Maycon sobre o Corinthians: “Deixei bem aberto ao clube..."

O Corinthians, mesmo enfrentando restrições impostas pela FIFA, tornou-se centro de especulações envolvendo o lateral português João Cancelo. Atualmente vinculado ao Al-Hilal, da Arábia Saudita, o jogador possui contrato válido até meados de 2027.

A possibilidade de sua chegada ao clube paulista em 2026 ganhou força após uma publicação nas redes sociais, onde Cancelo aparece vestindo uma camisa personalizada do Timão, divulgada por Malcom, seu companheiro de equipe e ex-jogador da base corinthiana.

A manifestação pública gerou entusiasmo entre os torcedores, que iniciaram uma campanha virtual pedindo sua contratação. Segundo informações apuradas pelo jornalista Samir Carvalho, o nome do defensor agrada à diretoria alvinegra, embora não exista negociação formal em andamento. O clube está impossibilitado de registrar novos atletas devido à punição vigente, e a janela de transferências no Brasil permanece fechada até janeiro.

O que o Corinthians precisa fazer?

Para que o sonho se concretize, diversos fatores precisam ser superados. O salário atual de Cancelo gira em torno de 15 milhões de euros por ano, o equivalente a aproximadamente R$ 92 milhões, valor incompatível com a realidade financeira do Corinthians. O jogador teria que aceitar uma redução significativa em sua remuneração para atuar no Brasil.

Déficit financeiro pode impedir negociação

Além disso, o clube enfrenta pendências financeiras com outras instituições, como o Santos Laguna, do México, e o atacante Memphis Depay. A dívida com o time mexicano deve ser quitada apenas em 2026, enquanto a proposta para regularizar os valores devidos ao jogador holandês prevê pagamento até fevereiro do mesmo ano.

João Cancelo, que já passou por grandes clubes europeus como Barcelona, Manchester City, Bayern de Munique e Juventus, parece estar interessado em vestir a camisa corinthiana. Contudo, sua eventual chegada depende da resolução de entraves administrativos e financeiros que ainda desafiam o planejamento do Timão.

Investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e pela Polícia Federal revelaram que integrantes de uma facção criminosa utilizaram o nome do ex-jogador Danilo Gabriel de Andrade como referência técnica para avaliar jovens atletas das categorias de base do Corinthians.

O caso surgiu durante apurações sobre seis mortes ocorridas entre 2021 e 2024, ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), e apontou um esquema de lavagem de dinheiro por meio do agenciamento de jogadores profissionais.

Ex-Corinthians seria o “crivo técnico”

Mensagens obtidas em grupos de WhatsApp indicam que o novo comandante técnico do Pouso Alegre, que atuou como treinador do Sub-23 e Sub-20 do clube paulista, era consultado por pessoas envolvidas no esquema para indicar quais atletas deveriam ser abordados por empresas ligadas aos investigados.

A atuação de Danilo como técnico da base, inclusive na conquista da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2024, teria conferido credibilidade às suas avaliações, utilizadas como “crivo técnico” pelos suspeitos.

Segundo os documentos analisados, não há indícios de que o ex-jogador do Corinthians tenha participado diretamente das negociações ou que os jogadores soubessem da origem dos recursos envolvidos. O nome do meio-campista Du Queiroz, formado no clube e referendado por Danilo, aparece como representado pela FFP Agency desde 2021, conforme registros do mercado.

Policiais também estariam envolvidos

O esquema investigado envolve também além do ex-Corinthians, policiais civis suspeitos de corrupção, apelidados pelos investigadores como “outro PCC”. A estratégia utilizada consistia em obter procurações dos atletas e direcionar valores para empresas de agenciamento vinculadas aos investigados, como forma de ocultar a origem ilícita dos recursos.

As autoridades seguem apurando o envolvimento de diferentes agentes no caso, buscando identificar os responsáveis pela movimentação financeira e pela intermediação dos contratos. O Corinthians, por sua vez, não se manifestou oficialmente sobre a citação de Danilo nas investigações, mas o clube tem adotado medidas internas para reforçar os controles nas categorias de base.

O Corinthians enfrenta uma pendência financeira relacionada à aquisição do zagueiro José Martínez, contratado junto ao Philadelphia Union, dos Estados Unidos. A dívida gira em torno de R$ 8 milhões, valor correspondente à primeira parcela do acordo firmado entre os clubes. O pagamento deveria ter sido realizado em julho de 2025, mas permanece em aberto, conforme divulgado em 25 de setembro.

Valor era para ser pago em três vezes, mas a primeira parcela ainda não foi quitada

O contrato estabelecido prevê o desembolso total de US$ 3 milhões, dividido em três etapas. A primeira, equivalente a US$ 1,5 milhão, ainda não foi quitada, gerando uma notificação oficial por parte da equipe norte-americana. O Philadelphia Union aguarda a regularização do débito, enquanto o Corinthians reconhece o compromisso e busca alternativas para resolver a situação.

A negociação envolveu cláusulas específicas sobre prazos e valores, com previsão de repasses em datas determinadas. O não cumprimento da primeira parcela pode acarretar sanções administrativas, como restrições em registros de atletas ou impedimentos em competições internacionais. A diretoria corintiana está em contato com representantes do clube dos Estados Unidos para renegociar os termos e evitar penalidades.

Chegada de Martínez ao Timão

José Martínez chegou ao Corinthians em junho de 2025, com vínculo contratual até o final de 2027. Desde sua chegada, tem sido utilizado regularmente pela comissão técnica, integrando o sistema defensivo da equipe. A contratação foi considerada estratégica para reforçar o elenco na temporada, especialmente após saídas de jogadores da posição.

Caso Rojas

Na última segunda (23), O CAS ordenou ao Corinthians pagar a dívida de Matías Rojas que foi jogador do alvinegro até a temporada passada. Com prazo de 45 dias, o clube precisar quitar o débito de R$ 45 milhões. Esse valor já está corrigido com os juros provenientes do atraso. Vale lembrar que ainda existem os casos de Garro e Maycon que estão na Corte Arbitral do Esporte.