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O Corinthians oficializou neste sábado a nomeação do Dr. André Jorge como novo chefe do departamento médico do clube. Ele assume a função que estava vaga desde o desligamento da Dra. Ana Carolina Ramos e Côrte, que deixou o cargo no dia 19 de abril.
O Dr. André Jorge já fazia parte do departamento médico do Corinthians desde janeiro de 2024. O profissional possui 24 anos de experiência, com atuação nas áreas de ortopedia, traumatologia e medicina regenerativa.
Com a mudança, os doutores Eures Facci e João Marcelo seguem compondo a equipe do departamento médico do clube. A alteração na chefia ocorre em meio a uma fase de reestruturação interna do Corinthians.
A nomeação acontece dias após Osmar Stabile assumir interinamente a presidência do Corinthians. Ele ocupa o cargo desde o afastamento de Augusto Melo, que teve o processo de impeachment aprovado pelo Conselho Deliberativo.
A saída de Ana Carolina encerrou um ciclo iniciado em 2018, quando ela ingressou no departamento médico do Corinthians. A mudança faz parte das recentes alterações administrativas promovidas pela atual gestão do clube.
Administração interina do clube tem buscado formas de tentar diminuir os valores a serem pagos para os seus credores para evitar sanções
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O Corinthians apresentou à Justiça um novo plano de pagamento para parte de suas dívidas, buscando maior estabilidade financeira e previsibilidade nas despesas. A proposta faz parte do Regime Centralizado de Execuções (RCE), mecanismo que permite ao clube organizar seus débitos cíveis e evitar bloqueios judiciais em contas bancárias.
Inicialmente, o clube pretendia parcelar R$ 367 milhões, mas o valor validado pelo administrador judicial foi de R$ 190 milhões. Esse montante inclui pendências com empresários, fornecedores e atletas, excluindo dívidas tributárias e o financiamento da Neo Química Arena. O plano sugere uma destinação progressiva das receitas recorrentes para os pagamentos: 4% no primeiro ano, 5% no segundo e 6% a partir do terceiro. Já as receitas provenientes da venda de jogadores terão alocação de 5%, 6,5% e 8%, respectivamente, ao longo dos anos.
Além disso, o Corinthians propõe benefícios para “credores parceiros”, que continuarem prestando serviços ao clube, e “credores preferenciais”, como idosos, gestantes e pessoas com doenças graves. Os valores serão corrigidos pela taxa Selic ou pelo IPCA, dependendo da categoria do credor.
A proposta ainda precisa ser homologada pela Justiça para entrar em vigor. Caso aprovada, o clube poderá centralizar os pagamentos e negociar diretamente com os credores, evitando ações judiciais individuais. A diretoria acredita que o plano é essencial para a reorganização jurídico-financeira e para recuperar a credibilidade institucional.
Paralelamente, o Corinthians também apresentou um projeto à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF, visando quitar cerca de R$ 76 milhões em dívidas com clubes, empresários e ex-jogadores. No entanto, a primeira parcela desse acordo venceu recentemente e ainda não foi quitada.
Com uma dívida total estimada em R$ 2,4 bilhões, o clube busca alternativas para equilibrar o orçamento e retomar o crescimento sustentável. Vale lembrar que na semana passada o Corinthians foi amplamente criticado pelo presidente do Cuiabá Cristiano Dresch, por não terem feito ainda o pagamento da primeira parcela da negociação de Raniele. No entanto, por outro lado o Timão argumentou que ainda teria cinco dias para acabar e o prazo se encerraria no próximo dia 22 (terça-feira)
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om janela em andamento, diretoria alvinegra intensifica movimentações, mas esbarra em dificuldades para atender pedidos de Dorival Júnior
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O Corinthians segue ativo no mercado em busca de reforços para a sequência da temporada 2025. Até agora, apenas o lateral Fabrizio Angileri foi contratado. Comandados pelo presidente em exercício, Osmar Stabile, e pelo diretor Fabinho Soldado, os esforços têm se intensificado para atender às necessidades do técnico Dorival Júnior.
Entre os alvos da diretoria, está o atacante Helinho, atualmente no Toluca, do México. No entanto, as tratativas com o clube mexicano não avançaram devido à pedida de 15 milhões de dólares. Diante da dificuldade, o Corinthians voltou suas atenções para nomes que já vestiram a camisa alvinegra e buscam espaço no futebol europeu.
O clube paulista formalizou propostas para repatriar Pedrinho, que pertence ao Shakhtar Donetsk, e Gustavo Mantuan, atualmente no Zenit. Ambos foram revelados nas categorias de base do Corinthians. Segundo informações do jornalista Samir Carvalho, os clubes detentores dos direitos não aceitaram liberar os jogadores por empréstimo.
No caso de Mantuan, a negociação é considerada praticamente inviável. O Zenit, da Rússia, descartou qualquer possibilidade de empréstimo e nem chegou a abrir conversas com a diretoria alvinegra. O atacante tem contrato vigente com o clube russo até junho de 2027, o que dificulta ainda mais qualquer avanço.
Já sobre Pedrinho, o Corinthians ainda alimenta esperança. O clube sugere que o meia acione a chamada “cláusula de guerra”, criada pela FIFA para permitir que atletas estrangeiros atuando na Rússia ou Ucrânia suspendam seus contratos de forma unilateral até meados de 2026.
Ex-jogador do Timão já declarou que caso fosse possível, gostaria de comprar o clube e assim ajudá-lo a se reerguer da atual crise financeira e política
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O ex-jogador Ronaldo Nazário, conhecido mundialmente como Fenômeno, está se movimentando nos bastidores do futebol brasileiro com o objetivo de transformar o Corinthians em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Em meio à grave crise financeira que assola o clube paulista, Ronaldo declarou publicamente que, caso o Timão opte por esse modelo de gestão, ele está disposto a investir e buscar parceiros estratégicos para viabilizar a transição.
Durante participação no podcast Denílson Show, o pentacampeão mundial afirmou: “Se o Corinthians decidir virar SAF, eu arrumo dinheiro e embarco. Acredito muito no clube, na torcida e no potencial de retorno”. A experiência bem-sucedida de Ronaldo à frente da SAF do Cruzeiro, onde promoveu reestruturação administrativa e esportiva, fortalece sua credibilidade como gestor no cenário nacional.
Por conta disso, o pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira estaria trabalhando nos bastidores em busca de investidores que aceitassem embarcar nesse projeto que no futuro, poderá dar bons frutos ao alvinegro. O Corinthians, atualmente avaliado em cerca de R$ 3,7 bilhões, enfrenta um passivo superior a R$ 2,5 bilhões, incluindo R$ 700 milhões referentes à Neo Química Arena. A proposta de Ronaldo inclui captar recursos no mercado financeiro, atrair investidores e quitar dívidas, além de investir em infraestrutura e categorias de base.
Apesar do entusiasmo de Ronaldo, a proposta encontra resistência interna. A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube, se posicionou contra a SAF, alegando que o modelo fere a essência popular do Corinthians e ameaça sua autonomia. O presidente agora afastado, Augusto Melo também se declarou contrário à venda, defendendo uma gestão profissional sem necessidade de privatização.
Ainda assim, Ronaldo segue articulando com investidores e acredita que o modelo empresarial pode ser a chave para recolocar o Timão entre os protagonistas do futebol sul-americano. A decisão final dependerá do Conselho Deliberativo e da aceitação da torcida, que vive um dilema entre tradição e modernização. Para o Fenômeno, o Corinthians é uma “máquina a se organizar”, resta saber se a SAF será o combustível necessário para fazê-la funcionar em alta rotação.