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A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, segue firme na campanha de arrecadação para quitar a dívida da Neo Química Arena. Nesta semana, o grupo anunciou o pagamento do 138º boleto, reforçando o compromisso com o projeto iniciado em novembro de 2024. O valor transferido à Caixa Econômica Federal foi de R$ 1.727,39, proveniente das doações feitas por torcedores através da plataforma oficial Doe Arena Corinthians.
A iniciativa, que já arrecadou mais de R$ 40,6 milhões ao todo, tem como objetivo abater o montante total de R$ 700 milhões referente ao financiamento do estádio. Cada boleto representa uma parcela simbólica, cujo valor varia conforme as contribuições diárias feitas pela torcida. A campanha não possui um número fixo de boletos, sendo o ritmo ditado pela mobilização dos corintianos.
Desde o início da ação, mais de 160 mil torcedores participaram da vaquinha virtual, demonstrando engajamento e paixão pelo clube do coração. A Gaviões da Fiel tem divulgado regularmente os valores pagos, promovendo transparência e incentivando novas doações. Os boletos anteriores também apresentaram variações significativas: o 130º boleto, por exemplo, foi quitado com R$ 16.187,83, enquanto o 133º teve valor de R$ 1.727,39. O último que é referente ao 137º teve valor pago de R$ 3.154,74.
A campanha se estende até o final de 2025, com expectativa de alcançar a meta total. Além de contribuir financeiramente, os torcedores têm utilizado as redes sociais para divulgar a ação e convocar mais participantes. A Gaviões também criou um contador automatizado que atualiza em tempo real o valor arrecadado, permitindo acompanhamento constante da evolução da campanha.
A Neo Química Arena, inaugurada em 2014, é um dos maiores patrimônios do Corinthians e palco de momentos históricos do clube e da torcida. A mobilização da torcida organizada representa não apenas um gesto de apoio ao clube, mas também um exemplo de responsabilidade coletiva e amor incondicional. Com cada boleto pago, o sonho da quitação total se torna mais próximo da realidade.
Jogador que atua na Europa tem valores a receber do Timão que são referentes a negociação que oficializou a sua saída do Brasil
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O Corinthians voltou a ser alvo de críticas por sua gestão financeira após atrasar o pagamento de parcelas referentes à venda do atacante Felipe Augusto, revelado nas categorias de base do alvinegro. Atualmente foi vendido para o Trabzonspor, clube da Turquia. O jogador ainda possui 10% de seus direitos econômicos vinculados ao Timão, que se comprometeu a pagar R$ 1,2 milhão em cinco parcelas. No entanto, apenas uma foi quitada até o momento, e três estão em atraso desde setembro de 2024, com a última prevista para daqui a dois meses.
O Filho do Terrão foi negociado para o Cercle Brugge, da Bélgica, em 2023, por 3 milhões de euros (cerca de R$ 16 milhões na cotação da época). O valor referente à participação do Corinthians na transação deveria ter sido pago de forma escalonada, mas o clube não conseguiu cumprir o cronograma afirmado entre as partes. O montante atual da dívida, sem correção de juros, gira em torno de 197 mil euros, o que equivale a aproximadamente R$ 1,2 milhão.
A situação preocupa não apenas pela inadimplência, mas também pelo risco de sanções esportivas. Caso o Corinthians não regularize o débito, pode ser acionado na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), o que poderia resultar em punições como um possível transfer ban, impedindo o registro de novos atletas por até seis meses.
Felipe Augusto, que se destacou na base corintiana e teve passagem pelo profissional, é mais um exemplo de talento formado no clube que gerou receita, mas também expôs falhas administrativas. A recorrência de dívidas com jogadores formados no terrão levanta questionamentos sobre o planejamento financeiro e a capacidade do Corinthians de honrar compromissos assumidos.
A diretoria tenta contornar a crise com antecipação de receitas e acordos comerciais, mas a pressão aumenta com a proximidade da janela de transferências e a necessidade de reforçar o elenco. A torcida, já impaciente com os resultados em campo, cobra mais responsabilidade e transparência nos bastidores do clube.
Anteriormente, o ex-dirigente teria afirmado que valores utilizados eram referentes a uma viagem relacionada ao clube, no entanto, documento mostra o contrário
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A administração de Duílio Monteiro Alves à frente do Corinthians, entre 2021 e 2023, está sob forte investigação após revelações de despesas pessoais pagas com recursos do clube. Documentos obtidos por veículos de imprensa mostram que, durante esse período, foram realizadas compras que vão desde cervejas e alimentos até medicamentos para disfunção erétil, todos registrados em notas fiscais vinculadas ao nome do ex-presidente ou de seu motorista, Denilson Grillo.
O relatório de despesas, que cobre o intervalo entre 26 de setembro e 31 de outubro de 2023, inclui 176 transações que somam mais de R$ 86 mil. Desses, R$ 80 mil foram entregues em espécie à presidência, com o restante sendo solicitado como reembolso. Entre os fornecedores, destaca-se o “Oliveira Minimercado”, que emitiu sete notas fiscais totalizando R$ 32.580, embora o endereço comercial informado não corresponda a um estabelecimento ativo.
Além de gastos com alimentação, o documento aponta compras em farmácias, salões de beleza, lavanderias e até brinquedos. Em algumas notas, constam medicamentos como Tadalafila e Cialis, adquiridos em datas que coincidem com viagens do Corinthians, como a semifinal da Copa Sul-Americana em Fortaleza.
A autenticidade das notas foi confirmada por meio do site da Secretaria da Fazenda, e o relatório é assinado por Grillo, que nega ter reconhecido a planilha. No entanto, sua assinatura aparece em outros documentos oficiais, como registros empresariais.
Diante da repercussão, Duílio se manifestou por meio de nota, alegando manipulação de documentos e prometendo tomar medidas legais contra os responsáveis pela divulgação. O clube, por sua vez, registrou boletim de ocorrência relatando o desaparecimento de documentos fiscais, agravando ainda mais o cenário institucional.
O Conselho Deliberativo do Corinthians acompanha as investigações e avalia possíveis falhas na fiscalização interna. A situação expõe fragilidades na governança e levanta questionamentos sobre o uso de recursos em gestões anteriores.
Diretoria não encontrou arquivos que serviriam para entender melhor os gastos do clube nas gestões anteriores e o impacto financeiro
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O Corinthians enfrenta mais uma crise institucional após identificar o sumiço de documentos relacionados ao controle de despesas do clube. No último sábado, a diretoria registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil, alegando subtração criminosa de faturas e registros administrativos, tanto físicos quanto digitais. A suspeita é de que parte dos arquivos tenha sido retirada durante a invasão ao Parque São Jorge, ocorrida em 31 de maio, quando o presidente afastado Augusto Melo tentou reassumir o cargo com apoio de aliados.
A descoberta aconteceu após o presidente interino, Osmar Stabile, solicitar ao departamento financeiro uma apuração detalhada sobre gastos realizados com o cartão corporativo em gestões anteriores. Durante esse processo, foi constatada a ausência de diversos documentos, incluindo faturas que passaram a circular de forma fragmentada na imprensa e redes sociais, levantando suspeitas de acesso indevido com fins ilícitos.
O clube também apontou possível violação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e destacou o risco de crime previsto no artigo 305 do Código Penal, referente à destruição ou subtração de documentos públicos. A atual gestão solicitou investigação urgente e abertura de inquérito para apurar os fatos.
Além disso, o Conselho Deliberativo, presidido por Romeu Tuma Jr., acompanha de perto o caso e já requisitou a preservação de todos os registros financeiros dos últimos sete anos. A Comissão de Ética foi acionada para avaliar a conduta de ex-dirigentes e funcionários, especialmente após o vazamento de faturas em perfis anônimos nas redes sociais. Andrés Sanchez por exemplo, já teve seu nome ligado duas vezes aos gastos indevidos do cartão corporativo do Corinthians.
O Corinthians reafirmou seu compromisso com a transparência e boa governança, solicitando ao banco emissor as segundas vias dos documentos desaparecidos. A diretoria também repudiou qualquer ação que comprometa a integridade institucional do clube, lamentando que disputas políticas tenham ultrapassado os limites do respeito à história e ao patrimônio da entidade.