Corinthians Avança em Contratação de Destaque de Rival Paulista

Corinthians e Palmeiras empataram em 1 a 1 na Neo Química Arena, neste domingo (31), no último Dérbi da temporada. O clássico fechou 2025 com sete encontros entre os rivais, com vantagem para o Timão: três vitórias, três empates e apenas uma derrota.

O Verdão começou com mais volume de jogo e abriu o placar cedo. Após perder duas chances claras, conseguiu marcar aos 13 minutos, com Vitor Roque convertendo pênalti sofrido por Flaco López. O Corinthians, mesmo sem criar muito, reagiu na bola parada: aos 25, Garro cobrou falta, Gustavo Henrique desviou e a bola bateu em Piquerez antes de morrer no fundo da rede.

Na volta do intervalo, a partida ficou mais equilibrada no início, mas logo o Palmeiras retomou o controle das ações. Maurício teve a chance mais clara da etapa final, mas parou em grande defesa de Hugo Souza. O Corinthians, por sua vez, pouco conseguiu ofensivamente e se limitou a segurar o ímpeto do rival.

Com o empate, o Palmeiras perdeu a oportunidade de colar no Flamengo, líder do Brasileirão. O Verdão caiu para a terceira posição, com 43 pontos, ultrapassado pelo Cruzeiro, e agora soma quatro de desvantagem em relação ao Rubro-Negro.

Já o Corinthians fecha o ano com saldo positivo diante do maior rival. Além do título paulista conquistado sobre o Palmeiras, o Timão eliminou o adversário na Copa do Brasil e só perdeu um clássico, ainda no primeiro turno do Brasileirão, na Arena Barueri.

O técnico Dorival Júnior demonstrou frustração ao ver que o Corinthians não conseguiu contratar Victor Hugo, meia de 21 anos que já trabalhou sob seu comando no Flamengo. O jovem atleta estava nos planos do treinador para reforçar o time paulista, mas o transfer ban da FIFA impediu o registro de novos jogadores. Com isso, o caminho ficou livre para o Santos acertar a contratação do jogador.

De acordo com o portal UOL, o impedimento foi causado por uma dívida do Corinthians com o Santos Laguna, referente à contratação do zagueiro Félix Torres. Em função disso, negociações envolvendo Victor Hugo e outros possíveis reforços foram paralisadas pelo executivo de futebol corintiano, Fabinho Soldado.

Formado nas categorias de base do Flamengo, Victor Hugo recebeu sondagens de clubes europeus como Pafos, Anderlecht, Famalicão e Algarve, mas optou por se transferir por empréstimo ao Santos até dezembro de 2026. No clube paulista, o atleta terá a oportunidade de atuar ao lado de Neymar, reforçando a ambição do time para a temporada.

A situação evidencia mais uma vez os impactos da pendência financeira do Corinthians com o Santos Laguna, que não só atrasou a chegada de reforços, mas também impediu que Dorival contasse com um jogador de confiança em seu planejamento para o meio de campo.

O episódio reforça a pressão sobre a diretoria corintiana para regularizar pendências e viabilizar futuras contratações, especialmente em uma janela de transferências marcada por urgência e limitações financeiras.

O Corinthians não terá participação direta na negociação de Pedro para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Em agosto de 2024, o clube paulista vendeu os 30% dos direitos econômicos que ainda possuía do meia-atacante ao Zenit, da Rússia, em um acordo pouco divulgado à época.

Com isso, a única participação do Timão sobre o jogador está vinculada ao mecanismo de solidariedade da FIFA. Por ter formado Pedro entre os 12 e 18 anos, o Corinthians terá direito a apenas 2,5% em futuras transferências internacionais.

Atualmente, a negociação entre Zenit e Al-Ittihad gira em torno de 35 milhões de euros (cerca de R$ 222 milhões). Caso o Corinthians tivesse mantido os 30% dos direitos, o clube paulista poderia receber aproximadamente R$ 66,6 milhões nesta transação.

Fontes ligadas ao clube afirmam que o valor pago pelo Zenit em 2024 foi bem inferior às cifras atuais negociadas com os sauditas. Parte do montante recebido na época, cerca de R$ 6,5 milhões, foi utilizada para abater dívida do Timão com o clube russo relacionada à contratação de Yuri Alberto e outros atletas, como Mantuan, Du Queiroz, Ivan e Robert Renan.

A decisão de vender os direitos de Pedro ocorreu em um momento delicado para o Corinthians, que enfrentava dificuldades financeiras e lutava contra o rebaixamento no Brasileirão Betano. Internamente, a medida foi considerada necessária para aliviar o fluxo de caixa e garantir a estabilidade imediata do clube.