Capitão do Corinthians sai em defesa de Memphis e comenta falas do camisa 10

Com uma dívida que ultrapassa os R$ 2,5 bilhões, o Corinthians divulgou recentemente o balanço financeiro de 2024 aos órgãos de controle internos do clube. Entre os dados mais relevantes do relatório está a informação de que a principal fonte de receita do clube na última temporada foi a negociação de jogadores.

De acordo com informações do portal Meu Timão, o clube arrecadou R$ 338 milhões com transferências de atletas. Apesar da quantia expressiva já registrada, o Corinthians ainda tem a receber cerca de R$ 164,3 milhões relativos a negócios realizados nos últimos anos.

Parte desse montante diz respeito a transferências diretas envolvendo atletas como Wesley e Róger Guedes, que deixaram o Parque São Jorge recentemente. Além disso, o clube também espera receitas oriundas do mecanismo de solidariedade da FIFA, como no caso do atacante Malcom. Revelado pelo Timão em 2014, o jogador construiu carreira no futebol europeu e no mundo árabe, o que garante ao clube paulista uma fatia de futuras transações.

O balanço detalha ainda que o Corinthians possui valores a receber de diversos clubes do futebol nacional, incluindo adversários diretos em competições como Vasco da Gama, Sport e Atlético Mineiro. Um dos destaques negativos é o Cuiabá, que já vinha protagonizando embates nos bastidores por conta da pendência envolvendo o volante Raniele. Agora, também figura na lista de devedores por conta de uma dívida de R$ 361 mil relativa à contratação do atacante Marquinhos.

Mesmo com a arrecadação elevada com vendas, a situação financeira do clube segue delicada, com a necessidade de equilibrar receitas e dívidas. A diretoria espera que o recebimento desses valores em aberto ajude a amenizar a pressão sobre o fluxo de caixa e viabilize novos investimentos para a sequência da temporada.

Em entrevista recente ao canal CNN, o executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado, abriu o jogo sobre os bastidores de sua atuação no clube desde que assumiu o cargo, há pouco mais de um ano. Além das contratações e da montagem do elenco, ele destacou o trabalho interno de reorganização estrutural, que muitas vezes passa despercebido.

"Quando você fala de futebol, a função do executivo não é bem compreendida. Não é somente a contratação. É claro que a montagem do elenco e a contratação da comissão técnica é super importante dentro desse processo todo. Mas existe uma parte silenciosa, a parte que ninguém enxerga", afirmou Fabinho.

Ao longo de 15 meses no Corinthians, o dirigente afirma ter realizado um diagnóstico completo da estrutura interna do departamento de futebol. Ele identificou setores carentes de modernização e iniciou um plano de reestruturação com foco em agilidade e profissionalização.

"O clube tinha algumas áreas que estavam defasadas. E esse é um processo de um gestor: analisar e realizar um diagnóstico. Eu tive esse tempo para ver essas áreas que precisavam de recursos. Você precisa ter pessoas muito capacitadas ao lado. Tive que montar uma equipe que me auxiliasse nesse processo, porque a tomada de decisão no futebol é muito rápida", explicou o dirigente.

Na reformulação da equipe de trabalho, Fabinho buscou profissionais com experiência em diferentes centros do futebol brasileiro, indo além da ligação com o Flamengo, onde trabalhou anteriormente.

"Eu trouxe um profissional que trabalhou muitos anos no Cruzeiro, que é um clube referência, outro que trabalhou no Grêmio. Então não foi só profissional do Flamengo. Eu trouxe profissionais para vir trabalhar no Corinthians muito pelo projeto, pela ideia daquilo que tinha. Eu apresentei o projeto, esse pessoal acreditou. Quando o convite surgiu, o Corinthians estava em último lugar no Campeonato Brasileiro", completou.

Atualmente, o clube atravessa uma nova fase de transição, com a saída de Ramón Díaz e a busca por um novo técnico. Internamente, comenta-se que Fabinho Soldado era contrário à demissão do treinador argentino, mas acabou sendo voto vencido diante da pressão política e da cobrança externa.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou o falecimento do papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira, 21. O político brasileiro, torcedor do Corinthians assumido, lembrou da paixão do pontífice pelo futebol e disse que o religioso era o "mais brasileiro dos argentinos".

"Embora o dia de hoje seja de muita tristeza, vamos nos lembrar para sempre da alegria do papa Francisco. Do sorriso que iluminava a tudo e a todos. O entusiasmo pela vida, o bom humor, o otimismo, a paixão pelo futebol, qualidades que faziam dele o mais brasileiro dos argentinos", disse Lula em vídeo publicado em suas redes sociais.

De acordo com o boletim médico do Vaticano, o papa Francisco morreu às 2h35 (de Brasília), 7h35 local, por conta de um acidente vascular cardíaco (AVC). Nascido em Buenos Aires, na Argentina, papa Francisco gostava de futebol e era torcedor do San Lorenzo. Durante o dia, o clube argentino prestou homenagens ao líder da Igreja Católica. Nascido Jorge Mario Bergoglio, o papa era sócio do time argentino n° 88235. Eleito 266º papa, Francisco manteve sua filiação ao time de Buenos Aires.

Após a confirmação da morte do papa Francisco, aos 88 anos, pelo Vaticano, diversos clubes brasileiros, como Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo lamentaram sua partida. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), decretou luto de uma semana e um minuto de silêncio em todas as partidas organizadas pela entidade.

Compatriota do papa Francisco, a estrela do futebol mundial, Lionel Messi, também prestou suas condolências. O argentino publicou uma foto de sua visita ao Vaticano em 2013, quando foi recebido por Francisco.