcionários, especialmente após o vazamento de faturas em perfis anônimos nas redes sociais. Andrés Sanchez por exemplo, já teve seu nome ligado duas vezes aos gastos indevidos do cartão corporativo do Corinthians.
O Corinthians reafirmou seu compromisso com a transparência e boa governança, solicitando ao banco emissor as segundas vias dos documentos desaparecidos. A diretoria também repudiou qualquer ação que comprometa a integridade institucional do clube, lamentando que disputas políticas tenham ultrapassado os limites do respeito à história e ao patrimônio da entidade.
Clube do Parque São Jorge recebeu na tarde desta segunda-feira (20), as informações sobre a situação financeira do alvinegro paulista
20 Out 2025 | 23:50 |
Na tarde desta segunda-feira (20), o Corinthians recebeu o relatório da empresa de consultoria Ernst & Young (EY), contratada pela gestão do ex-presidente Augusto Melo ainda no início do ano passado. O principal objetivo do antigo mandatário do clube do Parque São Jorge era de fazer uma análise minuciosa a respeito dos contratos assinados por Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves.
Corinthians divulga nota oficial a respeito do relatório da consultoria Ernst & Young
Em nota oficial, o Corinthians confirmou o recebimento do relatório da Ernst & Young: "O Sport Club Corinthians Paulista informa que recebeu na tarde desta segunda-feira (20) executivos da EY para apresentação do relatório de resultado da consultoria contratada pela gestão anterior no início de 2024.
Tal relatório corrobora a situação financeira do clube sem apresentar fatos novos que a atual diretoria já não esteja tomando providências. O Corinthians salienta que os contratos analisados são protegidos por cláusula de sigilo e confidencialidade, bem como o próprio contrato de consultoria da EY."
O relatório com os resultados teria sido entregue à diretoria em maio do ano passado, mas, na gestão Augusto Melo, o clube decidiu não tornar o conteúdo público nem compartilhá-lo com os órgãos internos do Parque São Jorge - veja abaixo os contratos revisados.
A atual gestão comandada pelo presidente Osmar Stabile revelou não haver fatos novos e decidiu não tornar público o conteúdo referente a análise feita pela Ernst & Young.
Falta de pagamento ocasionou mais um transfer ban, mas dessa vez, pelo CNRD órgão vinculado à CBF; clube espera que punição seja revogada
20 Out 2025 | 19:34 |
O Corinthians realizou o pagamento de uma parcela atrasada junto à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), vinculada à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com o objetivo de encerrar o bloqueio de registros de novos atletas, conhecido como transfer ban. A dívida está relacionada à contratação do volante Raniele, feita junto ao Cuiabá, um dos principais credores do clube paulista.
O valor quitado foi de R$ 788 mil, referente à segunda parcela do acordo firmado com o clube mato-grossense. O débito total gira em torno de R$ 17,7 milhões. O prazo para pagamento venceu na sexta-feira anterior, mas o depósito foi efetuado apenas na segunda-feira, 20 de outubro de 2025. A diretoria corintiana agora aguarda a revogação da sanção por parte da CBF, após apresentar os comprovantes à CNRD.
Apesar da quitação, o Corinthians permanece impedido de registrar novos jogadores devido a outro transfer ban, ativo desde agosto, relacionado a uma dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, pela aquisição do zagueiro Félix Torres. Além disso, o clube foi condenado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) por quebra de contrato com o meia paraguaio Matías Rojas, sendo obrigado a pagar R$ 41,3 milhões até a primeira quinzena de novembro para evitar nova punição.
O Corinthians possui um plano de pagamento coletivo homologado em abril, com valor total de R$ 76 milhões, destinado a clubes, atletas e empresários. As parcelas são trimestrais e distribuídas ao longo de seis anos. De cada valor pago, 80% são destinados ao credor principal e 20% aos honorários advocatícios.
A diretoria alvinegra segue empenhada em regularizar pendências financeiras para recuperar a capacidade de realizar contratações. Por conta disso, está impossibilitado de registrar atletas o que pode afetar diretamente a próxima temporada.
Diretor de futebol não é unanimidade entre diretoria e sua permanência no cargo não será mantida durante a gestão de Osmar Stabile no Parque São Jorge
17 Out 2025 | 19:39 |
O Corinthians planeja realizar mudanças em sua estrutura administrativa ao final da temporada de 2025. Segundo informações divulgadas pelo jornalista Jorge Nicola, Fabinho Soldado, atual gerente de futebol do clube, será desligado de suas funções em dezembro.
Fabinho Soldado ocupa o cargo desde janeiro de 2024, quando foi contratado pela gestão de Augusto Melo. Durante sua permanência, acumulou críticas internas relacionadas à condução de processos administrativos e à relação com os jogadores. A pressão por reformulações aumentou com os resultados abaixo do esperado no Campeonato Brasileiro e nas competições internacionais.
A saída de Fabinho faz parte de um movimento mais amplo de reestruturação promovido pela diretoria comandada por Osmar Stabile. O presidente que assumiu após afastamento e impeachment do ex-mandatário, tem adotado medidas para renovar setores estratégicos do clube, visando maior eficiência na gestão esportiva.
A reformulação inclui também a busca por novos profissionais para compor o departamento de futebol, com perfis técnicos e administrativos distintos dos atuais que estão no clube e que sejam capazes de modificar o atual momento da instituição.
Um dos motivos da insatisfação seria o seu alto salário somado a pouca experiência como dirigente. Fabinho Soldado recebe atualmente R$ 400 mil mensais, valor parecido com o de Rodrigo Caetano que hoje trabalha na CBF.
No entanto, mesmo com a pressão por parte de alguns dirigentes, Stabile decidiu manter Fabinho. O motivo seria o bom relacionamento dele com os jogadores, em especial Memphis Depay que chegou ao Corinthians quando o diretor já estava no clube alvinegro.
A diretoria tem avaliado nomes para substituir Fabinho, priorizando profissionais com experiência em clubes de grande porte e capacidade de interlocução com o elenco. A expectativa é que o novo gerente seja anunciado antes do início da pré-temporada de 2026, permitindo uma transição organizada e alinhada com os objetivos do clube para o próximo ano.