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O lateral-direito Matheuzinho entrou no radar do Besiktas, da Turquia, após o clube não conseguir contratar Emerson Royal, que acabou fechando com o Flamengo. O interesse se deu pela busca de reforço imediato para a lateral-direita. Contudo, o Corinthians adota uma postura firme e considera a negociação improvável no momento.
O clube paulista detém 60% dos direitos econômicos do jogador, adquiridos por 4 milhões de euros no ano passado, avaliando os 100% em cerca de 6,6 milhões de euros. A diretoria alvinegra afirma que só consideraria liberações por valores superiores a 8 milhões de euros, um patamar considerado fora da realidade atual do Besiktas.
Além da questão financeira, o momento esportivo também pesa. O Corinthians não enxerga alternativas viáveis no mercado e resiste à saída de Matheuzinho justamente por faltar reposição imediata. O técnico Dorival Júnior tem evitado escalar o jovem Léo Maná, preferindo até improvisar o zagueiro Félix Torres na lateral.
Desde sua chegada em 2024, Matheuzinho se tornou titular absoluto, com 83 partidas disputadas pelo Timão, três gols marcados e participação essencial na conquista do Campeonato Paulista de 2025. Seu contrato se estende até o final de 2028.
Internamente, a diretoria prioriza a manutenção da estabilidade e do desempenho da equipe, especialmente devido às limitações do mercado e à necessidade de manter uma base consistente enquanto enfrenta desafios na temporada.
Clássico contra a equipe do Palmeiras pode ser decisivo para permanência do atacante, que tem contrato até 2026 e cláusula de saída
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O Corinthians ainda não tomou uma decisão definitiva sobre a possível rescisão contratual de Memphis Depay. O jogador holandês se ausentou de um treino sem aviso prévio, motivado por insatisfação com o clube devido a atrasos de aproximadamente R$ 6,1 milhões em premiações e direitos de imagem, aguardando solução do clube. Durante uma reunião interna, Memphis expressou seu desejo de seguir no time, mas o cenário permanece tenso.
A diretoria está avaliando a performance e o comprometimento do atleta nas próximas partidas, especialmente nos clássicos contra o Palmeiras, antes de tomar qualquer decisão. Há expectativa de que o desempenho nos duelos decisivos impacte sua permanência ou a proposta de rescisão amigável.
O contrato de Memphis vai até dezembro de 2026 e inclui cláusula que permite rescisão por parte do jogador ou do clube, sem multa, em caso de rebaixamento do Corinthians à Série B. A multa de rescisão é baixa para mercado exterior: cerca de 10 milhões de euros (R$ 31,5 mi), o que expõe o risco de uma eventual perda prematura do atacante, caso algum clube estrangeiro ofereça o valor.
O custo financeiro do atleta é considerado elevado pela cúpula corintiana. Segundo análises internas, Memphis custa ao clube cerca de R$ 6 milhões por mês, incluindo salário, bônus, direitos de imagem e regalias. Mesmo com patrocínio de R$ 1,5 milhão mensal, o peso do contrato pressiona um clube em crise financeira, tão simbólica quanto um “diamante bruto demais para sustentar”.
O rendimento esportivo tem sido alvo de críticas. Apesar de grande contratação e expectativa, o jogador entrou em um momento de queda de produtividade — sem marcar nos últimos quatro jogos e com atuação discreta em duelos decisivos. A permanência do camisa 10 ainda dependerá de sua resposta em campo e da postura adotada nas próximas semanas.
Com dois golaços, o camisa 7 liderou atuação de alto nível do Timão, que venceu o Glorioso por 4 a 2 fora de casa e confirmou sua força
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Em 21 de agosto de 1999, o Corinthians consolidou seu ótimo momento no Campeonato Brasileiro ao derrotar o Botafogo por 4 a 2, no estádio Caio Martins, em Niterói, pela fase classificatória da Série A. O grande destaque da partida foi Marcelinho Carioca, autor de dois belos gols, em uma exibição de alto nível da equipe comandada por Oswaldo de Oliveira.
Diante de um público de 3.311 torcedores, o Timão dominou tecnicamente o adversário, com destaque também para Ricardinho e Edílson, que completaram o placar a favor dos visitantes. Pelo Botafogo, Valdir e Darci marcaram os gols, mas não impediram a superioridade corinthiana em campo.
O resultado reafirmou a liderança do Corinthians na tabela e a consistência do time naquela temporada, que culminaria no título nacional meses depois, em final contra o Atlético-MG. Com um elenco estrelado e bem treinado, o clube paulista dava sinais claros de que estava pronto para conquistar o bicampeonato brasileiro.
Primeiro tempo equilibrado e golaço de Marcelinho desequilibram o jogo
Mesmo com o estádio acanhado e o clima tenso, o Corinthians mostrou desde o início mais qualidade na posse de bola, com Rincón, Vampeta e Ricardinho comandando o meio-campo. O primeiro gol saiu dos pés de Ricardinho, que acertou um chute forte da entrada da área. Pouco depois, Valdir empatou para o Botafogo, aproveitando rebote na pequena área.
O momento mais marcante da etapa inicial veio com Marcelinho Carioca, que acertou uma cobrança de falta perfeita, no ângulo, recolocando o Corinthians em vantagem. O camisa 7 celebrou com os companheiros e mostrou por que era considerado o grande nome do time naquele momento.
Domínio corinthiano no segundo tempo e show de Marcelinho
Na volta do intervalo, o Corinthians manteve o ritmo intenso e ampliou logo nos primeiros minutos. Edílson, em jogada individual, escapou da marcação e finalizou com categoria para marcar o terceiro gol. O Botafogo até tentou reagir com mudanças feitas pelo técnico Carlos Alberto Torres, mas esbarrou na desorganização ofensiva.
O quarto gol saiu novamente dos pés de Marcelinho. Após driblar um marcador na entrada da área, ele bateu colocado no canto esquerdo e decretou a goleada. Ovacionado pelos corintianos nas arquibancadas, o meia encerrou sua participação como o nome do jogo.
Darci ainda descontou para o Botafogo nos minutos finais, mas a vitória por 4 a 2 já estava consolidada, refletindo a superioridade corintiana durante todo o confronto.
Um time pronto para ser campeão
Aquela vitória representou mais do que três pontos. Foi a confirmação da força de um elenco que combinava qualidade técnica, experiência e entrosamento. O Corinthians de 1999 contava com nomes como Dida, Rincón, Vampeta, Marcelinho, Ricardinho, Edílson e Luizão, e seria campeão brasileiro ao bater o Atlético-MG na decisão.
Já o Botafogo, em meio a uma temporada de oscilações, não conseguiu reagir no torneio. Terminou o campeonato longe da briga por vagas internacionais e entrou, nos anos seguintes, em uma fase instável dentro e fora de campo.
O Corinthians enfrenta o Botafogo neste sábado (26), no Estádio Nilton Santos, na cidade do Rio de Janeiro, às 18h30.
Encontro entre Glorioso e Timão reúne ídolos lendários, estilos opostos e grandes momentos ao longo da história do Brasileirão
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Botafogo e Corinthians protagonizam um dos duelos mais tradicionais do Campeonato Brasileiro. Embora não exista uma rivalidade regional direta entre os clubes, a história rica, a força de suas torcidas e os títulos de ambos transformam cada encontro em um espetáculo de peso. Ao longo das décadas, os confrontos entre cariocas e paulistas foram marcados por equilíbrio, grandes nomes em campo e momentos memoráveis para ambas as torcidas.
O retrospecto entre as equipes mostra leve vantagem do Botafogo, que soma 27 vitórias contra 22 do Corinthians em 66 confrontos pelo Brasileirão. O Glorioso costuma se sair melhor como mandante, com 18 triunfos em 35 jogos no Rio de Janeiro. Por outro lado, o Timão equilibra o histórico atuando em casa, com 11 vitórias e 11 empates em 31 partidas em São Paulo. A média de gols também reforça esse equilíbrio: 82 marcados pelo Corinthians e 81 pelo Botafogo.
Além dos números, o confronto tem valor simbólico por reunir estilos diferentes de futebol. De um lado, a ginga e a técnica que marcaram o futebol carioca, representada por lendas como Garrincha e Nilton Santos. Do outro, a raça e a disciplina do futebol paulista, com ídolos como Sócrates, Rincón e Marcelinho Carioca. Muitos desses nomes, inclusive, vestiram ambas as camisas ao longo de suas carreiras.
Em termos estatísticos, o confronto tem curiosidades que mostram sua imprevisibilidade: o maior período de invencibilidade é do Botafogo, com sete jogos sem perder, enquanto o Corinthians chegou a ficar cinco partidas invicto. Ambas as equipes já venceram o rival como visitante em mais de 25% dos confrontos fora de casa, o que destaca o caráter aberto e competitivo do duelo.
Com média de 2,47 gols por jogo, Corinthians e Botafogo prometem mais um capítulo emocionante para essa rivalidade nacional, mesmo que não regional. Com históricos tão parelhos, cada encontro se torna decisivo — seja na busca por liderança, fuga do rebaixamento ou afirmação na temporada. O próximo duelo será mais um teste de forças entre dois gigantes do futebol brasileiro.