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Conselho Deliberativo do Corinthians lamenta manifestação do CORI em relação ao estatuto
18 Nov 2025 | 19:42
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22 Nov 2025 | 07:00 |
A Gaviões da Fiel anunciou o encerramento da campanha “Doe Arena”, criada para auxiliar na quitação da dívida da Neo Química Arena. O movimento será finalizado oficialmente em 26 de novembro, após um ano de mobilização.
A iniciativa foi lançada em novembro de 2024 em parceria com a Caixa Econômica Federal, com a meta de arrecadar R$ 700 milhões. Até o momento, o projeto conseguiu reunir R$ 41 milhões, valor correspondente a pouco mais de 5% do objetivo inicial.
Em nota oficial, a torcida destacou: “O Gaviões da Fiel anuncia que a campanha DOE ARENA está chegando ao fim. Na próxima quarta-feira, 26 de novembro, encerraremos oficialmente essa mobilização histórica, que uniu a torcida corinthiana para ajudar na quitação da dívida do nosso estádio junto à Caixa Econômica Federal.
Gaviões continuou: “Diante da instabilidade política no Parque São Jorge, denúncias, impeachment de presidente e uma dívida que se aproxima de R$ 3 bilhões, muitos acreditaram que seria impossível. Mas a Fiel provou, mais uma vez, que ser Corinthians é lutar sempre.”
Torcida do Corinthians falou dos problemas que encontraram: enfrentamos desconfiança, críticas da mídia...”
O comunicado também ressaltou as dificuldades enfrentadas: “Chegar a esse marco não foi fácil. Durante um ano, enfrentamos desconfiança, críticas da mídia e um contexto que abalou a credibilidade do clube. Mas também encontramos milhares de corinthianos que não se deixaram abalar, se uniram para mostrar que a paixão pelo Corinthians é maior do que qualquer crise.”
A campanha contou com milhares de contribuições, incluindo doações de torcedores comuns e empresas parceiras. O Estado de São Paulo liderou o ranking de arrecadações, com mais de R$ 28 milhões doados. A maior contribuição individual foi realizada pela empresa Esportes da Sorte, patrocinadora máster do clube.
Segundo balanço recente, a dívida da Neo Química Arena está em torno de R$ 655,3 milhões. O financiamento inicial foi de R$ 400 milhões em 2013, para a construção do estádio utilizado na Copa do Mundo de 2014, mas os juros elevaram o montante ao patamar atual.
A nota finalizou com agradecimentos: “A todos que participaram e aos que ainda vão participar: vocês mostraram, mais uma vez, que o Corinthians é gigante e a Fiel é imbatível. Obrigado por fazer história conosco.”
Vice-presidente do clube do Parque São Jorge contesta auditoria feita e revelou que o alvinegro teria retirado uniformes mais do que o combinado com a Nike
19 Nov 2025 | 17:08 |
O vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça, contestou nesta quarta-feira (19) o relatório de auditoria interna que o implicou em supostas irregularidades envolvendo materiais fornecidos pela Nike. Em coletiva, ele apresentou documentos e criticou o trabalho conduzido pelo diretor de Tecnologia do clube, afirmando que o texto contém inconsistências e carece de rastreabilidade adequada.
Armando Mendonça sobre polêmica: Se comprovar, renuncio.”
Mendonça declarou que não cometeu desvio e que está disposto a abrir mão do cargo caso haja comprovação contra si. “Eu nunca desviei um material do Corinthians. Se comprovar, renuncio”, disse o dirigente, ao sustentar que as movimentações atribuídas foram regulares e registradas conforme os procedimentos internos.
O relatório cita a retirada de 131 itens vinculados ao vice-presidente entre 6 de junho e 30 de outubro de 2025. Segundo Mendonça, o número está incorreto e mistura lançamentos, reservas e movimentos não executados por ele. “Das 131 camisas, 84 não foram retiradas por mim; dessas, 62 sequer saíram”, afirmou, ao exibir e-mails e comprovantes que, segundo sua defesa, demonstram conformidade com as normas do clube.
Na manifestação, o dirigente negou responsabilidade operacional sobre os almoxarifados do CT Joaquim Grava e do Parque São Jorge, dizendo que sua atuação não envolve gestão de estoque. Ele reiterou que as saídas ocorreram para eventos oficiais, ações institucionais e demandas de departamentos, com registros eletrônicos e controles formais. “Toda retirada foi legal e sem benefício pessoal”, declarou.
A auditoria, solicitada pelo presidente Osmar Stábile, apontou aumento no volume de peças recebidas, notas fiscais não lançadas e venda irregular dentro das dependências do clube. O documento foi encaminhado à presidência e ao Conselho Deliberativo, que analisam recomendações de melhoria de governança e compliance nos fluxos de materiais.
Mendonça que precisou dar esclarecimentos à Polícia Civil, disse ter notificado funcionários ligados ao sistema, contestando tecnicamente o relatório e pedindo correções. “Há impropriedades metodológicas e jurídicas; faltam evidências mínimas e base documental idônea”, afirmou, ao comunicar colaboração com as instâncias internas e autoridades para esclarecimento dos fatos.
Time do povo tem passado por diversos problemas extracampo além de estar com as suas contas no vermelho devido à dívidas que pairam no clube
19 Nov 2025 | 10:57 |
O vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça, prestou depoimento sobre supostos desvios de materiais esportivos ligados à fornecedora Nike. O caso segue em investigação e envolve auditoria interna realizada no clube. O promotor Cássio Roberto Conserino pediu ao MP que fosse analisado a possibilidade de uma intervenção judicial devido aos inúmeros casos de irregularidades apontados no clube.
O dirigente foi ouvido pela Polícia Civil de São Paulo na última terça (18), dentro do inquérito que apura irregularidades na gestão de produtos fornecidos pela multinacional. A auditoria interna apontou falhas no controle de estoque e recomendou ajustes administrativos, mas não indicou Mendonça como responsável direto pelos desvios. Apesar disso, seu nome foi citado no relatório, o que motivou questionamentos e a convocação para esclarecimentos.
Durante o depoimento, Mendonça negou qualquer envolvimento em práticas ilícitas e declarou não ter atribuições relacionadas à administração dos materiais esportivos. Ele afirmou que sua função na diretoria não inclui a supervisão de uniformes ou equipamentos, reforçando que não possui responsabilidade sobre o setor investigado. O Conselho Deliberativo do clube acompanha o caso e avalia medidas adicionais para garantir transparência na apuração.
Paralelamente, o vice-presidente notificou extrajudicialmente funcionários ligados à área de tecnologia da informação, contestando a validade da auditoria. Entre os notificados estão Marcelo Munhoes, diretor de TI, e Reginaldo Nascimento, coordenador de sistemas. Mendonça alegou que o relatório apresenta impropriedades técnicas e jurídicas, além de insinuações sem provas documentais consistentes. A notificação foi anexada ao inquérito e integra o conjunto de documentos analisados pelas autoridades.
O episódio ocorre em meio a um período de intensa fiscalização sobre contratos e fornecimentos relacionados ao Corinthians. A parceria com a Nike, uma das mais relevantes do clube, está sob inspeção devido às suspeitas de má gestão de materiais. O Ministério Público acompanha os desdobramentos e pode adotar providências conforme o avanço das investigações.
Clube do Parque São Jorge acumula irregularidades que chegaram até a justiça e que pode interferir na rotina do Timão que já passa por dificuldades
18 Nov 2025 | 20:40 |
O Ministério Público de São Paulo recebeu uma representação do promotor Cássio Roberto Conserino sugerindo que seja avaliada a possibilidade de intervenção judicial no Corinthians. O documento, elaborado em novembro de 2025, reúne 25 fundamentos que apontam indícios de irregularidades administrativas e financeiras dentro do clube.
A solicitação foi encaminhada à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, responsável por analisar se há elementos suficientes para instaurar um inquérito civil ou até mesmo uma ação pública.
Entre os pontos destacados estão o chamado “Caso VaideBet”, que envolve suspeitas sobre contrato de patrocínio e movimentações financeiras, além do uso de cartões corporativos em diferentes gestões, incluindo as presididas por Augusto Melo, Duilio Monteiro Alves e Andrés Sanchez. O documento também cita desvios de materiais esportivos fornecidos pela Nike e possíveis vínculos de pessoas ligadas ao clube com organizações criminosas.
O promotor, que atua na área criminal, não tem competência para instaurar diretamente a intervenção, mas encaminhou o pedido à esfera cível para que seja avaliada a pertinência da medida. A intervenção judicial, caso aprovada, permitiria ao Judiciário acompanhar de perto a administração do Corinthians, impondo regras para maior transparência e controle das contas.
A situação financeira do clube é delicada, com dívidas elevadas e processos em andamento. A diretoria atual, liderada por Osmar Stabile, enfrenta forte pressão para reorganizar o fluxo de caixa e garantir estabilidade institucional. Além das questões jurídicas, o Corinthians disputa a reta final do Campeonato Brasileiro e busca manter o foco esportivo em meio às dificuldades administrativas.
O desfecho dependerá da análise do Ministério Público e de decisões futuras da Justiça. Caso a intervenção seja determinada, o impacto poderá ser significativo, alterando a condução do clube nos próximos meses e influenciando tanto a gestão interna quanto o ambiente competitivo.