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O Corinthians Feminino atravessa um momento desafiador em sua trajetória recente. Após o empate por 1 a 1 contra a Ferroviária, no último domingo (11), pela décima rodada do Campeonato Brasileiro, a equipe alcançou uma marca indesejada: cinco jogos consecutivos sem vencer em clássicos, o maior jejum desde a reativação da modalidade em 2016.
A sequência negativa teve início em novembro de 2024, quando as Brabas foram derrotadas pelo Palmeiras por 2 a 1 na final do Campeonato Paulista, perdendo o título nos pênaltis. Em 2025, o time empatou em 0 a 0 com o São Paulo na decisão da Supercopa do Brasil, novamente sendo vice nas penalidades. Pelo Brasileirão, acumularam uma derrota por 2 a 1 para o Palmeiras e empates de 1 a 1 contra São Paulo e Ferroviária.
Antes desse período, os maiores jejuns do Corinthians em clássicos haviam sido de quatro jogos, ocorridos em 2017 e 2022. A atual sequência de cinco partidas sem vitória contra rivais tradicionais como São Paulo, Santos, Ferroviária e Palmeiras destaca uma fase de instabilidade para a equipe, que historicamente se destacou por sua hegemonia no futebol feminino nacional.
Atualmente, o Corinthians ocupa a quarta colocação no Campeonato Brasileiro Feminino, com 19 pontos, provenientes de cinco vitórias, quatro empates e uma derrota. O time marcou 31 gols e sofreu 10, demonstrando um desempenho ofensivo consistente, mas enfrentando dificuldades em jogos decisivos contra adversários diretos.
O próximo desafio das Brabas será na quarta-feira (14), contra o Santos, pela segunda rodada do Campeonato Paulista. A partida, que ocorrerá no estádio Bruno José Daniel, em Santo André, representa uma oportunidade para o Corinthians encerrar o jejum em clássicos e retomar a confiança diante de seus principais concorrentes.
Treinador aposta em atleta mais ofensivo no Timão. Ele passou a atuar pelo lado esquerdo em treino com Kayke e Memphis; Raniele volta e Yuri segue transição
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O Corinthians segue sua preparação para o retorno do Campeonato Brasileiro e as oitavas da Copa do Brasil com treinos intensos no CT Dr. Joaquim Grava. Nesta segunda-feira, 30 de junho de 2025, o técnico Dorival Júnior promoveu uma atividade tática que chamou atenção pela nova função atribuída ao meia André Carrillo. O peruano foi testado como ponta-esquerda, atuando de maneira mais ofensiva, em uma proposta que reforça a busca por maior agressividade nas jogadas pelas laterais.
Durante o treinamento, o elenco foi dividido em dois grupos, ambos escalados com três atacantes, evidenciando a preferência do treinador por um esquema mais vertical. Carrillo integrou a equipe sem colete, ao lado de Kayke e Memphis, formando um trio de ataque veloz e dinâmico. A movimentação do jogador pelo lado esquerdo foi constante, explorando profundidade e cruzamentos, o que indica uma possível mudança de posicionamento para os próximos compromissos.
Além da novidade envolvendo Carrillo, o treino contou com o retorno de Raniele, recuperado de lesão, e a presença de Yuri Alberto, que ainda está em fase de transição física. A comissão técnica também observou o desempenho de jovens como Dieguinho, que atuou como coringa entre os dois times, contribuindo para a fluidez das jogadas.
Desde sua chegada ao clube, Dorival Júnior tem promovido alterações significativas no estilo de jogo do Corinthians. Uma das principais mudanças foi o abandono do losango no meio-campo, utilizado na gestão anterior, em favor de uma formação com pontas bem definidos. Essa nova abordagem visa ampliar as opções ofensivas e tornar o time mais imprevisível.
O próximo desafio do Timão será no dia 13 de julho, contra o Red Bull Bragantino, na Neo Química Arena, pela 13ª rodada do Brasileirão. Atualmente, o clube ocupa a décima colocação na tabela e busca uma sequência positiva para se aproximar do G6. A expectativa é que as novas estratégias testadas nos treinos comecem a surtir efeito já na próxima partida.
Alvinegro paulista fazia história ao sair vitorioso de confronto que já contava com bons jogadores na equipe alemã na década de 50
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Em 24 de maio de 1959, o Corinthians protagonizou um feito memorável ao vencer o Bayern de Munique por 3 a 2 em pleno Grünwalder Stadion, na Alemanha. A partida, válida por um amistoso internacional durante a excursão europeia do clube paulista, marcou o único confronto oficial entre as duas equipes até hoje.
O jogo foi eletrizante do início ao fim. O Timão, comandado pelo técnico Sylvio Pirillo, entrou em campo com uma formação histórica, que contava com nomes lendários como Gilmar no gol, Oreco na defesa e o carismático Luizinho, conhecido como "Pequeno Polegar", no ataque. Foi justamente Luizinho quem brilhou naquela tarde, balançando as redes duas vezes e conduzindo o time à vitória. O terceiro gol corintiano foi marcado por Tite, outro atacante de destaque da época.
Apesar de o Bayern contar com jogadores talentosos, como Siedl, autor dos dois tentos alemães, o clube bávaro não conseguiu conter o ímpeto ofensivo do time brasileiro. A atuação do Corinthians foi tão marcante que, mesmo fora de casa e diante de um adversário europeu tradicional, a equipe demonstrou superioridade técnica e tática.
Alguns times brasileiros além do Corinthians, como Botafogo, Fluminense, Bahia, Flamengo, Grêmio e Santos já venceram os bávaros. Porém, na tarde do último domingo (29), a equipe alemã comandada pelo belga Vincent Kompany, venceu o Flamengo por 4 a 2. No entanto, mesmo com a eliminação no Mundial de Clubes, o Rubro-Negro carioca foi bastante elogiado pela imprensa esportiva e pelo treinador do Bayern de Munique.
Esse triunfo não apenas reforçou a reputação internacional do Corinthians, como também consolidou a imagem do clube como um dos grandes representantes do futebol brasileiro no exterior. A vitória sobre o Bayern foi parte de uma sequência de jogos na Europa, onde o Timão enfrentou adversários de peso, incluindo uma goleada sobre o Barcelona por 5 a 3 em outro amistoso da mesma excursão.
Passadas mais de seis décadas, esse embate ainda é lembrado com orgulho pela torcida alvinegra. O feito simboliza uma era de ouro, marcada por talento, ousadia e espírito competitivo. A história daquele confronto permanece viva como um dos capítulos mais gloriosos da trajetória corinthiana no cenário internacional.
Saída de jogador alivia os cofres do Timão, evitando disputas judiciais e garante economia significativa para a diretoria interina
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O Corinthians chegou a um acordo com Igor Coronado para uma rescisão amigável, encerrando seu vínculo que ia até fevereiro de 2026. O clube se comprometeu a pagar cerca de R$ 10 milhões em luvas parceladas em 18 prestações, sendo aproximadamente R$ 8 milhões ao jogador e R$ 2 milhões ao seu empresário.
Com esse acordo, o Timão elimina o compromisso de pagamento dos valores futuros — estimados em R$ 17 milhões até o término do contrato, entre salários, luvas remanescentes, encargos e eventuais comissões. A medida foi considerada um alívio financeiro pela diretoria interina, que busca equilíbrio no elenco.
A gestão atual, sob Osmar Stábile e Armando Mendonça, viabilizou o acordo para reduzir os custos fixos do clube e evitar disputas judiciais ou ações na Justiça do Trabalho e até na FIFA. Com isso, o Corinthians retira da folha de pagamento um custo mensal que girava em torno de R$ 2 milhões.
Durante sua passagem, Coronado disputou 67 jogos, com sete gols e cinco assistências, e ajudou a conquistar o Campeonato Paulista de 2025. Contudo, perdeu sequência de titularidade após a chegada de Dorival Júnior e fraturou a relação com o clube, o que facilitou a saída.
A rescisão pacífica retira um jogador fora dos planos da comissão técnica e representa uma economia relevante, livre de custos trabalhistas e possíveis contestações jurídicas — uma medida estratégica para ajustar o orçamento em meio à necessidade de poupar e reorganizar as finanças do Corinthians.