Stabile define situação de Fabinho soldado no Corinthians

O presidente do Corinthians, Osmar Stábile, detalhou a situação financeira do clube em relação à dívida com o Santos Laguna, do México, que resultou em um transfer ban imposto pela FIFA. O valor original da dívida é de US$ 6,145 milhões (cerca de R$ 33,5 milhões), referente à contratação do zagueiro equatoriano Félix Torres, realizada em janeiro de 2024.

Stábile explicou que, além do montante principal, o clube enfrenta encargos adicionais, como juros de 18% ao ano e multas por atraso no pagamento, o que eleva o valor total da dívida. O dirigente destacou que o Corinthians está empenhado em negociar com o Santos Laguna para regularizar a situação e evitar punições mais severas da FIFA, que poderiam incluir a proibição de registrar novos jogadores por até três janelas de transferências.

O presidente também mencionou que o clube recorreu à FIFA para intermediar as negociações com o Santos Laguna, na esperança de encontrar uma solução amigável. No entanto, até o momento, as propostas apresentadas pelo Corinthians foram recusadas pelos mexicanos, que se mantêm firmes em sua posição.

Stábile enfatizou a importância de resolver essa pendência financeira para o futuro do clube, ressaltando que a regularização da situação permitirá ao Corinthians operar normalmente no mercado de transferências e fortalecer o elenco para as competições futuras.

O dirigente finalizou afirmando que a diretoria está explorando todas as possibilidades para quitar a dívida e evitar maiores prejuízos ao clube, incluindo a busca por recursos adicionais e a negociação de prazos mais favoráveis com o Santos Laguna.

O novo presidente do Corinthians, Osmar Stábile, confirmou que o clube está em negociações para a venda dos naming rights da Arena Corinthians, atualmente sob o nome de Neo Química Arena. Stábile afirmou que o Timão está aberto a propostas de empresas interessadas em assumir os direitos de nome do estádio.

Ele ressaltou que o processo será conduzido de forma transparente, com envelopes fechados, garantindo que a decisão seja a melhor para o clube e seus interesses financeiros. A parceria com a Neo Química, do grupo Hypera Pharma, foi estabelecida em 2020 e tem duração de 20 anos, com valor total de R$ 300 milhões, dos quais cerca de R$ 36 milhões já foram recebidos pelo clube.

O presidente acredita que uma nova negociação pode gerar um valor superior ao contrato atual, fortalecendo as finanças do Corinthians e ajudando a quitar dívidas relacionadas à construção da Arena. A venda dos naming rights é vista como uma das estratégias para garantir recursos e melhorar a saúde financeira da instituição.

Stábile enfatizou que todas as negociações serão conduzidas com transparência, priorizando os interesses do clube e mantendo a credibilidade do processo. Ele também destacou a importância de novas receitas para que o Corinthians continue competitivo no cenário esportivo e administrativamente sustentável.

A decisão de buscar novas propostas para os naming rights reflete a necessidade do clube de diversificar suas fontes de receita e reforçar sua posição financeira. Caso concretizada, a mudança poderá trazer ganhos significativos e representar um passo importante na gestão do estádio e da própria instituição.

O Corinthians recorreu à Liga Forte União (LFU) em busca de um aporte financeiro imediato no valor total de R$ 57 milhões, visando aliviar a delicada situação de fluxo de caixa que o clube enfrenta atualmente.

A quantia almejada está dividida em duas parcelas: R$ 27 milhões como adiantamento de receitas de performance no Campeonato Brasileiro — originalmente previstos para dezembro — sem cobrança de juros e já previstos no orçamento de 2025; e R$ 30 milhões como empréstimo, com juros calculados à taxa de CDI mais 3% ao ano. 

Para liberar o empréstimo, a LFU exige que o Corinthians estenda o contrato atual de cessão de direitos de transmissão, que vai até 2029, por mais um ano, até 2030. No entanto, o clube condiciona essa prorrogação à inclusão de uma cláusula de saída, possibilitando a rescisão antecipada do compromisso caso devolva o valor com correção. O Conselho de Orientação (CORI) do Corinthians já aprovou o empréstimo de R$ 30 milhões, enquanto o adiantamento de R$ 27 milhões dispensa aprovação interna pela natureza orçamentária.

A previsão é que os recursos sejam utilizados de maneira imediata para quitar débitos urgentes — salários atrasados de jogadores e funcionários, premiações, pagamentos a fornecedores — e, se viável, impulsionar reforços para o elenco profissional.

A situação financeira do Corinthians segue tensa. Conforme o presidente interino Osmar Stabile, o clube assumiu a gestão sem fluxo de caixa para os meses de maio, junho e julho — período crítico em que as receitas da LFU são concentradas apenas no início e no final do ano, criando um “vazio financeiro” no meio do exercício.

Além da negociação com a LFU, o clube aguarda um aporte de R$ 50 milhões previsto para agosto proveniente das luvas da Nike, como contrapartida pela renovação do contrato de fornecimento esportivo. A expectativa é, ainda, arrecadar R$ 100 milhões em vendas de jogadores durante a janela, justamente para equilibrar as contas até o fim do ano.