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O ator Antonio Fagundes, de 75 anos, tem uma regra clara e inegociável em suas apresentações: o espetáculo começa no horário marcado e, após o terceiro sinal, ninguém entra na sala. Esse princípio ficou evidente em janeiro de 2023, quando 50 espectadores ficaram do lado de fora do Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, para uma sessão da comédia “Baixa Terapia”. Revoltados com a impossibilidade de entrada e sem direito a reembolso, parte do público chegou a esmurrar a porta do teatro, exigindo uma solução, o que levou até a uma intervenção policial.
Para Fagundes, a disciplina nos horários não se trata de uma punição ao público, mas sim de um compromisso com quem respeita o espetáculo.
“Não tenho a pretensão de educar ou penalizar ninguém, mas a de respeitar quem merece ser respeitado”, declarou o ator.
Uma visão crítica que virou dramaturgia
Curiosamente, há mais de duas décadas, Fagundes já imaginava uma situação parecida na peça “Sete Minutos”, escrita por ele e lançada em 2002, com direção de Bibi Ferreira. Agora, a obra ganha uma nova versão em formato de livro, publicada pela editora Cobogó dentro da coleção “Dramaturgia”.
A comédia, que já contou com nomes como Suzy Rêgo, Neusa Maria Faro, Denis Victorazo e Luiz Amorim no elenco, traz um personagem que reflete muito da personalidade do próprio Fagundes: um profissional rigoroso e comprometido que se frustra com a falta de respeito do público dentro do teatro.
A trama acompanha um ator que decide abandonar a encenação de "Macbeth", de Shakespeare, após sucessivas interrupções da plateia – celulares tocando, embalagens de salgadinhos sendo abertas e até um espectador que, sentado na primeira fila, tira os sapatos e apoia os pés no palco.
“Absolutamente tudo o que escrevi aconteceu comigo, e algumas coisas ainda acontecem”, lamenta Fagundes. “Infelizmente, a história continua atual.”
O impacto do teatro na emoção do público
Atualmente, Fagundes está em cartaz com a peça "Dois de Nós", ao lado de Christiane Torloni, Thiago Fragoso e Alexandra Martins, no Teatro Tuca, em São Paulo. Desde a estreia, em setembro, o espetáculo já recebeu mais de 50 mil espectadores, demonstrando o carinho do público pelo veterano ator.
Além de se apresentar, Fagundes faz questão de manter uma interação direta com a plateia após as sessões. Em um momento reservado para debates, ele permite que o público registre fotos e compartilhe experiências. Segundo ele, essas trocas costumam ser marcantes.
“Uma noite dessas, nós quatro choramos ouvindo relatos dos espectadores”, revela. “É a prova de que o teatro ainda toca as pessoas de um jeito bonito.”
Com início marcado para o dia 5 de setembro, o Rodeio Itu Festival terá quatro dias de programação musical com ingressos disponíveis a partir de 21 de maio
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O Rodeio Itu Festival divulgou a programação completa para os quatro dias de evento que ocorrerão no mês de setembro. O line-up reúne artistas do sertanejo e de outros gêneros com grande alcance no cenário musical nacional.
A abertura será em 5 de setembro, sexta-feira, com shows de Ana Castela e Alok. No sábado, 6 de setembro, o palco recebe Zé Neto & Cristiano e Luan Santana, em apresentação marcada para a véspera do feriado nacional.
A programação será retomada na sexta-feira seguinte, 12 de setembro, com Bruno & Marrone e Thiaguinho. O encerramento está agendado para o sábado, 13 de setembro, com as duplas Jorge & Mateus e Guilherme & Benuto.
A pré-venda dos ingressos começará no dia 21 de maio. A venda geral ao público estará disponível a partir do dia 22 de maio, por meio do site oficial do evento.
O festival será realizado em Itu, no interior de São Paulo. As atrações e informações detalhadas estão disponíveis no site www.rodeioitu.com.br.
Mesmo com uma colaboração internacional em seu novo álbum, Ana Castela declarou que pretende seguir focada em sua carreira no Brasil
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A cantora Ana Castela afirmou que não planeja investir em uma carreira internacional neste momento. Em entrevista à revista Quem, a artista declarou que sua prioridade continua sendo o mercado musical brasileiro.
Ana se prepara para o lançamento do álbum Let’s Go Rodeo, previsto para o dia 29 de maio. O projeto conta com 11 faixas em português e uma participação do DJ e produtor norte-americano Diplo.
Apesar do título em inglês, Ana garantiu que o trabalho é voltado para o público brasileiro. Segundo ela, o nome escolhido serve apenas como estratégia de marketing. “Só o nome que é em inglês para ficar chique”, disse.
A cantora comentou também sobre a relação com o público infantil. De acordo com Ana, a forma espontânea como se apresenta pode explicar a identificação com crianças e adolescentes.
Durante a entrevista, Ana afirmou que não descarta completamente projetos internacionais no futuro. No entanto, no momento, sua atenção está voltada às novas músicas e shows em território nacional.
Após circular por quatro capitais do Nordeste, Alessandra Negrini encerra a temporada do espetáculo “A Árvore” em São Luís, no Maranhão
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O monólogo “A Árvore”, estrelado por Alessandra Negrini e com texto de Silvia Gomez, estreia nesta sexta-feira (23), às 21h, no Teatro Arthur Azevedo, em São Luís. A temporada segue com sessões no sábado (24), também às 21h, e no domingo (25), às 19h.
A obra narra a experiência de uma mulher que, após ganhar uma pequena planta, inicia um processo de reflexão e transformação. A personagem, chamada A., dirige-se a um interlocutor não revelado e compartilha suas impressões sobre mudanças físicas e emocionais provocadas pela convivência com o vegetal.
Com direção de Ester Laccava e produção assinada por Gabriel Fontes Paiva e Alessandra Negrini, o espetáculo percorreu João Pessoa, Fortaleza, Salvador e Recife antes de chegar à capital maranhense. O projeto teve início na pandemia, em formato online, e foi posteriormente adaptado para o cinema.
A dramaturgia de Silvia Gomez se baseia em experiências pessoais e referências literárias, como o livro “Revolução das Plantas”, do biólogo Stefano Mancuso. A autora afirma que a peça reflete sobre a relação humana com a natureza e o planeta, utilizando a metáfora vegetal como forma de elaborar novos questionamentos.
“A Árvore” já integrou festivais na Colômbia, Portugal e Bolívia, além de ter sido publicada pela Editora Cobogó. Este é o primeiro solo da carreira de Negrini e também o primeiro monólogo assinado por Silvia Gomez, indicada a prêmios como Shell e APCA.