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16 Jun 2025 | 17:48 |
O Corinthians está dando um passo importante para modernizar o acesso à Neo Química Arena. O clube iniciou o cadastramento da biometria facial para os torcedores do programa Fiel Torcedor nesta segunda (16), garantindo mais segurança e agilidade na entrada dos jogos. A iniciativa atende à exigência da Lei Geral do Esporte, que determina que estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas devem implementar o sistema até julho de 2025.
O processo de cadastramento é simples e obrigatório para todos os membros do Fiel Torcedor. Os torcedores devem completar os seus dados pessoais pendentes, seja titular ou dependente da conta. Precisa também captar a foto de acordo com as indicações no site e se registrar. No dia do jogo, bastará posicionar o rosto diante do equipamento de identificação na catraca para liberação da entrada, sem necessidade de apresentar ingresso físico. Essa tecnologia promete reduzir filas e evitar fraudes, como o uso indevido de ingressos por terceiros.
A empresa responsável pela implementação do sistema seria a Bepass, líder no mercado de reconhecimento facial para eventos esportivos e culturais. O contrato firmado entre o Corinthians e a empresa tinha duração de cinco anos, garantindo suporte e aprimoramento contínuo da tecnologia. A Bepass já atua em diversos estádios brasileiros, como o Maracanã, Allianz Parque e Morumbis, e tem experiência em grandes eventos. No entanto, esse contrato foi rescindido.
Apesar da inovação, o clube enfrenta desafios para cumprir o prazo estabelecido pela legislação. O Corinthians precisa estar com todos os dados atualizados até o próximo jogo do Campeonato Brasileiro que será contra o Red Bull Bragantino no dia 13 de julho. Isso significa que a implementação precisa ocorrer em tempo recorde para evitar que o estádio fique impossibilitado de receber público.
A adoção da biometria facial representa um avanço significativo para a segurança e comodidade dos torcedores. Além de combater o cambismo, a tecnologia tornará o acesso ao estádio mais rápido e eficiente. Com a proximidade do prazo final, o Corinthians precisa garantir que todos os ajustes sejam feitos para que a Fiel Torcida possa continuar apoiando o time sem contratempos.
Pendência financeira do alvinegro paulista está na casa dos bilhões somando ainda punições da FIFA, do CAS e cobranças de clubes e jogadores
10 Out 2025 | 17:01 |
O Corinthians divulgou, nesta sexta (10), o balancete referente ao mês de julho, revelando que a dívida total do clube atingiu R$ 2,706 bilhões. O valor representa um aumento superior a R$ 100 milhões em relação ao final de 2024, quando o montante era de R$ 2,568 bilhões.
Desse total, R$ 2,055 bilhões correspondem a obrigações como impostos, empréstimos e pendências contratuais. Os outros R$ 655 milhões estão relacionados ao financiamento da Neo Química Arena.
O documento também aponta um déficit acumulado de R$ 103 milhões no exercício de 2025. A previsão revisada, aprovada pelo Conselho Deliberativo, estima que o clube encerrará o ano com prejuízo de R$ 83 milhões. A gestão anterior, liderada por Augusto Melo, havia projetado superávit de R$ 34 milhões.
A revisão orçamentária foi conduzida por Osmar Stábile e membros da diretoria financeira, após identificarem divergências nos números previstos. Uma das principais diferenças está na receita com vendas de atletas: a antiga previsão era de R$ 180,5 milhões, enquanto a atual estima R$ 73,6 milhões, uma redução de 59,2%.
As despesas com pessoal também sofreram reajuste. O clube esperava gastar R$ 345,8 milhões, mas a nova estimativa aponta R$ 492,7 milhões, aumento de 42,5%. O departamento de futebol apresentou superávit de R$ 13 milhões até julho, enquanto o clube social registrou déficit de R$ 26,5 milhões.
A dívida com a Caixa Econômica Federal pela Arena em Itaquera teve leve queda, passando de R$ 675,2 milhões para R$ 655,3 milhões, graças à amortização de juros promovida por campanhas da torcida organizada Gaviões da Fiel.
O Corinthians também enfrenta sanções da FIFA, incluindo transfer ban, devido a pendências financeiras com clubes como o Santos Laguna, totalizando mais de R$ 120 milhões em condenações.
Torcida não quer esperar que decisão do clube demore e seja prorrogada para depois das eleições que acontecerão no fim de 2026
09 Out 2025 | 12:21 |
Lideranças da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, intensificaram cobranças à diretoria do clube em relação ao andamento das investigações sobre supostos gastos indevidos nas gestões de Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves.
Representantes do grupo entraram em contato com o presidente Osmar Stabile e com o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, exigindo transparência e agilidade nos processos em curso.
As apurações estão sendo conduzidas pela Comissão de Justiça do Corinthians e pelo Ministério Público de São Paulo, sob responsabilidade do promotor Cassio Roberto Conserino. A Gaviões da Fiel deixou claro que acompanha de perto os desdobramentos e não aceitará que o tema seja adiado para depois das eleições presidenciais do clube, previstas para o fim de 2026.
No caso da gestão de Andrés Sanchez, ocorrida entre 2018 e 2020, foram identificadas cerca de 50 despesas suspeitas, totalizando R$ 190.523,54. Os gastos incluem compras em hospitais, clínicas, farmácias, lojas de móveis e eletrônicos, além de serviços de táxi aéreo e centros automotivos.
A Comissão de Justiça convocou ex-diretores responsáveis pela fiscalização do uso dos cartões corporativos para prestar esclarecimentos. Sanchez em nota oficial, alegou que valores foram uma espécie de “benefício institucional”.
O Ministério Público solicitou ao Corinthians, entre os dias 26 e 29 de setembro, documentos e justificativas sobre as aquisições realizadas durante o segundo mandato de Andrés. O prazo estipulado para envio das informações foi de dez dias corridos.
Em relação à gestão de Duilio Monteiro Alves, o promotor também investiga despesas que somam aproximadamente R$ 86 mil, incluindo itens como bebidas, cigarros e medicamentos. Duilio nega reconhecer essas faturas e entrou com pedido de habeas corpus, alegando constrangimento ilegal, mas teve a solicitação negada. Ele também registrou notícia-crime para apurar possíveis documentos falsos.
Em mais um caso de falta de pagamento, o clube do Parque São Jorge terá diminuição dos valores em mais de R$ 20 milhões recebidos pela liga
08 Out 2025 | 12:42 |
O Corinthians não realizou o pagamento de um empréstimo de R$ 150 milhões obtido junto à Liga Forte União (LFU), entidade que reúne clubes brasileiros em torno de negociações comerciais e direitos de transmissão. O valor, originalmente acordado para ser quitado em setembro de 2025, será abatido com acréscimos de juros e correções monetárias no repasse futuro da liga ao clube.
O montante foi antecipado como parte do acordo firmado entre o Corinthians e a LFU, que prevê distribuição de receitas oriundas de contratos de mídia e patrocínios. Como o clube não efetuou o pagamento dentro do prazo estipulado, a liga aplicará os encargos previstos em contrato e deduzirá o valor diretamente das parcelas que o time paulista tem direito a receber. Será cerca de R$ 30 milhões por ano que o alvinegro deixará de receber até o término do vínculo que é 2029.
A medida não representa punição, mas sim cumprimento das cláusulas contratuais previamente estabelecidas. O Corinthians, assim como outras equipes participantes da Liga, tem acesso a adiantamentos financeiros mediante compromissos de devolução com correção. A inadimplência ativa o mecanismo de compensação automática, sem necessidade de intervenção judicial.
A LFU, formada por clubes como Fortaleza, Athletico-PR, Cruzeiro, Internacional e outros, tem como objetivo fortalecer a gestão coletiva do futebol nacional. O Corinthians aderiu à entidade, buscando maior autonomia na negociação de direitos comerciais e maior previsibilidade financeira.
O clube alvinegro enfrenta dificuldades econômicas desde o início da temporada, acumulando dívidas com fornecedores, atletas e instituições financeiras. A diretoria, liderada por Osmar Stabile, tenta reorganizar as finanças e renegociar compromissos para evitar mais sanções.
A dedução do valor do empréstimo será realizada nos próximos repasses da LFU, respeitando os termos acordados. O Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o impacto financeiro.
Vale lembrar que o clube aguardava o repasse desses valores do fim do ano para pagar a dívida com o Santos Laguna que fez gerar o transfer ban imposto pela FIFA em decorrência da negociação de Félix Torres.