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Diretoria do Corinthians descumpre prazos e aumenta tensão com o CORI

Em meio a dívidas bilionárias, a diretoria alvinegra falha novamente em sua prestação de contas e aumenta tensão interna no clube

Corinthians atrasa entrega do balanço de 2024 pela terceira vez e aumenta pressão sobre a gestão de Augusto Melo. Foto: Reprodução
Corinthians atrasa entrega do balanço de 2024 pela terceira vez e aumenta pressão sobre a gestão de Augusto Melo. Foto: Reprodução

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A diretoria do Corinthians voltou a descumprir o prazo acordado para a entrega das demonstrações financeiras de 2024 ao Conselho de Orientação (CORI), marcando o terceiro atraso consecutivo. O balanço, que deveria ter sido entregue em 31 de março, foi substituído por prévias enviadas por e-mail, sem a documentação completa e sem o parecer dos auditores independentes, conforme exigido pelo estatuto do clube. 


O CORI reagiu com firmeza, alegando que a entrega incompleta compromete sua imparcialidade e independência fiscalizadora. O órgão também apontou divergências nas versões apresentadas pela diretoria, especialmente em relação à comunicação sobre reuniões e à entrega de documentos. O clima de desconfiança se agravou com a divulgação antecipada de dados financeiros pela diretoria, que, segundo o CORI, podem não refletir a realidade contábil do clube. 


A situação financeira do Corinthians é alarmante. O clube informou à Justiça que sua dívida total alcançou R$ 2,4 bilhões, um aumento de R$ 100 milhões em relação ao valor divulgado anteriormente. Desse montante, aproximadamente R$ 704 milhões referem-se ao financiamento da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal. O alto endividamento tem provocado um "fluxo de caixa estrangulado", dificultando o cumprimento de obrigações de curto prazo, como folha salarial e compromissos operacionais. 


A diretoria, liderada por Augusto Melo, afirma estar tomando medidas para reestruturar as finanças do clube, incluindo a adesão ao Regime Centralizado de Execuções (RCE) e renegociações tributárias. No entanto, a falta de transparência e o descumprimento de prazos comprometem a credibilidade dessas ações e aumentam a pressão por mudanças na gestão. 

A crise de transparência no Corinthians evidencia a necessidade urgente de uma gestão mais responsável e comprometida com a prestação de contas. A relação conflituosa entre a diretoria e os órgãos de fiscalização interna não apenas compromete a governança do clube, mas também coloca em risco sua estabilidade financeira e institucional.



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Vaquinha do Corinthians divulga números e aponta redução da dívida

Lançada em novembro do ano passado, o financiamento coletivo tem o objetivo de quitar a dívida de R$ 700 milhões do Timão com a Caixa Econômica Federal

Nessa primeira fase, foram 891.893 doações em 191 dias de ação até esta sexta-feira | Divulgação/Corinthians
Nessa primeira fase, foram 891.893 doações em 191 dias de ação até esta sexta-feira | Divulgação/Corinthians

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A Gaviões da Fiel, torcida organizada responsável pela Doe Arena, conhecida como "Vaquinha do Corinthians", divulgou dados da iniciativa que visa ao pagamento da dívida da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal.


Lançada em novembro do ano passado, o financiamento coletivo tem o objetivo de quitar a dívida de R$ 700 milhões do Corinthians com a Caixa Econômica Federal. Em seis meses, a campanha arrecadou R$ 40.478.135,58. O valor representa 5,78% da meta. Ao foram pagos 110 parcelas.


Segundo o relatório, o valor principal da dívida está avaliado em R$ 646,9 milhões, e representa uma economia de R$ 7 milhões por ano em juros para o clube alvinegro. Inicialmente, a campanha terminaria em maio, entretanto, a Gaviões da Fiel conseguiu renovar o prazo até o dia 31 de dezembro.


A dívida perdura desde 2013, quando o banco estatal emprestou R$ 400 milhões ao Corinthians para a construção do seu estádio, utilizado no ano seguinte na Copa do Mundo realizada no Brasil. O financiamento público gerou juros que elevaram a dívida para cerca de R$ 700 milhões.

Nessa primeira fase, foram 891.893 doações em 191 dias de ação até esta sexta-feira. O estado com mais arrecadação foi São Paulo, com R$ 28.463.074,45, seguido do Paraná, com R$ 2.079.670,87, e, fechando o top-3, Pernambuco, que levantou R$ 1.350.901,85.


Como doar para Vaquinha do Corinthians?

Cinco opções de doação são oferecidas na plataforma, com quantias a partir de R$ 10, incluindo R$ 20, R$ 50 e R$ 100. Também é possível realizar uma contribuição maior; nesse caso, basta digitar o valor desejado. A arrecadação acontece por meio do site doearenacorinthians.com.br


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Aliados de Augusto Melo vão à justiça

Ação foi promovida com o objetivo de voltarem para o comando do clube paulista e agrava a instabilidade política e financeira

Aliados de Augusto Melo vão à Justiça para validar atos no Corinthians e contestar decisões do Conselho - Foto: Agência Corinthians
Aliados de Augusto Melo vão à Justiça para validar atos no Corinthians e contestar decisões do Conselho - Foto: Agência Corinthians

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Aliados do presidente afastado Augusto Melo, entraram com uma ação judicial na Vara Cível do Foro Regional VIII do Tatuapé, em São Paulo, buscando validar um ato realizado no Parque São Jorge. O grupo, que é composto por conselheiros como Mario Mello, Ronaldo Fernandez Tomé, Maria Ângela de Sousa Ocampos e Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos, moveu um processo contra Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, o presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile, e o próprio clube.


A ação tem como objetivo confirmar a "vigência imediata" da decisão da Comissão de Ética e Disciplina, que teria afastado Romeu Tuma da presidência do Conselho Deliberativo no dia 9 de abril. Com isso, os aliados de Augusto Melo defendem que Maria Ângela seja empossada como presidente interina do órgão.


No último dia 31 de maio, Augusto Melo tentou reassumir a presidência do Corinthians por meio de um documento assinado por Maria Ângela, que se declarou presidente interina do Conselho Deliberativo. Ela alegou que Romeu Tuma deveria estar afastado e que seu sucessor imediato, Roberson de Medeiros, conhecido pelo apelido de "Dunga", estava de licença médica. Com isso, Maria Ângela anulou todos os atos conduzidos por Tuma desde o dia 9 de abril, incluindo a votação que aprovou o impeachment de Augusto Melo pelo caso VaideBet.


Os aliados de Augusto Melo fundamentam sua ação nos artigos 28, letras D e E, e 30 do estatuto do Corinthians. No entanto, especialistas apontam que esses artigos se aplicam aos associados do clube social, e não aos conselheiros eleitos. Além disso, Rodrigo Bittar, membro da Comissão de Ética, expôs irregularidades no ato liderado por Augusto Melo e votou contra o afastamento de Tuma na reunião de abril.

Osmar Stabile, atual presidente interino do Corinthians, não reconheceu o documento apresentado por Augusto Melo e se recusou a deixar o cargo. Ele esteve presente no treino da equipe no CT Dr. Joaquim Grava e conversou brevemente com a imprensa sobre o caso.


O imbróglio jurídico continua, e a Justiça deverá decidir sobre a validade das ações tomadas pelos aliados de Augusto Melo. Enquanto isso, o Corinthians segue administrando a crise política que envolve sua diretoria e Conselho Deliberativo.



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Presidente do Cuiabá volta a cobrar Corinthians e outros clubes por dívida milionária

O Timão, Santos, Grêmio e Atlético-MG devem mais de R$ 40 milhões ao Dourado Auriverde, e clube acusa falta de responsabilidade financeira no futebol brasileiro

O Corinthians é cobrado em mais de R$ 40 milhões em dívidas ao Cuiabá, e Clube pede as devidas providências. Foto: Reprodução.
O Corinthians é cobrado em mais de R$ 40 milhões em dívidas ao Cuiabá, e Clube pede as devidas providências. Foto: Reprodução.

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O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, veio a público cobrar mais de R$ 40 milhões que, segundo ele, são devidos ao clube por Corinthians, Santos, Grêmio e Atlético-MG. A principal reclamação recai sobre o Corinthians, que contratou o volante Raniele no início de 2024 por 2,5 milhões de euros, mas teria quitado apenas a primeira parcela do acordo. A dívida atual, com multas, já ultrapassa R$ 13 milhões.


Dresch afirmou que o clube buscou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), ligada à CBF, para garantir o cumprimento do contrato. Segundo ele, o Cuiabá tentou negociar, mas não aceita abrir mão do valor total acordado. O dirigente ainda disparou contra a postura do Corinthians, dizendo que é um “golpe no futebol brasileiro” continuar contratando enquanto há débitos com outros clubes.


O presidente do Dourado criticou fortemente o fato de o Corinthians seguir investindo alto em contratações, como no caso de Memphis Depay, sem regularizar dívidas pendentes. Ele defendeu a criação de mecanismos mais rígidos para impedir que clubes inadimplentes utilizem atletas contratados sem pagamento integral, o que, segundo ele, prejudica equipes menores financeiramente.


Além do Corinthians, o Santos também é cobrado por pendências referentes ao atacante Joaquim, enquanto Atlético-MG e Grêmio devem valores relacionados a outras negociações. Dresch reforçou que o total acumulado de dívidas supera R$ 40 milhões e que isso compromete o planejamento financeiro do Cuiabá, clube que depende diretamente da regularidade desses pagamentos.

Até o presente momento a diretoria do Corinthians não se posicionou sobre as alegações de Cristiano Dresch e da dívida contratual. O caso, no entanto, segue gerando polêmica e tensão entre as partes envolvidas.



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