Corinthians sofreu oito gols nos últimos cinco jogos e Barcelona será teste maior para a defesa

Durante a vitória do Corinthians por 3 a 2 sobre a Universidad Central, na Neo Química Arena, pelo jogo de volta da segunda fase preliminar da Libertadores, um episódio envolvendo a arbitragem chamou atenção. No final do primeiro tempo, o árbitro colombiano Wilmar Roldán empurrou Rodrigo Garro quando o jogador argentino se aproximou para conversar com a equipe de arbitragem.

Na zona mista após a partida, o goleiro Hugo Souza evitou polêmicas, mas destacou que o comportamento do juiz precisa ser questionado.

"Não gosto de falar sobre arbitragem para ser sincero, ele deixou muito bem o jogo correr. Mas no segundo tempo parou demais, ele não foi muito coerente nisso. No primeiro tempo, ele deixou o jogo rolar, no segundo, ele parou demais. Deu a possibilidade da equipe adversária fazer muita cera, então, não vi esse lance (empurrão no Garro), mas se realmente houve isso, acho que precisa ser cobrado. A gente como atleta não pode nem falar com o árbitro direito, então isso não dá o direito dele encostar na gente. Porque não podemos nem falar, ainda mais encostar, se isso realmente aconteceu, precisa ser visto", afirmou o goleiro.

O ex-árbitro Carlos Eugênio Simon, atualmente comentarista dos canais ESPN, também criticou a atitude de Roldán, ressaltando que a postura do juiz deve ser de distanciamento dos atletas para manter a autoridade.

"Isso é um absurdo. Demonstra a soberba do árbitro, a petulância. Árbitro não tem que abraçar e não tem que empurrar o jogador. Tem que manter uma distância para manter a autoridade, o respeito e se o jogador ficar questionando, recebe o cartão amarelo. Mas jamais empurrar como o Roldán empurrou o Garro no fim do primeiro tempo", analisou Simon durante a transmissão.

Apesar da polêmica, historicamente o Corinthians tem um bom retrospecto em partidas comandadas por Wilmar Roldán. Ao todo, foram seis jogos sob a arbitragem do colombiano, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas. No entanto, o juiz já aplicou 20 cartões amarelos e três vermelhos para jogadores do Timão nesses confrontos, o que evidencia sua postura disciplinadora dentro de campo.

A campanha de financiamento coletivo promovida pela torcida organizada Gaviões da Fiel para pagar a dívida do Corinthians com a Caixa Econômica Federal referente à Neo Química Arena completa três meses no ar nesta quinta-feira, 27.

Desde o dia 27 de novembro, a vaquinha arrecadou R$ 38.104.546,00, um montante que representa 5,44% da dívida total do clube, avaliada em R$ 700 milhões. A campanha ficará ativa até maio, um prazo que foi estipulado junto ao banco estatal.

A meta da torcida era quitar a totalidade da dívida em seis meses, mas restando três meses, o plano parece distante. A vaquinha precisa arrecadar R$ 220,63 milhões por mês para pagar os débitos no prazo da campanha. Entretanto, o financiamento coletivo está longe de ter uma baixa adesão. A vaquinha do Corinthians superou as doações de famosas campanhas solidárias do Brasil.

O recorde de doações do 'Criança Esperança', projeto da Rede Globo em parceria com a Unesco para arrecadar fundos para projetos sociais, ocorreu em 2019, quando foram arrecadados R$ 22,5 milhões. A mobilização para o projeto durou cerca de dois meses.

O Teleton, programa do SBT que arrecada contribuições para a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), registrou recorde de arrecadação em 2023, atingindo a meta de R$ 35 milhões.

A campanha do Corinthians só perde para a arrecadação realizada pelo 'Instituto Vakinha' para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, em abril do ano passado. Denominada 'A Maior Campanha Solidária da História do Rio Grande do Sul', ela arrecadou R$ 70 milhões.

As doações são feitas por meio do site doearenacorinthians.com.br. Cinco opções de doação são oferecidas na plataforma, com quantias a partir de R$ 10, incluindo R$ 20, R$ 50 e R$ 100. Também é possível realizar uma contribuição maior; nesse caso, basta digitar o valor desejado.

Com a contratação do argentino Fabrizio Angileri, anunciado oficialmente nesta quinta-feira, 27, o Corinthians atingiu o limite de jogadores estrangeiros que um clube brasileiro pode ter em seu elenco para disputar as competições nacionais. 

De acordo com o regulamento do Campeonato Brasileiro, feito pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com aprovação dos clubes participantes, apenas nove jogadores estrangeiros podem ser relacionados por partida. 

Além de Angileri, o Timão conta com Félix Torres (Equador), Diego Palacios (Equador), José Martínez (Venezuela), André Carrillo (Peru), Rodrigo Garro (Argentina), Memphis Depay (Países Baixos), Ángel Romero (Paraguai) e Héctor Hernández (Espanha).

Dos nove estrangeiros no Timão, o técnico Ramón Díaz, que é argentino, só não tem utilizado de forma recorrente o lateral-esquerdo Diego Palacios, que está com um déficit na forma física, e o atacante Héctor Hernández, que enfrenta forte concorrência no setor ofensivo. Além Angileri que ainda não está inscrito em nenhuma competição. 

O próximo compromisso do Corinthians será no domingo, 2, contra o Mirassol pelas quartas de final do Campeonato Paulista. A bola rola às 18h30, na Neo Química Arena. Quem vencer, garante vaga para as semifinais do Estadual.