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Reunião do Corinthians com a Caixa Econômica tem a presença de ex-presidente
24 Set 2025 | 10:46
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25 Set 2025 | 10:37 |
O Corinthians enfrenta uma situação delicada após ser condenado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) a pagar aproximadamente R$ 45 milhões ao meia paraguaio Matías Rojas. A decisão decorre de uma ação movida pelo jogador, que alegou atrasos nos pagamentos referentes aos direitos de imagem, culminando na rescisão unilateral do contrato. Atualmente, Rojas atua pelo Portland Timbers, nos Estados Unidos.
A punição imposta pela CAS é resultado de um processo iniciado na FIFA, que já havia determinado o pagamento da dívida. O clube paulista recorreu, mas teve o pedido negado. Com isso, o Corinthians tem um prazo de 45 dias para quitar o débito. Caso contrário, poderá sofrer sanções adicionais, como novo transfer ban, impedindo o registro de atletas nas próximas janelas de transferências.
Além da pendência com Rojas, o Corinthians também enfrenta restrições por conta de uma dívida com o Santos Laguna, do México, relacionada à contratação do zagueiro equatoriano Félix Torres. O valor gira em torno de R$ 33 milhões, e o clube está impossibilitado de inscrever novos jogadores desde agosto.
Ainda existe as parcelas a serem pagas da transferência de José Martínez. O jogador pertencia ao Philadelphia Union e o clube paulista já atrasou a primeira que corresponde a R$ 8 milhões. Os casos de Maycon e Rodrigo Garro estão sendo analisados na Corte Arbitral do Esporte (CAS), onde a situação também é referente à inadiplência do Corinthians.
A possibilidade de perda de pontos no Campeonato Brasileiro existe, mas não é automática. A FIFA pode aplicar essa penalidade caso o clube permaneça inadimplente. O Cruzeiro, por exemplo, perdeu seis pontos na Série B em 2021 por situação semelhante. A medida mais severa seria o rebaixamento, considerado como último recurso, após o transfer ban e a subtração de pontos. Para isso, o credor deve solicitar formalmente à entidade máxima do futebol mundial.
O Corinthians possui duas janelas para resolver a questão com Félix Torres e três para quitar o débito com Rojas. A diretoria trabalha com receitas extraordinárias, como vendas de jogadores e acordos comerciais, para tentar sanar as dívidas. A gestão atual também promoveu cortes nas categorias de base, buscando reduzir gastos e equilibrar as finanças.
Encontro tinha como objetivo, encontrar soluções para renegociar a dívida que o alvinegro paulista possui com o banco estatal
25 Set 2025 | 09:12 |
O presidente do Corinthians, Osmar Stabile, esclareceu a presença de Andrés Sanchez em uma reunião com representantes da Caixa Econômica Federal sobre a Arena Corinthians. O encontro, realizado na última terça (24), teve como pauta principal a renegociação da dívida do clube com o banco estatal, relacionada ao financiamento do estádio.
Presidente do Corinthians sobre Andrés Sanchez: “Não foi convidado por mim nem por ninguém da diretoria”.
Segundo Osmar Stabile, Andrés não foi convidado formalmente pela atual gestão. Sua participação ocorreu por iniciativa própria, já que o ex-presidente do Timão mantém relação direta com o projeto da arena desde sua concepção. Ele afirmou que não houve convite oficial e que a presença de Andrés não representa envolvimento nas decisões administrativas do clube. “Ele apareceu lá. Não foi convidado por mim nem por ninguém da diretoria”, declarou o dirigente.
A reunião com a Caixa teve como objetivo discutir alternativas para o pagamento da dívida do Corinthians, que ultrapassa R$ 600 milhões. A diretoria busca condições mais favoráveis para quitar o débito, incluindo revisão de juros e prazos. A presença de Andrés gerou questionamentos entre conselheiros e torcedores, levando à manifestação pública de Osmar Stabile para evitar interpretações equivocadas.
Durante o encontro, foram abordados pontos técnicos e jurídicos do contrato firmado em 2013, quando Andrés Sanchez era presidente. Por esse motivo, sua participação foi considerada relevante por alguns interlocutores, embora não tenha sido oficializada pela atual administração. A Caixa não se pronunciou sobre os detalhes da reunião, mas confirmou que representantes do clube estiveram presentes para tratar do tema.
Stabile reforçou que todas as decisões sobre a Arena serão tomadas pela diretoria atual, com base em pareceres técnicos e jurídicos. O clube pretende manter diálogo aberto com a Caixa, buscando uma solução que não comprometa o planejamento financeiro da instituição.
A Arena Corinthians, inaugurada em 2014, foi construída com recursos financiados pelo banco estatal e segue como um dos principais ativos do clube. A renegociação da dívida é considerada estratégica para garantir estabilidade econômica e viabilidade de investimentos futuros.
Desempenho abaixo do esperado, derrota para lanterna do Brasileirão e clube em meio a polêmicas, são alguns dos motivos para reunião
24 Set 2025 | 17:48 |
Na tarde desta quarta-feira (24), representantes da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, estiveram na sede social do clube, localizada no Parque São Jorge, em busca de esclarecimentos sobre a atual situação da equipe e da gestão alvinegra. A visita tinha como objetivo encontrar o presidente Osmar Stabile, mas ele não estava presente, pois se encontrava em viagem por motivos pessoais.
Diante da ausência do mandatário, os torcedores foram recebidos por Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo. A conversa serviu como uma tentativa de obter respostas sobre o desempenho do time no Campeonato Brasileiro e sobre decisões administrativas que têm gerado insatisfação entre os corintianos.
Após o encontro, Osmar Stabile entrou em contato com os líderes da organizada por telefone e agendou uma reunião para esta quinta-feira (25), com o compromisso de ouvir as demandas e prestar os devidos esclarecimentos. A atitude foi vista como uma tentativa de apaziguar os ânimos e demonstrar abertura ao diálogo.
Alexandre Domênico, presidente da Gaviões da Fiel, já havia sinalizado anteriormente que pretende ampliar as cobranças, incluindo o elenco profissional do Corinthians. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele afirmou que irá ao CT Joaquim Grava para conversar diretamente com os jogadores, reforçando que a pressão não se limita à diretoria.
O Corinthians vive um momento delicado na temporada. Após a derrota para o Sport, a equipe se prepara para enfrentar o Flamengo no domingo (28), às 20h30, na Neo Química Arena. O confronto é considerado decisivo para a recuperação do clube na competição e pode influenciar diretamente o clima entre torcida e gestão.
A mobilização da torcida organizada reflete o crescente descontentamento com os rumos do clube. A reunião marcada com Stabile será fundamental para definir os próximos passos e buscar soluções que atendam às expectativas da Fiel Torcida, que segue exigindo transparência e resultados dentro de campo.
Alta taxa de juros em meio a uma crise financeira do clube tem dificultado o pagamento do Timão que se vê com grandes problemas em tentar buscar um equilíbrio
24 Set 2025 | 13:19 |
A Caixa Econômica Federal iniciou tratativas com o Corinthians para reformular o modelo de pagamento da dívida referente à Neo Química Arena, que atualmente ultrapassa R$ 670 milhões. A proposta visa aliviar os encargos financeiros do clube, especialmente os juros, que hoje giram em torno de 18% ao ano, calculados pela fórmula Selic + 2%.
Em reunião realizada no dia na última terça (23), o presidente do Corinthians, Osmar Stabile, esteve com o presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, para discutir alternativas mais viáveis. O encontro contou também com a presença de Andrés Sanchez, ex-presidente do clube e figura influente nas negociações envolvendo o estádio. A participação de Sanchez reforça o peso institucional do Corinthians na busca por melhores condições de pagamento.
A principal sugestão apresentada pelo clube é a substituição da taxa atual por um índice atrelado ao IPCA, o que reduziria os juros para cerca de 9% ao ano. Essa mudança permitiria ao Corinthians maior flexibilidade no orçamento e alívio nas finanças, especialmente considerando que os R$ 20 milhões anuais recebidos da Hypera Pharma pelo naming rights são destinados exclusivamente ao pagamento dos juros.
Além disso, a Caixa propôs a criação de um fundo de investimento vinculado à dívida, com cotas acessíveis aos torcedores. A ideia é que milhões de corintianos possam contribuir adquirindo essas cotas, o que não apenas quitariam o débito, mas também gerariam receita adicional ao clube. O lucro desse fundo seria revertido integralmente ao Corinthians, fortalecendo sua autonomia financeira.
A Caixa se comprometeu a apresentar um novo modelo de pagamento em até 30 dias. As negociações estão em fase inicial, mas há disposição mútua para encontrar uma solução que beneficie ambas as partes.
Enquanto não se firma um acordo para a renegociação da dívida, a Fiel se movimenta pagando parcelas referentes ao pagamento da dívida com a Caixa devido à construção da Neo Química Arena. Até agora, já foram pagos mais de R$ 40 milhões.