
Clube
|
O Corinthians vive uma semana que pode ser considerada como uma ‘final’ fora das quatro linhas. A diretoria do clube está prestes a definir quem será sua fornecedora de material esportivo pelos próximos anos: Adidas ou Nike. A escolha envolve cifras milionárias, questões jurídicas e interesses estratégicos que vão além do campo.
A Adidas, que iniciou negociações ainda na gestão de Augusto Melo, apresentou uma proposta robusta ao presidente interino Osmar Stabile. A oferta inclui luvas entre R$ 80 milhões e R$ 85 milhões por ano, além de bônus não divulgados. A empresa alemã também promete maior distribuição de produtos e ações de marketing mais agressivas, o que agrada parte da diretoria e do Conselho de Orientação (Cori).
Por outro lado, a Nike, parceira do clube desde 2003, ainda não formalizou uma contraproposta, mas sinalizou verbalmente que pode superar os valores da concorrente. A gigante norte-americana renovou automaticamente seu contrato até 2029 por meio de uma cláusula unilateral, o que gerou desconforto interno. A atual gestão contesta a validade dessa renovação, alegando que foi feita pela distribuidora Fisia, e não diretamente pela Nike.
Entre os trunfos da empresa norte-americana, estão a tradição da parceria, a visibilidade internacional e o fato de o Corinthians ser atualmente o único clube da Série A vestido pela marca. No entanto, há críticas quanto à distribuição de uniformes e à falta de atenção ao mercado nacional, o que impacta negativamente as vendas.
A Adidas, por sua vez, busca retomar espaço no futebol brasileiro e vê no Corinthians uma vitrine estratégica para os alemães que já tem contrato com equipes como Flamengo e Real Madrid. A empresa estaria disposta, inclusive, a arcar com eventuais custos judiciais caso a Nike entre com ação por quebra contratual.
O presidente Osmar Stabile já acionou o Cori para acelerar o processo e deve tomar uma decisão nos próximos dias. A escolha entre as duas gigantes do esporte podem redefinir a imagem do clube no mercado e influenciar diretamente suas receitas nos próximos anos.
Dirigente é contra as ações feitas pelo presidente afastado do clube do Parque São Jorge e foi o primeiro a se afastar quando soube das irregularidades
|
A crise política no Corinthians ganhou novos contornos após o vice-presidente Armando Mendonça criticar duramente o presidente afastado Augusto Melo. O estopim foi a divulgação de fotos em que Melo aparece ao lado de empresários ligados à VaideBet, empresa envolvida em um escândalo de patrocínio que abalou os bastidores do clube neste ano.
Armando Mendonça, que já havia rompido com Melo após denúncias de irregularidades no contrato de R$ 360 milhões com a casa de apostas, não poupou palavras. Em declarações recentes, o vice afirmou que o ex-presidente mentiu à imprensa e à Polícia Civil ao negar vínculos com os empresários, mesmo após imagens comprovarem o contrário.
Segundo Mendonça, a gestão de Augusto Melo foi marcada por omissões e decisões tomadas com base em interesses pessoais. Ele revelou que, ao ser informado sobre as suspeitas de fraude, o presidente afastado teria ignorado os alertas e se recusado a abrir qualquer investigação interna. O vice também destacou que o clube acumulou dívidas e compromissos não honrados, herdando o que chamou de “herança maldita”.
A situação se agravou com a revelação de que parte da comissão do contrato foi repassada a uma empresa de fachada, a Neoway, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro. Mendonça, que foi o primeiro dirigente a ser informado sobre o caso, afirmou que tentou agir com transparência, mas foi isolado dentro da diretoria.
Além das críticas públicas, o vice-presidente relatou ter sido alvo de ameaças e perseguições por conselheiros ligados a Melo. Para conter a instabilidade, ele afirmou ter blindado o CT e proibido a entrada de figuras políticas, buscando devolver o foco ao elenco e à comissão técnica.
Com a posse interina de Osmar Stabile, Mendonça defende uma reconstrução baseada em profissionalismo e participação ativa dos sócios do Timão. Ele reforça que o Corinthians precisa de uma gestão transparente e livre de interesses obscuros para retomar sua grandeza institucional.
Durante entrevista no último domingo (22), Luiz Eduardo Baptista comentou sobre o projeto e cita Timão de forma negativa para ser cauteloso
|
Prestes a ter um novo estádio futuramente, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, concedeu entrevista no último domingo (22), para falar a respeito do projeto da nova casa rubro-negra. O mandatário do time carioca citou o Corinthians como exemplo negativo, em relação a pressa para ter o estádio.
Presidente do Flamengo cita o Corinthians como exemplo para falar sobre novo estádio do time carioca
Confira o que disse Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, onde cita o Corinthians: "Não tem nada a ver uma coisa com a outra (dinheiro da premiação). O projeto do estádio é um projeto para 50 anos. É um projeto. Minha promessa é a seguinte: eu jamais faço nada na minha vida baseado em emoção. Se a gente não tiver certeza absoluta que isso não empurra o Flamengo para virar uma SAF ou que isso vai comprometer a performance esportiva do Flamengo, eu não vou fazer o estádio."
Estádio: "O estádio é importante, é um sonho, mas a gente esperou anos pelo CT, demoramos mais de 20 anos para fazer. Eu tenho o Maracanã por 19 anos. Eu tenho 19 anos para fazer isso. Temos que ganhar muita coisa ainda. Quando tiver mais dinheiro e mais clareza no projeto, a gente vai tomar decisão." Prosseguiu o presidente do Flamengo.
"Os estudos demonstram que não dá para fazer no tempo que foi dito e nem no preço que foi comentado. Tem quatro empresas avaliando os trabalhos que eles fizeram, que eram preliminares, e a conclusão é que infelizmente vai demorar mais tempo e mais dinheiro do que foi colocado naquela época. Infelizmente é a vida como ela é. Se isso comprometer a performance do Flamengo, nós não vamos fazer."
Bap cita o Corinthians como exemplo: "Vamos pegar o caso do Corinthians. Em 2012, foi campeão da Libertadores e do Mundial. Meus amigos corintianos diziam "daqui a dois anos vamos ter o estádio e vocês vão ver o que vai acontecer". E o que aconteceu de lá para cá? Aprender com a experiência da gente é inteligente, aprender com os outros é sabedoria."
Concorrentes fazem uma grande disputa pelo Timão e o presidente interino do clube do Parque São Jorge, se reuniu com as fornecedoras de material esportivo
|
Segue mais um novo capítulo da guerra entre a Nike e a Adidas para patrocinar o Corinthians pelos próximos anos e segundo a repórter do portal 'UOL Esporte', Lívia Camilo, o presidente interino do Timão se reuniu com as fornecedoras de material esportivo nesta semana, a fim de ouvir as propostas.
Adidas faz nova proposta para patrocinar o Corinthians e aumenta pressão na Nike - veja a oferta
A atual fornecedora de material esportiva do Corinthians, a Nike, está pressionada com a nova oferta enviada pela Adidas para patrocinar o clube do Parque São Jorge para os próximos anos, já que a empresa alemã resolveu aumentar a proposta em cerca de R$ 80 a 85 milhões por ano com luvas.
O clube paulista tem contrato vigente com a Nike até o final de 2025, com cláusula automática que estende o vínculo até 2029. Apesar disso, a empresa norte-americana ainda não apresentou uma nova proposta para a diretoria atual do Corinthians. Também existe uma questão contratual que obriga o alvinegro paulista a ser cauteloso.
A Nike já se pronunciou recentemente a respeito da parceria com o Corinthians e revela o compromisso de estender o vínculo: "Há mais de duas décadas, a Nike mantém com orgulho uma das parcerias mais duradouras e bem-sucedidas do futebol brasileiro com o Sport Club Corinthians Paulista. Ao lado da apaixonada Fiel Torcida, a Nike comemorou títulos, lançou campanhas icônicas, apresentou camisas inovadoras e ajudou a elevar a identidade do clube dentro e fora de campo."
A Nike ainda não oficializou sua proposta, mas terá a oportunidade de cobrir a oferta da Adidas, direito previsto em contrato. O que a atual fornecedora já prometeu foi a criação de cláusulas com compromisso de prestar um serviço mais eficiente na entrega e distribuição de materiais, uma das principais reclamações do Corinthians.